Doria comemora imunização de Mourão e rebate críticas com 'vou te vacinar também'

Política
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Com mais de 90% das doses aplicadas contra a covid-19 produzidas pelo Instituto Butantan, do governo de São Paulo, João Doria (PSDB) iniciou, no final desta manhã, uma ação no Twitter para, principalmente, rebater críticas sobre sua atuação na pandemia, marcada por restrições à Economia como forma de manter o isolamento social. "Ok, vou te vacinar também" foi a resposta padrão às menções em centenas de postagens ou ataques que o governador recebe nas redes sociais.

Para completar, Doria ainda comemorou, no começo da tarde, o fato de o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ter recebido a primeira dose da Coronavac. "Excelente notícia, @GeneralMourao. Parabéns! Tomou a vacina do Butantan. Viva a vacina! Viva a vida!", escreveu o governador.

Compromisso

Entre os que receberam o "compromisso" do governador em receber imunizantes contra o novo coronavírus estão o deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), bem como o deputado estadual Frederico DÁvila (PSL-SP), inimigos e opositores à gestão do tucano. Aos pedidos de um usuário identificado como Guilherme Pinheiro, Doria respondeu: "Guilherme, vou vacinar a p....opulação toda."

No perfil, Doria abusou da ironia. A um internauta que perguntava se alguns nomes citados seriam "gado", referência a seguidores de Bolsonaro, o governador emendou: "Vou vacinar você e o gado também", postou. A outro, que citou os robôs utilizados por redes bolsonaristas, disse que iria vacinar até os robôs. O governador paulista brincou até com ele mesmo e mandou um "Vou te vacinar de calça apertada" em várias postagens, uma referência aos ataques que recebe de seguidores de Bolsonaro sobre sua maneira de vestir.

Nesta segunda-feira (29), o Instituto Butantan entregou novo lote com mais 5 milhões de unidades da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus, ao Ministério da Saúde. O total de doses repassadas chega a 32,8 milhões. Fazem parte do rol de autoridades que receberam o imunizante do instituto Butantan, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o vice-presidente Hamilton Mourão.

Novas vacinas

Na sexta-feira (26), Doria havia anunciado que o Instituto Butantan, que conta com recursos do governo do Estado, pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registro para os testes clínicos de um novo imunizante candidato a ser incorporado ao calendário vacinal. A Butanvac seria o primeiro imunizante a poder ser produzido integralmente em território nacional, apesar de ter sido desenvolvido a partir de tecnologias estrangeiras.

Horas depois do anúncio, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, realizou cerimônia para apresentação de outra vacina candidata apoiada pelo governo federal, a Versamune. O imunizante, entretanto, é desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP) que também conta com financiamento do governo estadual.

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A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira, 5, que autoridades dos Estados Unidos estão envolvidas em "conversas e discussões contínuas" com o Hamas, rompendo com uma política de longa data da diplomacia americana de não manter negociações diretas com grupos que consideram terroristas.

Questionada sobre as conversas, que foram reveladas pelo site Axios, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se recusou a fornecer detalhes sobre as negociações, mas disse que Donald Trump autorizou seus enviados a "falar com qualquer pessoa".

"Veja, dialogar e conversar com pessoas ao redor do mundo para fazer o que é do melhor interesse do povo americano é algo que o presidente... acredita ser um esforço de boa-fé para fazer o que é certo para o povo americano", disse.

De acordo com a porta-voz, Israel foi consultado sobre as tratativas. "Durante consultas com os Estados Unidos, Israel expressou sua opinião sobre negociações diretas com o Hamas ", disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. Autoridades do Hamas também confirmaram as reuniões.

De acordo com a Axios, o enviado especial dos EUA, Adam Boehler, se encontrou com membros do Hamas nas últimas semanas em Doha, no Catar, para discutir a libertação dos cinco reféns americanos ainda mantidos pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza, quatro dos quais estão mortos.

As negociações também incluíram discussões sobre a libertação de todos os reféns que permaneceram em Gaza, bem como a possibilidade de um cessar-fogo permanente, acrescentou o Axios, citando duas fontes anônimas familiarizadas com as negociações.

A confirmação das negociações na capital do Catar acontece enquanto o cessar-fogo Israel-Hamas permanece em jogo. Este é o primeiro envolvimento direto conhecido entre os EUA e o Hamas desde que o Departamento de Estado designou o grupo como uma organização terrorista estrangeira em 1997.

Trump sinalizou que não tem intenções de afastar Netanyahu de um retorno ao combate se o Hamas não concordar com os termos de uma nova proposta de cessar-fogo, que os israelenses anunciaram como sendo elaborada pelo enviado dos EUA Steve Witkoff.

O novo plano exigiria que o Hamas libertasse metade dos reféns restantes - a principal moeda de troca do grupo terrorista - em troca de uma extensão do cessar-fogo e uma promessa de negociar uma trégua duradoura. Israel não fez menção de libertar mais prisioneiros palestinos, um componente-chave da primeira fase.

Trump ameaça Gaza

Trump ameaçou nesta quarta-feira a população de Gaza se os reféns restantes não forem libertados, e alertou os dirigentes do grupo terrorista para que deixem o território enquanto podem.

"Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE. LIBERTEM OS REFÉNS AGORA, OU HAVERÁ UM INFERNO A PAGAR DEPOIS!", escreveu o republicano em sua rede Truth Social.

Na mesma publicação, Trump exigiu ao Hamas que "devolva imediatamente todos os corpos das pessoas que assassinou" durante o ataque desse grupo contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

"Este é seu último aviso! Para os dirigentes [do Hamas], agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm oportunidade", acrescentou. "Estou enviando a Israel tudo o que se necessita para terminar o trabalho, nem um único membro do Hamas estará a salvo." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um caça sul-coreano lançou acidentalmente oito bombas em uma área civil durante um treinamento nesta quinta-feira, 6, ferindo sete pessoas. As bombas MK-82 lançadas "anormalmente" pelo caça KF-16 caíram fora do alcance de tiro, causando danos civis não especificados, disse a força aérea em comunicado.

A nota informa ainda que a força aérea estabelecerá um comitê para investigar por que o acidente aconteceu e examinar a escala dos danos. O jato estava participando de exercícios de tiro real conjuntos junto ao Exército.

A Força Aérea pediu desculpas por causar danos civis e expressou esperanças por uma rápida recuperação dos feridos além de oferecer ativamente indenização e outras medidas necessárias para as vítimas.

O comunicado não detalhou onde o acidente aconteceu, mas a mídia sul-coreana relatou que as bombas foram lançadas em Pocheon, uma cidade perto da fronteira com a Coreia do Norte.

A agência de notícias Yonhap relatou que cinco civis e dois soldados ficaram feridos. A agência disse que as condições de dois dos feridos eram sérias, mas não fatais.

A afirmação de Donald Trump, em seu discurso ao Congresso, na terça-feira, 4, de que a Groenlândia será dos EUA "de uma forma ou de outra", foi criticada ontem pelos líderes políticos groenlandeses. Naaja Nathanielsen, ministra de Recursos Naturais e Justiça da ilha, que pertence à Dinamarca, disse que as falas mostram uma "falta de respeito" com as pessoas.

O premiê Mute Egede voltou a dizer que a ilha não está à venda. "Os americanos e seu presidente deveriam entender isso", disse. De acordo com uma pesquisa encomendada pelo jornal dinamarquês Berlingske, em janeiro, 85% dos groenlandeses não querem que a Groenlândia faça parte dos EUA.