Veja as diferenças dos relatórios dos EUA sobre o Brasil produzidos por Trump e Biden

Política
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O governo dos Estados Unidos, do presidente Donald Trump, criticará o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades políticas no Brasil. A informação é do jornal americano The Washington Post. O Itamaraty foi procurado pelo Estadão, mas não havia se posicionado até a publicação desta matéria.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos é um órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Se o teor do relatório for confirmado, o governo Trump romperá com a análise sobre o Brasil durante os anos da gestão de Joe Biden. O governo do Partido Democrata avaliou o Brasil como uma democracia imperfeita.

Embora registrassem violações aos direitos humanos no Brasil, os relatórios da gestão Biden apontaram para a existência de instituições como um "judiciário efetivo" e um "sistema político democrático e funcional".

Segundo o The Washington Post, o relatório do governo Trump citará Alexandre de Moraes de forma nominal, acusando o magistrado de "suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro". Confirmado, o teor do documento contrariaria não apenas a gestão Biden, mas também os relatórios produzidos pela própria gestão de Donald Trump, durante seu primeiro mandato presidencial (2017-2021).

Os relatórios da gestão Biden não deixaram de registrar violações aos direitos humanos consideradas "graves". Os estudos, no entanto, não indicaram problemas relativos às instituições brasileiras em si, e sim quanto à aplicação das garantias legais.

Os relatórios do Departamento de Estado são divulgados no ano subsequente ao período estudado. A edição divulgada em 2024, sob a gestão de Joe Biden, analisou o ano de 2023, incluindo também episódios ocorridos em 2022.

A edição de 2023 destacou problemas de segurança pública, além de "corrupção grave do governo". O relatório também registrou "violência extensiva baseada em gênero, incluindo violência doméstica ou íntima, violência sexual e feminicídios". Violências contra minorias, como pessoas LGBT, povos indígenas e afro-brasileiros, também foram consideradas como restrições graves aos direitos humanos,

Segundo o relatório, as eleições de 2022 "foram amplamente relatadas como justas e livres de abusos e irregularidades", com o respaldo, inclusive, de observadores internacionais. Embora justas e sem indícios de fraude, o relatório destaca que foram registradas na Justiça brasileira queixas de assédio eleitoral. Além disso, é citado o caso do aumento de blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O tema é julgado pelo STF na ação penal do núcleo que operacionalizou a tentativa de golpe de Estado.

Também foram observados problemas na estrutura penitenciária do País, de "condições duras e com risco de vida". Por outro lado, houve destaque à violência policial. O relatório cita o caso de Genivaldo de Jesus Santos, torturado e executado por policiais rodoviários em junho de 2022.

Se o teor do relatório adiantado pelo The Washington Post for confirmado, Trump contrariará a análise adotada pelo Departamento de Estado durante seu primeiro mandato presidencial, entre 2017 e 2021. Nesse período, os relatórios também não indicaram falhas institucionais do regime político e jurídico do Brasil, embora registrassem problemas na aplicação dessas garantias legais.

"A lei oferece aos cidadãos a capacidade de escolher seu governo em eleições periódicas livres e justas realizadas por cédulas secretas e com base no sufrágio universal e igual", afirmou um trecho do relatório relativo ao ano de 2018. Em outro trecho, o documento de 2018 referiu-se ao sistema de Justiça brasileiro como "civil e independente", embora, "às vezes, esteja sobrecarregado e sujeito a corrupção, influência política e intimidação indireta".

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O Ministério da Defesa da Turquia informou, em publicação no X, que um avião de carga militar turco caiu perto da fronteira entre o Azerbaijão e a Geórgia nesta terça-feira, 11. Segundo as informações, a aeronave C-130 havia decolado do Azerbaijão e estava retornando à Turquia.

Não foi informado quantos tripulantes estavam a bordo, mas uma operação de busca e resgate foi iniciada em coordenação com as autoridades do Azerbaijão e da Geórgia, informou o ministério. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Ao menos 12 pessoas morreram nesta terça-feira, 11, em um atentado suicida, provocado por um homem-bomba, diante de um tribunal de Islamabad, capital do Paquistão, anunciou o ministro do Interior do país. Este é o mais recente episódio de uma onda de violência em todo o país.

"Um atentado suicida foi executado em Kachehri", o tribunal distrital, declarou o ministro Mohsin Naqvi. O homem detonou os explosivos ao lado de uma viatura policial. Nenhum grupo reivindicou imediatamente a autoria da explosão ocorrida ao meio-dia (horário local), que também feriu pelo menos 27 pessoas, mas as autoridades têm enfrentado dificuldades nos últimos meses com o ressurgimento do Talibã paquistanês.

Testemunhas descreveram cenas de caos imediatamente após a explosão. O som, que foi ouvido a quilômetros de distância, ocorreu em um horário de pico, quando a área externa do tribunal costuma estar lotada de centenas de pessoas que comparecem às audiências.

O agressor tentou "entrar no prédio do tribunal, mas, não conseguindo, atacou uma viatura policial", disse ainda Naqvi. Relatos anteriores da mídia estatal paquistanesa e de dois oficiais de segurança afirmavam que a explosão havia sido causada por um carro-bomba.

Naqvi alegou que o ataque foi "realizado por elementos apoiados pela Índia e por representantes do Taleban afegão", ligados ao Taleban paquistanês. Ainda assim, ele afirmou que as autoridades estão "investigando todos os aspectos" da explosão.

Segundo relatos da mídia, as vítimas eram, em sua maioria, transeuntes ou pessoas que foram ao local para audiências judiciais. A polícia de Islamabad não emitiu declarações imediatas sobre o ataque, mas afirmou que ainda está investigando o caso.

Mais de uma dúzia de pessoas gravemente feridas gritavam por socorro enquanto ambulâncias corriam para o local. "As pessoas começaram a correr em todas as direções", disse Mohammad Afzal, que afirmou estar no tribunal quando ouviu a explosão.

Ataque noturno a uma faculdade administrada pelo exército

Em uma ação anterior, as forças de segurança paquistanesas disseram ter frustrado uma tentativa de militantes de fazer cadetes reféns em uma academia militar durante a noite de segunda-feira, 10, quando um homem-bomba e outros cinco atacantes alvejaram as instalações em uma província do noroeste.

O ataque começou quando um homem-bomba tentou invadir a academia militar em Wana, cidade da província de Khyber Pakhtunkhwa, perto da fronteira com o Afeganistão. Segundo Alamgir Mahsud, chefe de polícia local, dois dos militantes foram rapidamente mortos pelas tropas, enquanto três conseguiram entrar no complexo antes de serem encurralados em um bloco administrativo. Os comandos do exército estavam entre as forças que realizavam uma operação de limpeza e houve troca de tiros intermitente até esta terça-feira, disse Mahsud.

O bloco administrativo fica afastado do prédio que abriga centenas de cadetes e outros funcionários.

O primeiro-ministro promete prestar contas

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, denunciou tanto o ataque em Islamabad quanto o de Wana e, em um comunicado divulgado em Islamabad, exigiu uma investigação completa. Ele afirmou que os responsáveis devem ser levados à justiça rapidamente. "Garantiremos que os perpetradores sejam detidos e responsabilizados", disse ele.

Sharif descreveu os ataques contra civis desarmados como "repreensíveis" e acrescentou: "Não permitiremos que o sangue de paquistaneses inocentes seja derramado em vão".

O Taleban paquistanês, ou TTP, se fortaleceu desde que assumiu o poder em Cabul em 2021, e acredita-se que muitos de seus líderes e combatentes tenham se refugiado no Afeganistão. O Paquistão tem testemunhado um aumento nos ataques de militantes nos últimos anos.

Negociações de paz entre o Paquistão e o Afeganistão estão paralisadas

As tensões entre o Paquistão e o Afeganistão aumentaram nos últimos meses. Cabul culpou Islamabad pelos ataques com drones de 9 de outubro, que mataram várias pessoas na capital afegã, e prometeu retaliação. Os subsequentes confrontos transfronteiriços resultaram na morte de dezenas de soldados, civis e militantes, antes de o Catar intermediar um cessar-fogo em 19 de outubro, que permanece em vigor.

Desde então, duas rodadas de negociações de paz foram realizadas em Istambul - a mais recente na quinta-feira, 6 - mas terminaram sem acordo depois que Cabul se recusou a fornecer uma garantia por escrito de que o TTP e outros grupos militantes não usariam o território afegão contra o Paquistão.

Um breve cessar-fogo anterior entre o Paquistão e o TTP, intermediado por Cabul em 2022, entrou em colapso posteriormente, depois que o grupo acusou Islamabad de violá-lo. (Com informações de agências internacionais)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.