'Lula vai tentar ser mais à esquerda', diz Kassab sobre eventual quarto mandato do petista

Política
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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que um eventual novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será mais à esquerda, com medidas populistas e que podem agravar a situação fiscal do Brasil. Como exemplos, citou a consolidação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a implantação da tarifa de transporte zero para o Brasil inteiro.

"Lula vai tentar ser mais à esquerda do que sempre foi. Se tiver Lula 4, é porque o Tarcísio é governador de São Paulo", disse Kassab, a uma plateia de executivos e investidores estrangeiros, durante evento do Bradesco BBI, em Nova York, nos Estados Unidos.

Para ele, com a experiência que Lula tem, o petista não vai querer comprar briga com o partido para fazer "grandes mudanças" e que não o vê fazendo reformas. "Você imagina o Lula fazer reforma administrativa pra cortar cargo? O PT cortar cargo?", indagou ele. E, com isso, Lula corre o risco de fazer uma gestão "mais do mesmo". A tarifa zero no transporte nacional pode ser o seu "novo bolsa família", avaliou. "E se precisar, mais uma generosidade aí", disse, sem dar detalhes. "Mas eu acho que nós somos favoritos, mesmo assim", acrescentou.

Além disso, as chances de que uma safra de governadores liberais sejam eleitos no próximo ano pode gerar dificuldade para Lula, na sua visão. Por outro lado, são "bons gestores" e que vão chegar "projetos" para disputar o Planalto em 2030.

O presidente nacional do PSD reforçou a confiança em uma candidatura de centro na eleição de 2026. "O centro vai definir a eleição, então, todos sabem, nós vamos ter o Lula como candidato, do outro lado trabalhamos para ter o Tarcísio, e quem avançar no centro vai ganhar. Portanto, o centro vai ter um papel muito importante e eu tenho muita confiança", disse.

Kassab ainda criticou o padrão da política brasileira. Há muito perfil de "rede social" e pouco político por vocação. "Nós temos um padrão na política brasileira que não é o adequado. Nós vivemos nesse mundo de rede social com um excesso de representações dentro do Congresso Nacional que não são da política", disse.

Ele também criticou o padrão moral da classe política. "Nós temos também um número grande de parlamentares que, infelizmente, não tem o padrão moral que a gente gostaria", afirmou.

Para Kassab, o principal problema do Brasil é político, e que as privatizações também passaram a ser um instrumento político no Brasil. "Com uma boa política, você resolve tudo", avaliou. Ele também disse ver espaço para avançar com o voto distrital misto em 2026 para entrar em vigor em 2030.

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O presidente Donald Trump formalizou a nomeação de Stuart Levenbach para o cargo de diretor do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB na sigla em inglês), segundo registro do Congresso americano. O diretor da agência era Russell Vought.

Stuart ocupava um cargo sênior no escritório de administração e orçamento lidando com questões de recursos naturais e energia, e é um assessor próximo de Russell Vought, o diretor de orçamento da Casa Branca.

Com essa nomeação, Vought se torna chefe de Stuart Levenbach. Essa mudança é vista pelos democratas como uma manobra legal para permitir que Vought permaneça indefinidamente no comando do CFPB enquanto trabalha para desmantelar a instituição. Pela Lei de Vacâncias, Vought só poderia atuar como diretor interino por 210 dias, mas com a indicação formal de um sucessor, esse prazo fica suspenso até que o Senado aprove ou rejeite a confirmação de Levenbach.

O CFPB foi criado em 2008, após a crise financeira, como parte da Lei Dodd-Frank para proteger consumidores de práticas abusivas no sistema financeiro, e tem operado de forma limitada durante grande parte do ano, com muitos funcionários impedidos de trabalhar e a agência focada apenas em desfazer regulamentações implementadas durante o governo Biden. No início de novembro, a Casa Branca anunciou que não pretende retirar fundos do Federal Reserve para financiar a agência após 31 de dezembro, usando uma controversa interpretação legal que condiciona o financiamento do CFPB à lucratividade do Fed.

*Com informações da Associated Press.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 19, um projeto de lei que obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos os arquivos do caso Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais.

Após meses de oposição, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que sancionará o projeto, que foi aprovado por ampla maioria na Câmara e no Senado. Com a assinatura presidencial, o Departamento de Justiça terá 30 dias para liberar os chamados "Epstein files".

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, destacou que a lei exige "total transparência" do presidente. Schumer afirmou que os democratas estão prontos para reagir caso percebam qualquer tentativa de obstrução à transparência prometida.

A rápida ação bipartidária no Congresso reflete a crescente demanda pública pela divulgação dos arquivos, especialmente devido às conexões de Epstein com líderes globais, incluindo Trump, o ex-presidente Bill Clinton e Andrew Mountbatten Windsor, que perdeu seu título real de Príncipe Andrew por conta do escândalo.

(*Fonte: Associated Press).

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A União Europeia busca alternativas para se desvincular da energia russa, e o Chipre surge como uma solução promissora. O presidente cipriota Nikos Christodoulides disse que parte dos 20 trilhões de pés cúbicos de gás natural descobertos em águas cipriotas pode chegar aos mercados europeus já em 2027, conforme anúncio feito nesta quarta-feira (19).

As reservas cipriotas representam uma fonte significativa de segurança energética para o continente. As atuais quantidades de gás natural de Chipre equivalem aproximadamente a um suprimento de 10 anos do hidrocarboneto que a Rússia transportava para a Europa através do gasoduto Nord Stream, hoje inoperante, com capacidade para alimentar mais de 22 milhões de residências anualmente.

A primeira exportação virá do depósito Cronos, operado pela italiana Eni e francesa TotalEnergies, que será processado no Egito e transportado por navio para a Europa. O consórcio do Cronos deve tomar a decisão final sobre o projeto em 2026, consolidando Chipre como peça-chave na diversificação energética europeia.

(*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.