'Meu irmão não é um monstro', diz filha de ex-deputado do PT morto pelo filho a facadas

Política
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A filha mais velha do ex-deputado Paulo Frateschi, Yara Frateschi, disse nesta sexta-feira, 7, durante o velório do pai, que o irmão é um rapaz alegre e carinhoso, que sempre deu e recebeu muito amor da família, mas que sofre de uma doença psíquica. O petista foi morto a facadas pelo próprio filho na manhã desta quinta-feira, 6, durante um surto.

"Ele está doente, ele não sabe o que ele fez. Tem muita maldade circulando. (...) É uma doença psíquica e a gente precisa saber lidar com isso. Ele não é um monstro. Por isso mesmo estamos sofrendo uma dor imensa."

"O Francisco é um menino maravilho. O Chico nunca levantou a voz para uma pessoa, ele nunca bateu em uma pessoa. Por onde ele passou, levou alegria, amor. Ele tinha um carinho imensurável pelo pai. O Chico sofreu um acidente há alguns anos. Ele foi um menino muito machucado que perdeu os dois irmãos mais novos em acidentes e ele também sofreu um acidente. O meu pai e a mãe dele cuidaram dele dia e noite. Ele tinha uma gratidão infinita pelos pais."

O corpo do ex-deputado foi velado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na zona sul da capital paulista. A cerimônia foi abertura ao público às 8h e encerrada às 14h, quando o cortejo partiu até o Cemitério Memorial Parque Jaraguá, onde ele será sepultado.

"Meu pai foi um lutador, um guerreiro, passou a vida lutando por esse País, pela democracia brasileira. Ele merece ser tratado com amor, respeito, neste momento", pediu Yara.

Amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frateschi tinha 75 anos. Ele teve uma vida também marcada por tragédias e havia perdido outros dois filhos em acidentes de carro em 2002 e 2003. Ele deixa a esposa Yolanda Maux Vianna, filhas, netos e irmãos.

Professor por formação, Frateschi foi preso e torturado na ditadura militar, em 1969. Foi vereador e deputado estadual em São Paulo, entre 1983 e 1987, presidiu o diretório paulista do partido e participou da organização das caravanas do presidente Lula, em uma série de viagens pelo País, em 2018.

Em uma entrevista, em 2022, ao podcast Casa Rosa, no Youtube, Frateschi contou que, após deixar a Secretaria Municipal de Relações Governamentais durante o governo de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, em 2014, passou a atuar mais próximo a Lula.

"Eu fui secretário do Haddad. Depois disso, quando veio 14 (2014) terminou ali aquela fase. Eu fui trabalhar mais próximo ao Lula, preparando as caravanas. Eu fiz junto com ele no Instituto (Lula) aqueles apoios todos para manter viva a figura dele", conta.

Em 2010, ele ocupou um cargo na Executiva Nacional do partido, como Secretário de Organização, até 2014.

Quando Lula deixou a prisão, em 2019, o presidente chegou a passar alguns dias na casa de Frateschi em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma das viagens da caravana petista com o presidente, ex-deputado levou uma pedrada na orelha esquerda na ao tentar proteger o presidente em São Miguel do Oeste (SC).

Ex-parlamentar e um dos nomes responsáveis pela fundação e consolidação do PT, Frateschi foi secretário de Relações Governamentais na gestão da então prefeita Marta Suplicy, entre 2001 e 2004, e ocupou cargos de direção partidária no partido. Passou

Em nota, o PT comunicou e lamentou a morte do ex-presidente do diretório paulista do partido. "Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado, marcado pela luta pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar", diz o PT.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar a África do Sul como sede de cúpula do G20, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira. Na postagem, o republicano classificou a situação como "vergonha absoluta" e disse que nenhum representante do governo americano estará no evento "enquanto violações dos direitos humanos continuarem".

"Africâneres (pessoas descendentes de colonos holandeses, bem como de imigrantes franceses e alemães) estão sendo mortos e massacrados, e suas terras e fazendas estão sendo confiscadas ilegalmente", alegou.

Anteriormente, Trump já havia dito que a África do Sul não deveria mais fazer parte do G20, "ou de qualquer grupo G, com tudo o que está acontecendo lá". Em outro momento, ele afirmou que o que acontece com a minoria branca no país é "genocídio".

O Ministério Público de Istambul, da Turquia, divulgou nesta sexta-feira, 07, um comunicado com mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. No texto, é mencionado que "o genocídio que o Estado de Israel tem sistematicamente perpetrado em Gaza até o momento, e como resultado de crimes contra a humanidade, resultou em milhares de mortes, incluindo decapitações, feridos e destruição de instalações".

A declaração ainda destaca que a situação em Gaza atraiu grande atenção da comunidade internacional e esforços de ajuda humanitária foram atacados pela marinha israelense em águas internacionais.

"À luz das provas obtidas, está determinado que funcionários do Estado de Israel são criminalmente responsáveis pelos atos sistemáticos de 'crimes contra a humanidade' e 'genocídio' cometidos em Gaza, bem como pelas ações realizadas contra a Frota Global Sumud", escreve.

Além de Netanyahu, há mandado de prisão para outros 36 suspeitos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, o chefe do Estado-Maior General, Eyal Zamir, e o comandante da Marinha, David Saar Salama, são outros nomes alvos da ação turca.

Em um raro discurso em Bruxelas, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, pediu que a União Europeia fortaleça os laços de segurança e comércio com a ilha e apoie sua democracia diante das pressões da China. "A paz no Estreito de Taiwan é essencial para a estabilidade global e a continuidade econômica", afirmou Hsiao, durante conferência sobre a China no Parlamento Europeu.

A vice-presidente não falou ao plenário, já que o bloco não mantém relações diplomáticas formais com Taiwan, mas sua visita deve provocar reação de Pequim. Hsiao defendeu cooperação em cadeias de suprimentos seguras e em tecnologia, pedindo parceria com países como Alemanha e Espanha.

Ela citou as restrições chinesas às exportações de terras raras como alerta para a UE, defendendo um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, especialmente no setor de semicondutores.

Hsiao também comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos sofridos por Taiwan aos ataques híbridos enfrentados pela Europa desde a invasão da Ucrânia. "A Europa defendeu a liberdade sob fogo, e Taiwan construiu a democracia sob pressão", disse.

A viagem integrou uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), com parlamentares de cerca de vinte países. O evento foi mantido sob sigilo após relatos de que agentes chineses tentaram atacar o carro de Hsiao durante visita à República Tcheca em 2024.

O presidente Lai Ching-te prometeu acelerar o sistema de defesa "T-Dome" e elevar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, diante do aumento das incursões militares chinesas perto da ilha.

Segundo Ben Bland, do Chatham House, um conflito sobre Taiwan teria impacto mais grave para a Europa que a guerra na Ucrânia, por causa da importância da ilha nas cadeias globais de semicondutores. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado