'É agradável passar por isso? Claro que não', diz Moraes a jornal dos EUA sobre sanções

Política
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Alvo de sanções aplicadas pelos Estados Unidos por meio da Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou, em entrevista ao jornal americano The Washington Post, não ser "agradável passar por isso", mas que "não existe possibilidade de recuar um milímetro".

"É agradável passar por isso? É claro que não é agradável", disse Moraes.

No final do mês passado, o Departamento do Tesouro americano tomou a medida extraordinária de sancionar Moraes com a Lei Magnitsky, que é tradicionalmente usada contra acusados de violações graves dos direitos humanos. As sanções foram aplicadas em meio a uma disputa tarifária e diplomática entre Brasil e Estados Unidos, e após declarações de apoio do presidente Donald Trump em solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu ação penal por tentativa de golpe de Estado no STF.

Entre as punições ao ministro, o secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, anunciou no dia 18 de julho, a revogação imediata do visto do ministro, de seus aliados na Corte e familiares diretos.

Moraes, no entanto, não pretende recuar. "Não há a menor possibilidade de recuar nem um milímetro", disse Moraes ao Post

"Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido", disse.

Segundo Moraes, "enquanto houver necessidade, a investigação continuará".

A campanha contra Moraes nos Estados Unidos é liderada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo, que está nos Estados Unidos, é acusado de quebrar o decoro parlamentar ao agir naquele país na defesa de punições a autoridades brasileiras para beneficiar seu pai.

No início deste mês, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou para o Conselho de Ética da Casa, pedidos de cassação do mandato de Eduardo.

Moraes comentou a articulação de aliados de Bolsonaro nas redes sociais e nos Estados Unidos por punições contra autoridades brasileiras. De acordo com o ministro, são "narrativas falsas" que envenenam o relacionamento entre os dois países.

"Essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento (entre EUA e Brasil) - narrativas falsas apoiadas pela desinformação espalhada por essas pessoas nas redes sociais", afirmou Moraes. "Então, o que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas."

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Uma colisão entre um ônibus e um caminhão-tanque de diesel deixou 45 peregrinos mortos na noite deste domingo, 16, na Arábia Saudita. A maioria das vítimas era de nacionalidade indiana. "Havia 46 pessoas no ônibus e um passageiro sobreviveu com ferimentos", disse Vishwanath Channappa Sajjanar, chefe da polícia de Hyderabad, capital do Estado de Telangana.

De acordo com Sajjanar, pelo menos 18 dos mortos eram de Hyderabad. Ele afirmou que a maioria das vítimas pertencia a duas famílias e que o passageiro ferido foi identificado como Mohammed Shoaib. O ônibus havia saído de Meca com destino a Medina - cidades sagradas para o Islamismo. As autoridades sauditas ainda não comentaram o acidente.

Familiares das vítimas se reuniram em frente ao escritório da agência de viagens Fly Zone, em Hyderabad, em busca de informações. Sajjanar disse que a polícia está em contato com a empresa.

Um homem, identificado como Mohammed Tehseen, afirmou à agência Associated Press que sete membros de sua família estavam no ônibus, incluindo Shoaib. Ele disse que, mesmo ferido, Shoaib conseguiu telefonar para avisá-lo sobre o acidente.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou condolências às famílias das vítimas em uma publicação nas redes sociais. Ele afirmou que a Embaixada em Riad e o Consulado em Jidá estão colaborando com as autoridades locais. "Profundamente entristecido com o acidente ocorrido em Medina que envolveu cidadãos indianos. Meus pensamentos estão com as famílias que perderam seus entes queridos", escreveu no X.

Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os acidentes de trânsito estavam entre as principais causas de morte na Arábia Saudita. O documento também apontou que o país apresentava uma taxa elevada de mortalidade nas rodovias em comparação com outras nações de alta renda. (Com informações de agências internacionais)

A comunista Jeannette Jara e o conservador José Antonio Kast disputarão o segundo turno das eleições presidenciais do Chile em 14 de dezembro. Com 40% das urnas apuradas às 20 horas deste domingo, 16, Jara tinha 26,45% dos votos e Kast 24,46%. Franco Parisi aparecia em terceiro com 18,62%, seguido por Johannes Kaiser (13,92%) e Evelyn Matthei (13,47%). Kaiser e Matthei declararam apoio a Kast após divulgação dos resultados parciais.

Jara, de 51 anos, integra o Partido Comunista e foi ministra do Trabalho no governo Gabriel Boric. Ela propõe fim do sigilo bancário para combater crime organizado, controle de fronteiras e ampliação de programas de saúde pública.

Kast, de 59 anos, lidera o Partido Republicano e promete deportação de 337 mil imigrantes sem documentos, instalação de cercas na fronteira e corte de impostos para empresas.

O Chile registrou 868 sequestros em 2024, alta de 76% em relação a 2021, segundo o Ministério Público. A taxa de homicídios subiu de 2,5 para 6 por 100 mil habitantes na última década, aumento de 140%.

A gangue venezuelana Tren de Aragua atua no país em sequestros e extorsão. A população imigrante passou de 4,4% para 8,8% do total em sete anos, atingindo 1,76 milhão de pessoas em um país de 20 milhões de habitantes.

Pesquisas de intenção de voto indicavam que Jara perde em todos os cenários de segundo turno. A união de Kaiser e Matthei em torno de Kast reforça esse quadro.

O Chile projeta crescimento de 2,5% do PIB em 2025 e 2026, abaixo da média das últimas décadas.

Mais de 15,6 milhões de eleitores votaram neste domingo para presidente, renovação total da Câmara dos Deputados e metade do Senado.

A votação começou às 8 horas e terminou às 18 horas, horário de Brasília.

O vencedor do segundo turno assumirá em março de 2026, substituindo Gabriel Boric.

A apuração completa dos votos para o Congresso deve demorar mais tempo devido à complexidade do sistema eleitoral, que envolve cinco listas de partidos e dezenas de candidatos independentes.

O Chile fechou neste domingo, 16, os centros de votação e iniciou a contagem dos votos de uma eleição presidencial polarizada entre a ex-ministra comunista Jeannette Jara, de 51 anos, e o candidato da direita radical José Antonio Kast, de 59. O pleito, que também renovou a Câmara dos Deputados e parte do Senado, ocorreu sob voto obrigatório e registro automático, elevando o eleitorado para 15,7 milhões de pessoas.

Outros nomes no páreo incluíram a ex-ministra de centro-direita Evelyn Matthei, de 72 anos, e o deputado libertário Johannes Kaiser, de 49, além de quatro candidatos com menor intenção de voto, em um cenário marcado por debates sobre imigração, crime organizado e economia estagnada.

Pesquisas indicaram que nenhum dos candidatos alcançaria os 50% exigidos para vencer no primeiro turno, o que deve levar a disputa para a segunda etapa, marcada para 14 de dezembro.

A apuração começou no início da noite e os primeiros resultados oficiais são esperados ainda neste domingo. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado