Sóstenes fala em 'obstrução total' e diz que oposição está em 'guerra' com o governo

Política
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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou nesta terça-feira, 5, que a oposição não vai deixar a Câmara reabrir seus trabalhos do segundo semestre "enquanto não houver um diálogo sério para pensar soluções para o Brasil" - no caso, discutir o "pacote da paz" que os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro querem emplacar com o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outras medidas, dentre elas a anistia aos envolvidos em atos antidemocráticos.

"Vamos entrar em obstrução total na Câmara e no Senado e não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação, já apresentado por meus colegas", indicou durante entrevista coletiva de imprensa.

Na mesma entrevista, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou o que eles estão chamando de "pacote da paz", citando, além do impeachment de Moraes, a "anistia ampla, geral e irrestrita" de condenados pelo 8 de Janeiro e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o foro privilegiado.

'Guerra'

Sóstentes afirmou que a oposição está "entrincheirada", a partir desta terça, com "uma série de ações e uma coordenação centralizada". O líder destacou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teve uma "conversa de alinhamento" com outros dirigentes de partidos nesta manhã.

"A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes", destacou o líder do PL.

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O governo libanês pediu ao exército nacional nesta terça-feira, 5, para que preparasse um plano no qual apenas as instituições estatais terão armas até o final do ano, uma medida que visa desarmar o grupo militante Hezbollah.

O anúncio do primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, ocorreu pouco depois de o líder do Hezbollah ter dito que seu grupo não se desarmaria e alertou que a facção apoiada pelo Irã retomaria os ataques com mísseis a Israel se as operações militares contra eles se intensificassem.

Salam disse que o governo pediu ao exército que tivesse o plano pronto até o final do mês para discussão e aprovação.

A medida do governo ocorreu enquanto Beirute está sob pressão dos EUA para desarmar o grupo que recentemente lutou uma guerra de 14 meses com Israel e ficou gravemente enfraquecido, com muitos de seus líderes políticos e militares mortos.

A Comissão de Supervisão da Câmara intimou o Departamento de Justiça dos EUA para obter registros relacionados à sua investigação sobre Jeffrey Epstein e busca interrogar Bill e Hillary Clinton, juntamente com uma série de ex-funcionários, sobre os crimes do financista.

As intimações enviadas nesta terça-feira, 5, pela comissão controlada pelos republicanos intensificam a pressão sobre o governo Donald Trump após semanas de críticas por sua recusa inicial em divulgar documentos da investigação, que alguns acreditavam que mostrariam ligações entre Epstein e outros indivíduos poderosos.

A intimação solicita a entrega de documentos relacionados a Epstein até 19 de agosto. A comissão, liderada pelo deputado republicano James Comer (Kentucky), também busca comunicações sobre Epstein entre o ex-presidente Joe Biden e seu governo.

Um alto funcionário da Casa Branca disse hoje que o governo estava planejando divulgar gravações de áudio e uma transcrição de uma entrevista realizada no mês passado entre Ghislaine Maxwell, associada de Epstein, e o procurador-geral adjunto, Todd Blanche. O conteúdo já foi repassado a autoridades da Ala Oeste, disse o funcionário.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês) prendeu dois cidadãos chineses acusados de exportarem ilegalmente para a China dezenas de milhões de dólares em chips avançados usados em aplicações de inteligência artificial (IA). Embora o DoJ não tenha identificado o fabricante dos chips, a Bloomberg informou que se trata de componentes da Nvidia, empresa líder no segmento de GPUs para IA.

De acordo com o DoJ, Chuan Geng e Shiwei Yang, ambos de 28 anos, operavam a empresa ALX Solutions Inc., com sede em El Monte, Califórnia, por meio da qual "exportaram intencional e deliberadamente tecnologia sensível, incluindo unidades de processamento gráfico (GPUs), sem obter a autorização exigida".

A acusação cita uma série de remessas enviadas entre outubro de 2022 e julho de 2025, com destino inicial a empresas em Cingapura e Malásia, rotas "comumente usadas como pontos de transbordo para ocultar remessas ilegais à China". O departamento afirma que a ALX recebeu pagamentos de empresas chinesas, incluindo "um pagamento de US$ 1 milhão de uma empresa com sede na China em janeiro de 2024".

O governo americano descreve os chips como "os mais poderosos do mercado", usados em sistemas de direção autônoma, diagnóstico médico e outras aplicações baseadas em IA. Segundo o texto, os réus violaram a Lei de Reforma do Controle de Exportações ao enviarem os componentes sem a devida licença do Departamento de Comércio dos EUA.

Os réus podem pegar até 20 anos de prisão, segundo a lei americana.