Eduardo Bolsonaro compartilha postagem que acusa Nikolas de atuar para 'se livrar do Bolsonaro'

Política
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais nesta sexta-feira, 7, para compartilhar uma publicação em que acusa o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada Ana Campagnolo (PL-SC) de articularem, junto a outros parlamentares mais jovens, uma tentativa de "se livrar de Bolsonaro".

"A briga na direita que todos estão vendo é simples. Nikolas quer se livrar do Bolsonaro de vez. Ele está liderando uma dissidência, e vários políticos mais jovens estão com ele. O problema? O de sempre: 'temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor'. Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro. Provavelmente, a Ana e ele combinaram isso em relação à vaga do Carlos. E tem dado certo, viu", diz a mensagem do perfil MafinhaBarba compartilhada por Eduardo.

No conteúdo compartilhado pelo parlamentar, Mafinha elogia Eduardo. "Falta o lado do Eduardo Bolsonaro e do Paulo Figueiredo, que é o lado certo e justo dessa guerra civil da direita. Eles estão lutando contra o verdadeiro mal e defendendo os inocentes. É muito simples saber de que lado ficar: veja o lado que abre mão voluntariamente de seus privilégios".

E, continua: "Só quem faz isso o faz por um ideal maior. O ganancioso por poder não consegue abandonar privilégios porque só quer mais privilégios - não há um senso transcendente de missão a cumprir. E quem fez isso foi Eduardo Bolsonaro".

Esta não é a primeira vez que Eduardo critica publicamente Nikolas Ferreira. Em julho, o deputado afirmou que era "triste ver a que ponto o Nikolas chegou". Além disso, no relatório da Polícia Federal (PF) que serviu de base para o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do próprio Eduardo, o parlamentar também teria feito críticas a Nikolas.

Nas mensagens trocadas via WhatsApp, Eduardo compartilha dois links que, segundo a PF, contêm críticas ao deputado mineiro. "Divulgar a manifestação na Avenida Paulista, zero. Divulgar palestra em Curitiba, vale até repostar o Silvio Grimaldo. Jair Bolsonaro está em BH, já já veremos na prática a arte de 'colar no Bozo' pra depois 'descolar do Bozo'", diz uma das mensagens enviadas por Eduardo a Bolsonaro.

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Em um raro discurso em Bruxelas, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, pediu que a União Europeia fortaleça os laços de segurança e comércio com a ilha e apoie sua democracia diante das pressões da China. "A paz no Estreito de Taiwan é essencial para a estabilidade global e a continuidade econômica", afirmou Hsiao, durante conferência sobre a China no Parlamento Europeu.

A vice-presidente não falou ao plenário, já que o bloco não mantém relações diplomáticas formais com Taiwan, mas sua visita deve provocar reação de Pequim. Hsiao defendeu cooperação em cadeias de suprimentos seguras e em tecnologia, pedindo parceria com países como Alemanha e Espanha.

Ela citou as restrições chinesas às exportações de terras raras como alerta para a UE, defendendo um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, especialmente no setor de semicondutores.

Hsiao também comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos sofridos por Taiwan aos ataques híbridos enfrentados pela Europa desde a invasão da Ucrânia. "A Europa defendeu a liberdade sob fogo, e Taiwan construiu a democracia sob pressão", disse.

A viagem integrou uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), com parlamentares de cerca de vinte países. O evento foi mantido sob sigilo após relatos de que agentes chineses tentaram atacar o carro de Hsiao durante visita à República Tcheca em 2024.

O presidente Lai Ching-te prometeu acelerar o sistema de defesa "T-Dome" e elevar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, diante do aumento das incursões militares chinesas perto da ilha.

Segundo Ben Bland, do Chatham House, um conflito sobre Taiwan teria impacto mais grave para a Europa que a guerra na Ucrânia, por causa da importância da ilha nas cadeias globais de semicondutores. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que tem conversado sobre encontros com o líder russo Vladimir Putin, enquanto afirmou que a principal disputa com Kremlin é que o governo russo não deseja encerrar a guerra na Ucrânia.

Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva na Casa Branca nesta sexta-feira, 07, por ocasião da visita do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, a Washington. "Eu gostaria de encontrar Putin em Budapeste", disse o líder americano.

"Concordamos que a guerra na Ucrânia terminará em um futuro não muito distante", disse o presidente americano.

Trump afirmou ainda que vários países europeus compram petróleo e gás da Rússia há anos, ainda que tenha salientado que esse não é o caso da Hungria.

O presidente americano também criticou a política de imigração de países europeus. "Eles estão inundando seus países com imigrantes", afirmou. "Europa fez erros imensos em imigração", completou.

O premiê húngaro disse que os Estados Unidos são o único país interessado em encerrar a guerra da Ucrânia e, segundo ele, os europeus não teriam interesse no fim do conflito.

Órban afirmou que sua visita à Casa Branca marca o início de uma era de ouro nas relações com os EUA. O premiê húngaro refutou uma pergunta sobre se sua ida a Washington seria para pedir interferência do governo americano nas suas tensas relações com a União Europeia.

"Não estou aqui para pedir a Trump que gerencie meus conflitos com UE", disse. A Hungria, sob o governo de Orbán, critica a UE principalmente por discordar da política de migração e das sanções contra a Rússia.

A União Europeia anunciou nesta sexta-feira, 7, novas restrições à concessão de vistos de múltiplas entradas para cidadãos russos, citando riscos migratórios e de segurança ligados à guerra da Rússia contra a Ucrânia. A decisão, publicada pela Comissão Europeia, braço executivo do bloco, limita o benefício apenas a grupos específicos, como familiares próximos de residentes na UE e trabalhadores do setor de transporte.

Segundo o documento, a avaliação conduzida no âmbito da cooperação Schengen na Rússia concluiu que a invasão da Ucrânia "alterou profundamente o risco migratório e de segurança associado aos requerentes de visto russos", mencionando a "instrumentalização da migração", sabotagens em território europeu e "ameaças de espionagem cibernética e industrial".

No X, a chefe de Relações Exteriores e Segurança do bloco, Kaja Kallas, afirmou que "iniciar uma guerra e esperar circular livremente pela Europa é algo difícil de justificar". Ela acrescentou que "viajar para a UE é um privilégio, não um direito garantido".

A decisão também prevê exceções para dissidentes, jornalistas independentes e defensores de direitos humanos, que poderão receber vistos de validade prolongada em casos justificados. O endurecimento das regras ocorre após sucessivos incidentes de sabotagem e ataques com drones atribuídos a agentes russos em solo europeu.