Após reabertura de investigação contra Valdemar, Bolsonaro pede a Moraes liberação para visita

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, solicitou nesta quarta-feira, 22, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para receber visitas em sua residência. Entre os nomes pedidos estão o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o desembargador aposentado Sebastião Coelho, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) e o bispo Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra.

Os pedidos foram encaminhados por meio de seus advogados de defesa. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto deste ano. Em setembro, o ex-chefe do executivo foi condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado e por liderar uma organização criminosa.

A solicitação para receber Valdemar ocorre um dia após o STF decidir pela reabertura da investigação sobre a participação do presidente do PL na chamada trama golpista. Votaram pela reabertura o relator Alexandre de Moraes e os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux divergiu e votou contra.

Durante o julgamento do "núcleo 4" da tentativa de golpe, Moraes sugeriu o envio de documentos à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para subsidiar a reabertura da investigação sobre Valdemar. A solicitação foi fundamentada no artigo 18 do Código de Processo Penal, que permite reabrir investigações arquivadas em caso de surgimento de novas provas.

Outro nome solicitado por Bolsonaro foi o do deputado Alfredo Gaspar, relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, em outra oportunidade Gaspar recusou o convite, alegando a necessidade de manter a imparcialidade nos trabalhos da comissão.

"Eu disse que iria com muita honra, e assim foi feito o pedido. Depois, fui escolhido como membro da CPMI e, posteriormente, como relator. Quero dizer que estou declinando desse convite para manter a imparcialidade dos trabalhos, mas me senti honrado com ele", declarou o parlamentar em agosto.

Segundo Gaspar, o convite havia sido feito por meio do advogado de Bolsonaro uma semana antes de sua escolha como relator da CPMI.

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