Genial/Quaest: 41% são contra anistia e 36% defendem medida que inclua Bolsonaro

Política
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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 16, aponta que a possibilidade de anistia é reprovada por 41% dos eleitores brasileiros. Outros 36% são favoráveis à medida para todos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); 10% defendem a medida, mas apenas para os manifestantes do 8 de Janeiro; 13% não souberam ou não responderam.

É a primeira pesquisa sobre o tema após Bolsonaro ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na trama golpista. A Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

A rejeição à anistia é maior entre a esquerda não lulista (73%) do que entre os eleitores que se identificam como lulistas (58%). Já o apoio à proposta que inclua Bolsonaro é similar entre bolsonaristas (62%) e a direita não bolsonarista (61%).

A anistia é a prioridade no Congresso Nacional da oposição formada por aliados de Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão na trama golpista. Após semanas de pressão, o líder da Oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), disse nesta terça que houve acordo para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque a urgência do projeto em votação na quarta-feira, 17.

Ainda não está claro qual será o texto levado à votação. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defende proposta de revisar e diminuir as penas das pessoas que estiveram nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Já os bolsonaristas querem o que chamam de anistia "ampla, geral e irrestrita". A medida representaria o perdão judicial total a Bolsonaro, aos demais condenados na trama golpista e aos condenados pelo 8 de Janeiro.

"Não existe anistia meia-bomba! Só aceitaremos anistia ampla, geral, irrestrita e imediata! Anistia já", publicou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no X nesta terça, ao comentar a possível votação de um texto alternativo.

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A justiça argentina suspendeu nesta terça-feira, 16, a proibição de meios de comunicação divulgarem áudios da irmã do presidente Javier Milei gravados ilegalmente durante reuniões políticas - uma restrição que organizações jornalísticas classificaram como um ataque à liberdade de expressão.

Foi a própria Karina Milei quem solicitou ao juiz civil Patricio Maraniello que anulasse a medida preventiva que ela mesma havia impulsionado no início deste mês após a publicação das conversas. O conteúdo dos áudios não faz alusão a nenhum ilícito, mas expôs a vulnerabilidade da cúpula do poder. Neles, Karina Milei - secretária-geral da presidência - diz a seu interlocutor não identificado que "não podemos entrar em briga entre nós. Temos que estar unidos".

O governo denunciou imediatamente à justiça "um ataque a uma das principais figuras do governo nacional, por meio de uma operação de inteligência não institucional grosseira".

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 16, novas sanções contra indivíduos e empresas acusados de sustentar a rede financeira ligada à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), grupo paramilitar do Irã, e ao Ministério da Defesa do país persa. Em comunicado, o governo americano informou que sancionou dois facilitadores financeiros iranianos e mais de uma dúzia de indivíduos e entidades localizados em Hong Kong e nos Emirados Árabes Unidos por operações de lavagem de dinheiro e uso de criptomoedas que teriam ajudado a financiar a venda de petróleo iraniano.

Segundo o texto, essas redes de "shadow banking" abusam do sistema financeiro internacional para "evadir sanções por meio de empresas de fachada e criptomoedas". O subsecretário para Terrorismo e Inteligência Financeira, John Hurley, afirmou que, sob o governo Trump, os EUA "continuarão a interromper esses fluxos financeiros que sustentam os programas de armas do Irã e atividades malignas no Oriente Médio e além".

As medidas incluem nomes como os iranianos Alireza Derakhshan e Arash Estaki Alivand, acusados de coordenar a compra de mais de US$ 100 milhões em criptomoedas entre 2023 e 2025 para transações de petróleo. Também foram identificadas empresas nos Emirados Árabes e em Hong Kong, como a Alpa Trading - FZCO e a Powell Raw Materials Trading, que teriam movimentado "centenas de milhões de dólares" em nome da Defesa iraniana e da IRGC.

O Tesouro destacou que essa é a segunda rodada de sanções contra a infraestrutura de "shadow banking" iraniana desde que Trump determinou a campanha de "máxima pressão" sobre Teerã. Redes semelhantes já haviam sido alvo em junho e julho deste ano.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta terça-feira, 16, que o órgão apresentará em breve seu 19º pacote de sanções contra a Rússia, visando criptomoedas, bancos e energia.

Segundo ela, a economia de guerra da Rússia, sustentada pelas receitas dos combustíveis fósseis, está financiando o "derramamento de sangue na Ucrânia".

"Para pôr fim a isso, a Comissão proporá acelerar a eliminação gradual das importações de combustíveis fósseis russos", escreveu von der Leyen na rede X.

A presidente da Comissão ainda afirmou que as ações vem após ela e o presidente dos EUA, Donald Trump, terem uma "boa conversa" sobre o fortalecimento de esforços conjuntos para aumentar a pressão econômica sobre a Rússia por meio de medidas adicionais.