Presidente e vice provocam Tarcísio por 'chapeuzinho' MAGA

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que responsabilizou a gestão petista pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar as importações brasileiras em 50%.

Em entrevista concedida à TV Record, nesta quinta-feira, 10, Lula lembrou que Tarcísio publicou vídeo usando um boné com o slogan trumpista "Make America Great Again", quando o americano tomou posse, em janeiro. "Grande dia", declarou o governador de São Paulo na época.

"Agora, eu vou te contar uma coisa: os loucos que governaram esse país não voltam mais", disse o presidente, se referindo ao seu antecessor no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL). "O senhor Tarcísio não vai tentar esconder o chapeuzinho do Trump, não. Pode ficar mostrando para a gente saber quem você é. Está cheio de lobo em pele de carneiro", declarou Lula na entrevista.

Procurado pelo Estadão, o Palácio dos Bandeirantes não havia se posicionado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), por sua vez, afirmou ontem que o governador colocou o boné com a frase da campanha do presidente dos Estados Unidos e comanda o Estado que vai ser mais afetado pelo tarifaço imposto ao Brasil.

"O que ele (Tarcísio) fez foi colocar o boné do Trump e, na realidade, a maior vítima das tarifas é a economia paulista", disse Alckmin em entrevista à rádio CBN. O vice-presidente citou como exemplos a Embraer e os setores de siderurgia, metalurgia, suco de laranja, carnes e cafés.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, brincou sobre a conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que "não pintou química, pintou uma indústria petroquímica". A brincadeira tirou risos das pessoas que acompanhavam o discurso do presidente durante cerimônia de comemoração do dia dos professores, no Rio de Janeiro.

"Quando fui falar com o (Donald) Trump, não conhecia ele, a gente estava de mal. Tinha gerado uma química na ONU, 29 segundos, sabe. Então ele me ligou e eu disse que queria estabelecer uma conversa sem liturgia", contou o presidente, em tom de brincadeira. "Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã ainda vamos ter uma conversa de negociação."

Lula não deu detalhes sobre essa conversa e com quem seria, mas a referência deve ser à reunião que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na quinta-feira.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), as equipes técnicas dos dois países já se reúnem nesta quarta-feira, em uma conversa preliminar que será o primeiro filtro das negociações em torno do tarifaço dos Estados Unidos para o Brasil.

A grande questão do momento é saber que pontos os EUA colocarão sobre a mesa: se apenas itens econômicos, ligados à taxação determinada pelo presidente Donald Trump e de futuras trocas de bens e serviços entre os dois países, ou também assuntos ligados a sanções a autoridades domésticas.

O presidente brasileiro também criticou, sem citar nominalmente, o deputado Eduardo Bolsonaro. "Chega de cidadãos indo para os EUA tentar inflar os americanos contra nós", afirmou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou sérias dúvidas na terça-feira, 14, sobre o que pode acontecer com o apoio prometido à Argentina, caso o governo do presidente argentino, Javier Milei, sofra uma derrota nas eleições legislativas de 26 de outubro.

"Achamos que Milei vai ganhar as eleições, ele merece", pontuou Trump ao receber o presidente da Argentina na Casa Branca.

E destacou: "Se ele vencer seremos muito prestativos à Argentina, mas, se não, não vamos perder nosso tempo."

O republicano ainda comentou que Milei está perto de um "tremendo sucesso econômico".

Israel devolveu nesta quarta-feira, 15, a Gaza os restos mortais de 45 palestinos, elevando o número total entregue para 90 pessoas, informou o Ministério da Saúde deste território controlado pelo grupo terrorista Hamas. Em virtude do acordo de cessar-fogo impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Israel deve entregar os corpos de 15 palestinos para cada israelense falecido que o Hamas lhe entregar.

Na segunda-feira, 13, o grupo terrorista Hamas entregou os restos mortais de três reféns israelenses e um nepalês para ser repatriado, e na terça-feira, 14, outros três israelenses e um corpo ainda não identificado que, segundo o Exército informou nesta quarta, não era de nenhuma das pessoas que constavam na lista de reféns mortos. Ainda na segunda-feira, os últimos 20 reféns israelenses vivos dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 foram libertados.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, exigiu que o Hamas cumpra os requisitos estabelecidos no acordo de cessar-fogo sobre a devolução dos corpos dos reféns. "Não faremos concessões nisso e não interromperemos nossos esforços até devolvermos o último refém falecido", disse ele. (Com informações de agências internacionais)