No Paraná, Ratinho Jr. vence Lula e Michelle na disputa pela Presidência; diz pesquisa

Política
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O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), venceria no Estado tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência. O governador empataria com Jair Bolsonaro (PL), caso o ex-presidente estivesse apto a concorrer às eleições em 2026. Os dados são do instituto Paraná Pesquisas, divulgados nesta sexta-feira, 11.

Em um primeiro cenário com o presidente Lula, a pesquisa mostra que o governador do Paraná sai na frente com 49% das intenções de voto, contra 15,5% do petista. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece empatado com Lula, com 15,5%.

Na sequência, estão o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 5,1%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 1%; e o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), com 0,4%. Outros 8,6% disseram votar em branco ou anular o voto, e 4,9% não souberam responder ou preferiram não opinar.

Testado contra a ex-primeira-dama, Ratinho Jr. venceria com 44,7% das intenções de voto contra 21,4% de Michelle Bolsonaro. Lula aparece na sequência com 15,5%.

Em seguida estão Ciro Gomes, com 5%; Ronaldo Caiado, com 1,9%, e Renan Filho, com 0,3%. Ainda 7,1% dos eleitores escolheram votar em branco ou nulo e 4,1% não souberam ou preferiram não opinar.

Ratinho Jr. também foi testado contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nesse cenário, o governador sai na frente com 38,8% dos votos, seguido do presidente Lula, com 15,5%. Eduardo aparece em terceiro lugar com 15,2%.

Na sequênciam estão Ciro Gomes, com 5,4%; Ronaldo Caiado, com 1,9% e Renan Filho, com 0,3%. Outros 8,4% disseram votar em branco ou anular o voto, e 4,4% não souberam responder ou preferiram não opinar.

Em um cenário com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Ratinho Jr. aparece tecnicamente empatado com ele. Bolsonaro tem 34,4% das intenções de voto, enquanto o governador registra 33,6%, configurando empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa. O ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesse cenário, Lula aparece na sequência com 15,5%, seguido de Ciro Gomes, com 4,7%, Ronaldo Caiado tem 1,2% e Renan Filho, 0,4%. Outros 6,2% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos, e 4,1% não souberam ou preferiram não opinar.

A pesquisa também testou possíveis cenários de segundo turno entre o presidente Lula e nomes da direita. Em um eventual segundo turno entre o petista e Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama lidera com 55,7% das intenções de voto, contra 25% do petista. Eleitores que declararam voto branco, nulo ou em nenhum dos dois somam 13,2%, e outros 6,1% não souberam ou não quiseram opinar.

Em um segundo turno entre Lula e Ratinho Jr., o governador do Paraná aparece com 68,6% das intenções de voto, enquanto Lula registra 17,7% neste cenário no Estado. Outros 9,2% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos dois candidatos, e 4,4% não souberam ou preferiram não opinar.

Avaliação do governo Lula

O levantamento também perguntou aos entrevistados como avaliam o governo federal. A maioria (59,4%) diz considerar a gestão de Lula "ruim" ou "péssima". A avaliação positiva, ou seja, "ótima" ou "boa", soma 19%, enquanto 20,5% avaliam o atual governo como "regular".

A pesquisa ouviu 1.540 eleitores em 62 municípios do Paraná, de 3 a 6 de julho de 2025. O grau de confiança é de 95,0% e a margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais.

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O Condado de Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou na terça-feira, 14, a declaração de estado de emergência devido às batidas do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) do governo Trump contra imigrantes. A medida permite que o Conselho de Supervisores do Condado de Los Angeles preste assistência financeira a cidadãos que foram afetados por essas operações. O estado de emergência foi aprovado por 4 votos a 1 - somente a supervisora Kathryn Barger votou contra.

As supervisoras Lindsey Horvath e Janice Hahn alegaram que as batidas espalharam medo e desestabilizaram lares e empresas. Essas operações se intensificaram nos últimos meses, o que levou os imigrantes a evitarem sair de casa. Somente no fim de agosto, o ICE prendeu mais de 5 mil pessoas em Los Angeles, onde um terço dos 10 milhões de habitantes são estrangeiros.

"Temos moradores com medo de sair de casa, temos eleitores entrando em contato com meu gabinete porque seus familiares nunca voltaram para casa e não sabem se foram levados pelo ICE ou para onde foram levados", disse Janice. "Temos famílias inteiras desamparadas porque seus pais ou mães foram tirados de seus locais de trabalho e eles não têm como pagar o aluguel ou colocar comida na mesa."

A região tem sido palco de confrontos entre os agentes de imigração e manifestantes desde junho. Naquele mês, o presidente Donald Trump chegou a enviar a Guarda Nacional e os Fuzileiros Navais para reprimir os protestos em Los Angeles e só retirou as tropas do condado mais de 30 dias depois.

Com a aprovação do estado de emergência, o Conselho de Supervisores do Condado de Los Angeles criará um fundo de aluguel para ajudar inquilinos que não tem conseguido pagar as contas devido às batidas do ICE. Para participar, os moradores terão que se inscrever em uma plataforma que será lançada em até dois meses, de acordo com o gabinete de Lindsey.

A ação pode ser um primeiro passo em direção a uma moratória de despejo - ou seja, a suspensão ou adiamento do despejo -, mas isso exigiria uma medida separada. Essa possibilidade não agradou os proprietários de imóveis, que estão preocupados o impacto financeiro, já que passaram por uma proibição prolongada de despejos e aumentos de aluguel durante a pandemia.

O CEO da Associação de Apartamentos da Grande Los Angeles, Daniel Yukelson, afirmou que os proprietários "ainda estão se recuperando" dos congelamentos da era da covid, que lhes custaram "bilhões de dólares em aluguéis não cobrados e aumentos anuais proibidos". Ele disse que a instituição se solidariza com os inquilinos afetados pelas ações do ICE, mas que não tem conhecimento de ninguém que tenha ficado impossibilitado de pagar o aluguel devido às medidas.

"Se as jurisdições locais permitirem novamente que os pagamentos de aluguel sejam adiados devido às atividades de fiscalização do ICE, isso levará a uma maior deterioração e perda de moradias populares em nossa comunidade", disse Yukelson. (Com informações da Associated Press)

O governo Trump revogou nesta terça-feira, 14, os vistos de seis estrangeiros, entre eles um brasileiro, que teriam feito comentários irônicos nas redes sociais sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. Ele foi morto no mês passado enquanto discursava em um campus universitário em Utah, nos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento de Estado americano, os estrangeiros são originários da Argentina, Brasil, Alemanha, México, Paraguai e África do Sul, mas seus nomes não foram divulgados. Segundo o órgão, a decisão foi tomada após análise de publicações consideradas irônicas ou que minimizavam a morte de Kirk.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente Donald Trump concedeu ao ativista, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil do país. No funeral de Kirk, em setembro, Trump o descreveu como um "herói americano" e "mártir da liberdade".

Desde o episódio, o governo norte-americano e apoiadores do presidente têm adotado medidas punitivas contra pessoas que ironizaram ou criticaram Kirk, incluindo demissões de jornalistas e professores, o que tem levantado preocupações sobre liberdade de expressão. "Os estrangeiros que se aproveitam da hospitalidade dos Estados Unidos enquanto comemoram o assassinato de nossos cidadãos serão removidos", afirmou o Departamento de Estado. "O presidente Trump e o secretário de Estado Marco Rubio defenderão nossas fronteiras, nossa cultura e nossos cidadãos aplicando as leis de imigração", concluiu.

O vice-presidente JD Vance e outros membros do governo vêm incentivando usuários das redes sociais a denunciar postagens consideradas ofensivas sobre o caso. O vice-secretário de Estado Christopher Landau chegou a publicar mensagem pedindo que internautas o marcassem em publicações do tipo, dizendo estar "revoltado ao ver algumas pessoas nas redes sociais elogiando, racionalizando ou minimizando o evento, e instruí nossos funcionários consulares a tomarem as medidas cabíveis".

Ofensiva migratória

A medida faz parte de uma ampla ofensiva migratória do governo Trump, que busca identificar e expulsar estrangeiros suspeitos de incitar protestos ou apoiar publicamente ações contra as operações militares de Israel em Gaza. Nos últimos meses, Washington também tem negado vistos a candidatos cujos históricos em redes sociais contenham críticas à política externa ou interna dos EUA.

Entre os casos recentes, o governo americano expulsou o embaixador da África do Sul, revogou o visto do presidente palestino Mahmoud Abbas antes da Assembleia Geral da ONU e cancelou os vistos da dupla britânica de punk-rap Bob Vylan. Segundo o Departamento de Estado, está em curso uma revisão dos mais de 55 milhões de vistos ativos para identificar eventuais violações.

O governo Trump também revogou os vistos de ao menos 50 políticos e funcionários do governo do México, em meio à ofensiva contra os cartéis de drogas no país. No Brasil, 18 autoridades tiveram os vistos revogados até setembro, entre elas oito ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e advogado-geral da União, Jorge Messias.

Grupos de direitos civis criticaram as medidas, afirmando que elas violam o direito constitucional à liberdade de expressão, que, segundo a legislação norte-americana, se estende a qualquer pessoa dentro do território dos Estados Unidos, e não apenas a cidadãos. (Com informações da Associated Press)

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O Exército de Israel afirmou nesta quarta-feira, 15, que o quarto cadáver entregue na noite de terça-feira, 14, pelo grupo terrorista Hamas não corresponde ao de nenhum dos reféns de Gaza. Após os exames do Instituto Médico-Legal, a conclusão é de que "o quarto corpo entregue pelo Hamas a Israel não corresponde a nenhum dos reféns", afirma um comunicado militar.

"O Hamas precisa fazer todos os esforços necessários para devolver os reféns falecidos", advertiu o Exército israelense. No acordo de troca concluído entre Israel e Hamas como parte da trégua mediada pelos Estados Unidos, o grupo terrorista se comprometeu a entregar todos os reféns que permaneciam na Faixa de Gaza. Na segunda-feira, os últimos 20 reféns vivos do sequestro de 7 de outubro de 2023 foram libertados. Nas últimas 48 horas, o grupo também devolveu oito dos 28 cadáveres previstos.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, exigiu que o Hamas cumpra os requisitos estabelecidos no acordo de cessar-fogo, apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a devolução dos corpos dos reféns. "Não faremos concessões nisso e não interromperemos nossos esforços até devolvermos o último refém falecido", disse ele.

O plano de cessar-fogo proposto pelos EUA previa a entrega de todos os reféns, vivos e mortos, até o prazo final, que expirou na segunda-feira. Segundo o acordo, se isso não acontecesse, o Hamas deveria compartilhar informações sobre os reféns mortos e tentar entregá-los o mais rápido possível.

Esta não é a primeira vez que o Hamas devolve um corpo errado a Israel. No início deste ano, durante um cessar-fogo anterior, o grupo afirmou ter entregue os corpos de Shiri Bibas e seus dois filhos. Mais tarde, os testes mostraram que um dos corpos devolvidos foi na verdade identificado como sendo de uma mulher palestina. O corpo de Bibas foi devolvido um dia depois e identificado positivamente.

Hazem Kassem, porta-voz do Hamas, afirmou no aplicativo de mensagens Telegram nesta quarta-feira que o grupo está trabalhando para devolver os corpos dos reféns, conforme acordado no acordo de cessar-fogo. Ele acusou Israel de violar o acordo com os tiroteios de terça-feira no leste da Cidade de Gaza e na cidade de Rafah, no sul do território.

Por sua vez, o ministro da defesa de Israel, Israel Katz, disse que os militares estão operando de acordo com as linhas de implantação estabelecidas no acordo e alertou que qualquer um que se aproximar da linha de implantação será alvo, como aconteceu na terça-feira com vários militantes. (Com informações de agências internacionais)