Rodrigo Pacheco afirma que decisão de Lula sobre vaga no STF será 'respeitada por todos'

Política
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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse a jornalistas nesta quinta-feira, 23, que a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do nome que substituirá Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) será "evidentemente", por ele e por todos, "respeitada como uma decisão do presidente da República".

"É muito importante que se aguarde a decisão do presidente, de modo que fica muito difícil comentar a respeito disso. Há uma prerrogativa do presidente de indicação, um papel do Senado na avaliação, e é muito importante que as etapas sejam cumpridas sempre com espírito público, republicanismo, de modo que não há que se precipitar com relação a isso", disse.

Na semana anterior, Pacheco disse sentir-se "honrado" e "contente" por ser cogitado para o Supremo. Também elogiou outros nomes cotados, como o advogado-geral da União Jorge Messias, favorito de Lula para a vaga, e o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas, também considerado.

"(Messias) é um bom nome. Tive uma boa relação com ele, é muito bem preparado, presta um bom serviço também para a Advocacia Geral da União. Só tenho elogios a fazer ao ministro Jorge Messias, assim como ao ministro Bruno Dantas", declarou na ocasião.

O senador também é apontado como opção de Lula para o governo de Minas Gerais, mas ainda não confirmou se concorrerá nas eleições de 2026.

Nesta quinta, ele afirmou que "o campo democrático haverá de se reorganizar" até o fim do ano "para apresentar bons nomes para o governo, para o Senado e chapas de deputados federais" no Estado.

"Da forma como está, não está bom. É preciso melhorar, Minas tem que retomar o papel de protagonismo nacional", disse Pacheco.

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Uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, ainda é possível, mas deverá ser "produtiva e um bom uso do tempo" do republicano, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva nesta quinta-feira, 23.

Segundo ela, Trump quer ver "mais ações" russas em busca de alcançar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, e não apenas "promessas de paz".

"Trump está motivado depois de conseguir o cessar-fogo no Oriente Médio, mas tem ficado cada vez mais frustrado depois de meses sem avanço entre Rússia e Ucrânia", disse, ao afirmar que a ligação entre o secretário de Estado, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, não foi o "único motivo para novas sanções".

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou na quarta-feira, 22, sanções contra duas das maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, com o argumento de que Putin se recusa "a pôr fim" à guerra. O anúncio das sanções ocorreu depois que Trump adiou uma reunião com Putin em Budapeste devido à falta de progresso nas negociações.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt evitou prever quando uma reunião entre ambos os líderes poderia acontecer, afirmando que a agenda de Trump até o fim do ano está repleta de "compromissos importantes".

Sobre as sanções, ela reconheceu que o governo pode aplicar ainda mais restrições contra a Rússia, se necessário. "Mas a decisão cabe a Trump", frisou.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, se encontrará com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, para negociações comerciais na Malásia, confirmou o Departamento do Tesouro, em nota divulgada há pouco. Bessent permanecerá no país e acompanhará o presidente Donald Trump em sua tour por países asiáticos.

Segundo o comunicado, o secretário do Tesouro participará da 47ª cúpula da Associação de Países do Sudeste Asiático (Asean, em inglês), em Kuala Lumpur. Depois, Bessent acompanhará a visita de Estado do presidente Trump ao Japão e participará da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, em inglês) na Coreia do Sul.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 23, que a China está "usando a Venezuela para contrabandear fentanil" para o território americano e prometeu que esse será o primeiro tema de sua conversa com o líder chinês, Xi Jinping. "A primeira pergunta a Xi será sobre fentanil", declarou. O republicano acrescentou que, apesar das tensões, "não queremos elevar tarifas à China. Não seria sustentável para eles", mas reiterou que novas taxas sobre o país asiático entrarão em vigor em 1º de novembro - caso não haja acordo com Xi.

Em evento na Casa Branca, Trump disse acreditar que o próximo encontro entre os dois líderes, marcado para quinta-feira, "vai terminar muito bem", sinalizando disposição para o diálogo, mas mantendo o tom duro em relação ao tráfico de drogas e ao papel de Pequim.

Sobre a Venezuela, o presidente afirmou que os Estados Unidos "não estão nada felizes" com o governo de Nicolás Maduro e que indicou que os americanos farão uma ação terrestre no país sul-americano "em breve". Ele negou, porém, reportagens sobre voos com bombardeiros B1 e caças americanos perto do país, dizendo que "as informações não são precisas".

Trump acrescentou que seu governo pode levar ao Congresso uma proposta voltada ao combate às chamadas "drogas terrestres", mas negou que pedirá uma "declaração de guerra" contra os cartéis. Em outro momento, comentou brevemente a situação de frágil cessar-fogo no Oriente Médio, afirmando que "Israel não fará nada sobre a Cisjordânia".