Número 2 de Araújo no Itamaraty, Otávio Brandelli deve assumir vaga na OEA

Política
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O atual secretário-geral do Itamaraty e número 2 durante a gestão de Ernesto Araújo, o embaixador Otávio Brandelli, é o mais cotado para assumir a representação do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington. Segundo fontes que acompanham as mudanças, o presidente Jair Bolsonaro deve indicar Brandelli para o posto do embaixador Fernando Simas, que foi chamado para assumir a secretaria-geral.

Antes de ser braço direito de Ernesto, Brandelli era diretor do Departamento de Mercosul do Itamaraty. Ele será o terceiro a assumir um cargo em Washington no último ano após as mudanças que diminuíram o poder da chamada ala ideológica que dá sustento a Bolsonaro.

Em junho do ano passado, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi indicado para uma diretoria executiva do Banco Mundial. Meses depois, Arthur Weintraub, então assessor especial da Presidência e irmão do ex-ministro, deixou o governo para assumir um cargo de confiança na OEA.

Brandelli será enviado após a queda de Araújo. Mas, diferentemente dos irmãos Weintraub e do ex-chanceler, ele é visto como um nome moderado. A secretaria-geral do Itamaraty é o posto administrativo mais alto da carreira - responde apenas ao chanceler, que é um cargo político. Sua troca com Simas tem relação, segundo fontes, com a preferência do atual chanceler, Carlos Alberto França, por um novo braço direito com mais tempo de casa e experiência.

Integrantes do ministério, que acompanham as mudanças, dizem que a troca de Brandelli por Simas não tem maior significado político e não representa uma "caça às bruxas" contra diplomatas ligados a Ernesto.

A OEA é o fórum político regional. Sob o comando do uruguaio Luis Almagro, a organização se notabilizou por uma aproximação à política externa de Donald Trump para a América Latina. Nos últimos anos, a OEA reconheceu os diplomatas de Juan Guaidó, opositor de Nicolás Maduro, como representantes da Venezuela. Em 2019, a organização acusou Evo Morales de fraudar as eleições na Bolívia.

Apesar da troca, França manteve parte da equipe de seu antecessor até agora. O convite a Simas para comandar a secretaria-geral é considerado nos bastidores como um sinal de retomada do respeito da pasta à hierarquia e à experiência. Simas é diplomata de carreira e já ocupou postos importantes no exterior.

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As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

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O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).