A Gonet, ex-ministro condena aliados de Bolsonaro nos EUA; 'vergonhosa quinta-coluna doméstica

Política
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O ex-ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, enviou uma carta de solidariedade ao procurador-geral da República que, a exemplo de oito ministros do Supremo Tribunal Federal, sofreu retaliação do governo Donald Trump com a suspensão do visto americano. Celso de Mello condena o que chama de 'ataques perpetrados por epígonos do bolsonarismo situados no exterior, com apoio de sua vergonhosa quinta-coluna doméstica, promovendo medidas de intimidação contra o Parquet (Ministério Público), com o auxílio de potência estrangeira'.

Ele não cita nomes, mas o teor de sua mensagem indica referência a aliados de Bolsonaro nos EUA - dois deles, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, e o blogueiro Paulo Figueiredo, estariam abastecendo o governo Trump com informações sobre o STF e seus ministros.

Para o ex-ministro da Corte máxima, a medida imposta pela Casa Branca é uma 'visível demonstração de constrangedora ignorância, precisamente por desconhecerem que o Ministério Público e o seu eminente Chefe, o procurador-geral da República, não se curvam a expedientes ilícitos nem se submetem a injunções marginais do Direito'.

Celso de Mello também enviou uma carta aos ministros do STF, oito ao todo, sancionados por Trump com a suspensão do visto americano. A mensagem a Gonet segue a mesma linha de argumentos endereçada aos ministros, exceto em alguns pontos.

"Já me manifestei diversas vezes sobre a importância fundamental do Ministério Público no contexto institucional brasileiro", escreveu o ex-ministro a Gonet. "Destaquei que regimes autocráticos, governantes ímprobos, cidadãos corruptos e autoridades impregnadas de irresistível vocação destrutiva da própria ordem democrática temem - e temem com razão - um Ministério Público independente e fiel defensor da integridade da Constituição e das leis da República!"

Nos últimos dois parágrafos, ele reitera um ponto que abordou na mensagem aos colegas da Corte máxima. "Não se pode minimizar, contudo, a delicadíssima situação a que se acham presentemente expostos o Brasil e as suas instituições democráticas."

"Não se trata de mera questão econômico-tarifária, mas, isso sim, de deliberado (e gravíssimo) ataque à democracia brasileira e a suas Instituições, notadamente à Corte Suprema do Brasil e ao procurador-geral da República, ataque esse perpetrado pelo governo Trump, associado tanto à extrema-direita bolsonarista (e aos 'quislings' seguidores de Bolsonaro) quanto à extrema-direita internacional, em verdadeira e acintosa coordenação com as 'big techs', todos buscando desestruturar o nosso sistema de governo, legitimado pelo modelo de democracia constitucional que o povo de nosso País implantou após 21 anos de ditadura militar", afirma.

Celso de Mello enfatiza. "Mais do que nunca, e em razão de recentes eventos (entre os quais, o episódio da revogação de vistos), torna-se necessário identificar, expor e punir, nos termos da lei e respeitado o direito ao 'due process of law', os 'quislings' nacionais que, ressentidos, despojados de qualquer dignidade e destituídos de qualquer sentimento patriótico de respeito e apreço por nosso país, agem, insidiosa ou explicitamente, contra os superiores interesses do Brasil e do seu povo."

Ele avalia que esse grupo 'conspira, sem pudor e de modo desonroso, aqui ou em terras estrangeiras, com o sórdido (e traiçoeiro) objetivo de submeter nossa pátria, os seus valores e tradições de que tanto nos orgulhamos ao domínio de potestades estrangeiras, buscando reduzir o Brasil à condição inferior e degradante de uma simples colônia'.

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A Nasa perderá cerca de 3,9 mil funcionários como parte do plano de reduzir o quadro de pessoal federal iniciado por Donald Trump, embora o presidente continue determinado a que a agência espacial americana realize missões tripuladas à Lua e a Marte.

A agência aeroespacial informou em um comunicado na última sexta-feira, 25, que cerca de 3 mil funcionários aderiram à segunda rodada do plano de demissões voluntárias. Na primeira rodada, 870 trabalhadores aceitaram deixar a Nasa.

A equipe da Nasa passou de 18 mil funcionários para pouco mais de 14 mil desde o retorno de Trump à Casa Branca, o que representa uma redução de mais de 20%. Os funcionários da agência que decidiram aderir ao programa de demissões voluntárias devem deixar os seus cargos de forma gradual.

'Segurança é prioridade'

"A segurança continua sendo uma prioridade máxima para nossa agência, enquanto equilibramos a necessidade de nos tornarmos uma organização mais ágil e eficiente e trabalhamos para garantir que continuemos plenamente capazes de buscar uma era dourada de exploração e inovação, incluindo a Lua e Marte", explicou a direção da Nasa.

O orçamento proposto pelo governo de Trump para a agência destacava o retorno do homem à Lua e a realização de uma missão tripulada a Marte pela primeira vez, ao mesmo tempo que cortava drasticamente os programas científicos e climáticos. A administração também removeu sistematicamente menções às mudanças climáticas dos sites governamentais, ao mesmo tempo que reduziu drasticamente o financiamento federal para pesquisa sobre aquecimento global.

Além disso, autoridades de Trump têm recrutado cientistas para ajudá-los a revogar a "declaração de risco" de 2009, que determinou que os gases de efeito estufa representam ameaça à saúde pública e ao bem-estar.

Corrida Espacial

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A Nasa continua sendo dirigida por um administrador interino depois que a escolha inicial da administração para liderar a agência, o bilionário tecnológico Jared Isaacman, apoiado pelo ex-assessor do presidente Trump, o empresário Elon Musk, foi rejeitada pelo presidente republicano.

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Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia nesta segunda-feira, 28, para conversas destinadas a encerrar as hostilidades, informaram neste domingo, 27, autoridades tailandesas. O encontro ocorre após mediação dos EUA para pôr fim à disputa fronteiriça. Os combates já mataram pelo menos 34 pessoas e deslocaram mais de 168 mil.

O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

De acordo com Saree, o Iêmen tem "uma responsabilidade religiosa, moral e humanitária" para com os palestinos de Gaza, que têm sofrido "massacres horríveis, brutais e sem precedentes na história contemporânea" por parte do regime de Benjamin Nethanyahu.

As operações militares, segundo o porta-voz,"cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e a suspensão do bloqueio" de Israel à região palestina ocupada.

"As Forças Armadas do Iêmen apelam a todos os países: se quiserem evitar essa escalada, pressionem o inimigo para interromper sua agressão e suspender o bloqueio à Faixa de Gaza", afirmou Saree.

* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast