Lula erra período histórico ao se comparar a d. Pedro II

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seus governos, somados aos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), realizaram mais obras no Estado do Acre do que todos os mandatários da República desde 1988 e "até mais do que d. Pedro II". A unidade federativa, porém, só foi incorporada ao Brasil, como território, em 1903, quando a monarquia já tinha caído no País.

Na época, no mandato do presidente Rodrigues Alves, já durante a vigência da República, o Brasil assinou o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, após negociação do Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores. Pouco mais de quatro anos antes, em 15 de novembro de 1889, a Proclamação da República destituiu d. Pedro II. O antigo imperador morreu em Paris, na França, em 5 de dezembro de 1891, antes, portanto, do Acre ser incorporado ao Brasil.

No discurso, Lula afirmou que investir no Estado é uma questão de "inteligência" porque, "afinal de contas, pelo Acre, o Pacífico está mais perto da China do que pelo Atlântico". Ele ainda enfatizou que "não há possibilidade do País se desenvolver sem investir na formação e qualificação dos Estados".

'Não pensa'

"Presidente não pensa, age ou acredita, ele faz ou não faz", disse Lula, que usou o discurso para criticar, por diversas vezes, o governo do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). "As pessoas não se preocupam em governar para o povo brasileiro", afirmou.

"Quantas casas foram feitas no governo passado? Alguém, por favor, levanta a mão, se sabe de uma casa que foi feita. Cadê o emprego da carteira profissional verde e amarela? Cadê a minha casa verde e amarela? Este País passou quatro anos de mentiras, de instigação do ódio, de fake news, de um presidente que carregou nas costas e vai carregar metade dos mortos da covid", criticou.

As declarações foram feitas em Rio Branco, onde Lula participou do anúncio de investimentos do governo de cerca de R$ 1,1 bilhão em obras no Acre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.