Ex-ministros de Bolsonaro São chamados de 'traidores da pátria' por tentar negociar tarifaço

Política
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou na última terça, 22, em seu perfil no X (antigo Twitter) um vídeo em que o blogueiro Paulo Figueiredo chama ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) de "traidores da pátria" por integrarem missão do Senado que viajou aos EUA para negociar a sobretaxa de 50% imposta sobre os produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump.

"Tereza Cristina e Marcos Pontes, para mim, neste momento, são dois traidores da pátria, está muito claro", afirma o influencer bolsonarista na gravação. Na publicação, Eduardo também escreveu que "tais parlamentares não falam em nome do Presidente Jair Bolsonaro" e que a missão de senadores está "fadada ao fracasso".

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações durante o governo de Jair Bolsonaro e a senadora Tereza Cristina (PP-MS) atuou como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na mesma gestão.

A critica contra os ex-ministros de seu pai continua, na publicação, Eduardo escreve que o "constrangimento" dos senadores "se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA".

Apesar dos atritos, os senadores continuam apoiando o ex-presidente. Tereza Cristina, por meio de seu X, escreveu: "tenho defendido sempre cautela e maturidade para enfrentarmos os graves problemas do Brasil - inclusive para manter abertas as negociações sobre tarifas que tanto podem prejudicar o nosso povo".

Confira os senadores que participam da missão:

- Presidente: Senador Nelsinho Trad (PSD-MS)

- Senadora Tereza Cristina (PP-MS)

- Senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)

- Senador Jaques Wagner (PT-BA)

- Senador Esperidião Amin (PP-SC)

- Senador Rogério Carvalho (PT-SE)

- Senador Fernando Farias (MDB-AL)

- Senador Carlos Viana (Podemos-MG)

Eduardo Bolsonaro pede sanções para pressionar por anistia

No post, Eduardo Bolsonaro afirma que a missão do Senado não deve ter frutos por "adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma 'vitória diplomática' enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira".

O parlamentar defende a concessão de uma anistia "ampla geral e irrestrita" para os condenados pela trama golpista, incluindo seu pai, para que o tarifaço seja retirado. Eduardo já criticou outros aliados que tentaram reverter as taxas, com o objetivo de evitar danos econômicos, mas não falaram em anistia, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Autoexilado nos EUA, Eduardo pede por sanções para autoridades brasileiras e, na última segunda, 21, afirmou que participou de reuniões com membros do governo americano em que o tarifaço foi discutido.

Antes, o deputado pedia para que autoridades estadunidenses punissem o ministro Alexandre de Moraes, do STF, com a Lei Magnitsky, usada para enquadrar autoridades de regimes autoritários, integrantes de grupos terroristas, criminosos ligados a esquemas de lavagem de dinheiro e agentes de segurança acusados de assassinatos em série.

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O grupo de ataque liderado pelo USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, entrou nesta terça-feira na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom), que abrange a América Latina e o Caribe, segundo comunicado da Marinha americana. A movimentação ocorre após ordem do secretário de Guerra, Pete Hegseth, para apoiar a "diretriz presidencial de desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa da pátria".

A chegada do porta-aviões ocorre em meio à escalada de tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro, acusado por autoridades dos EUA de envolvimento com redes de narcotráfico, acusação negada por Caracas.

De acordo com o texto, "a presença reforçada das forças dos EUA no Comando Sul aumentará a capacidade de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e da região hemisférica", afirmou o porta-voz do Pentágono Sean Parnell.

Ele acrescentou que as forças "ampliarão as capacidades existentes para interromper o tráfico de entorpecentes e degradar e desmantelar organizações criminosas transnacionais".

Com mais de 4 mil marinheiros e dezenas de aeronaves táticas a bordo, o grupo reforçará as tropas já posicionadas na região, incluindo o grupo anfíbio do navio Iwo Jima e unidades expedicionárias de fuzileiros navais.

O comandante do Southcom, almirante Alvin Holsey, declarou que "por meio de um compromisso inabalável e do uso preciso de nossas forças, estamos prontos para combater as ameaças transnacionais que buscam desestabilizar nossa região".

Segundo ele, o envio do Gerald R. Ford representa "um passo crítico para proteger a segurança do Hemisfério Ocidental e a segurança da pátria americana".

O principal promotor público de Istambul apresentou uma acusação abrangente contra o prefeito preso da cidade, Ekrem Imamoglu, acusando-o de 142 crimes relacionados à corrupção e ao crime organizado, buscando uma sentença total de prisão superior a 2.000 anos.

Imamoglu, uma figura proeminente da oposição amplamente vista como um rival chave do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi preso em março junto com vários funcionários municipais acusados de liderar uma organização criminosa, aceitar subornos, extorsão e manipulação de licitações. Ele negou veementemente todas as acusações.

Sua prisão desencadeou a maior onda de manifestações públicas na Turquia em mais de uma década.

O promotor-chefe Akin Gurlek disse que a acusação tem 3.900 páginas e nomeia 402 suspeitos, incluindo Imamoglu como o principal suspeito, segundo relatos da mídia turca.

Uma data para o julgamento deve ser definida assim que o tribunal aceitar formalmente a acusação. Se condenado por todas as acusações, ele pode ser sentenciado a 2.352 anos de prisão. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

A Tailândia disse que pausou indefinidamente a implementação de um cessar-fogo mediado pelos EUA até que o Camboja se desculpe por uma explosão de mina terrestre que feriu quatro soldados tailandeses na fronteira entre os dois países na segunda-feira.

O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, visitou as tropas feridas na fronteira hoje, enquanto o exército da Tailândia acusava o Camboja de colocar novas minas em violação ao acordo de trégua assinado no mês passado entre os dois países.

Disputas territoriais entre os vizinhos do Sudeste Asiático levaram a cinco dias de combate no final de julho, que mataram dezenas de soldados e civis.

O exército tailandês disse que um soldado perdeu o pé direito após pisar em uma mina terrestre ontem, enquanto os outros três sofreram ferimentos leves. O Camboja negou responsabilidade.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Tailândia, Nikorndej Balankura, alegou que o incidente mostrou "a total falta de sinceridade do Camboja".

A situação não deve escalar se o Camboja fizer um esforço sincero para atender às condições, acrescentou Nikorndej.

*Com informações do Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.