AGU diz que Ministério da Saúde não descumpriu ordem de Rosa Weber sobre leitos

Política
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A Advocacia-Geral da União (AGU) informou o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo, 14, que o Ministério da Saúde está restabelecendo os leitos em São Paulo destinados ao tratamento da covid-19. Em manifestação encaminhada à ministra Rosa Weber, a AGU afirma que a pasta não descumpriu a decisão liminar que obrigou a União a arcar com a ajuda financeira aos Estados durante a pandemia.

O governo de São Paulo acionou Rosa na semana passada alegando que o Ministério da Saúde não havia habilitado todas as vagas solicitadas pelo Estado.

Segundo a Procuradoria de São Paulo, apenas 678 leitos foram autorizados desde que a União foi formalmente obrigada a cobrir os gastos, em liminar proferida em fevereiro. Na sexta, 12, Rosa cobrou explicações da pasta.

A AGU alega que o Ministério da Saúde autorizou no início de março a manutenção de leitos de UTI em todas as regiões do País, "'inclusive no Estado de São Paulo", seguindo os critérios de proporcionalidade. "Destaca-se ainda que o Ministério da Saúde segue analisando initerruptamente solicitações de autorizações de leitos de UTI provenientes de Estados, Distrito Federal e Municípios", anotou.

O governo afirma que estabeleceu recurso financeiro no montante de R$ 896 mil para atender "demandas assistenciais geradas pela emergência de saúde" causada pela pandemia e também estabeleceu destinação de recursos financeiros ao Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde, "reforçando o empenho da União em autorizar leitos de UTI".

A AGU também rebateu acusações de que interrompeu o pagamento dos leitos. Segundo a defesa do governo, os procedimentos de habilitação de leitos dependiam de solicitações feitas pelos governos estaduais e que eventuais desmobilizações ocorriam mediante "ausência de pedido de prorrogação de tais autorizações pelos gestores".

"Acaso ultrapassado referido prazo, sem que o Estado ou município iniciasse o devido procedimento administrativo de prorrogação dos leitos, tinha-se, como consequência, a perda da vigência do financiamento federal de tais leitos de UTI", justificou a União.

Agora, a pasta diz que "reavaliou" tal procedimento e que as autorizações para os leitos terão prazo indeterminado, enquanto durar o estado de emergência causado pela pandemia.

A resposta da AGU foi encaminhada após a gestão João Doria (PSDB) afirmar que está agindo para evitar colapso da rede pública de Saúde em meio a uma "situação de inércia federal".

"O Estado de São Paulo, na linha do que já foi exposto na peça vestibular e na reiteração da liminar, está enfrentando risco real de colapso em seu sistema de saúde tendo em vista estar arcando com todo o encargo financeiro relativo aos leitos que contavam com financiamento federal e que ainda não voltaram a ter esse custeio, em evidente descompasso com o que foi determinado por Vossa Excelência para cumprimento imediato", diz o ofício do governo paulista.

A avaliação de Rosa ao cobrar explicações da União era o possível risco de descumprimento de decisão judicial.

A ministra alertou na sexta que a violação da ordem judicial pode configurar crime de prevaricação, ato de improbidade administrativa e crime de responsabilidade do ministro Eduardo Pazuello.

Rosa Weber é relatora de um bloco de ações ajuizadas pelos governos estaduais cobrando a ajuda financeira da União.

Além do governo paulista, a ministra deu decisões favoráveis aos Estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Sul, determinando a volta do financiamento dos leitos de UTI pelo Ministério da Saúde. A pasta nega que tenha havido suspensão de pagamentos.

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O enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia, Steve Witkoff, afirmou nesta segunda-feira, 10, que Washington espera um "progresso importante" nas negociações de paz com a Ucrânia nesta semana. Ele deve participar de uma série de reuniões com a delegação ucraniana na Arábia Saudita, a partir desta segunda.

"Espero que o acordo de minerais com Volodimir Zelenskyi seja assinado nesta semana também", declarou Witkoff, em entrevista à Fox News. O enviado destacou ainda que o compartilhamento de informações do serviço de inteligência americano com os ucranianos será um dos temas discutidos. "Nunca interrompemos a inteligência dos EUA com informações essenciais para defesa da Ucrânia", ressaltou.

Witkoff reconheceu que ainda há um "longo caminho para percorrer com os russos" e enfatizou a necessidade de transparência entre todas as partes envolvidas nas negociações. Segundo ele, é fundamental que os participantes sejam "transparentes" sobre suas expectativas para um possível acordo que encerre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O príncipe Frederik de Luxemburgo morreu no dia 1 de março, em Paris, após uma batalha contra um raro distúrbio conhecido como doença mitocondrial POLG. A notícia de sua morte foi anunciada no site da Fundação POLG, que Frederik criou em 2022. Ele tinha 22 anos de idade.

Frederik era filho do príncipe Robert e da princesa Julie, e tinha dois irmãos mais velhos: princesa Charlotte, de 30 anos, e príncipe Alexandre, 28.

O príncipe Frederik nasceu com a doença mitocondrial POLG, mas como ela é difícil de ser identificada, o diagnóstico só foi descoberto quando tinha 14 anos e seus sintomas estavam se manifestando mais claramente. Este distúrbio não tem tratamento nem cura.

Frederik de Luxemburgo criou a Fundação POLG (The POLG Foundation, no original) em 2022. O objetivo dela é financiar e incentivar pesquisas sobre a POLG. A fundação também disponibilizou dados conseguidos a partir do DNA do príncipe, extraídos a partir do trabalho em conjunto dos Laboratórios Jackson e da Universidade de Pádua (Itália).

Em paralelo com a fundação, o príncipe criou uma linha de roupas para disseminar a conscientização por meio da venda de camisetas, bonés de beisebol, gorros e moletons bem-humorados.

Um amigo do príncipe relatou, segundo a família real, que ele se mostrava grato pela sua condição: "Estou feliz por ter nascido com essa doença. Mesmo que eu morra dela, e mesmo que meus pais não tenham tempo para me salvar, sei que eles poderão salvar outras crianças", disse Freferik, segundo seu amigo Andrew.

O que é a doença POLG

Segundo o site da Fundação POLG, esta doença é um distúrbio genético que retira a energia das células do corpo, causando disfunção e falência progressiva de múltiplos órgãos.

Trata-se de uma doença rara, e segundo a Fundação POLG, não se sabe quantos pacientes existem no mundo.

Os sintomas, que podem ser leves a graves, geralmente incluem oftalmoplegia (enfraquecimento do músculo dos olhos), fraqueza muscular, epilepsia e insuficiência do fígado. Como a doença POLG causa uma ampla gama de sintomas e afeta tantos sistemas orgânicos diferentes, é difícil de ser diagnosticada.

Um avião monomotor com cinco pessoas a bordo caiu, neste domingo, 9, no estacionamento de um lar para idosos em Lancaster, na Pensilvânia, Estados Unidos. Todos os ocupantes da aeronave sobreviveram ao acidente. Ninguém foi atingido em solo devido à queda.

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Logo após a decolagem, o piloto relatou que havia uma "porta aberta" e que o avião precisava "retornar para um pouso", de acordo com uma gravação de controle de tráfego aéreo. Apesar da autorização, o piloto relatou dificuldades para ouvir o controlador devido ao vento.

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Vídeos nas redes sociais mostraram o avião e veículos próximos completamente cobertos pelas chamas, além de muita fumaça. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) investiga o caso.

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