Mandetta alerta para falta de médicos especialistas e leitos infantis

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou nesta terça-feira, 4, para quantidade insuficiente de médicos intensivistas no País, a fim de fazer frente ao número de pacientes graves acometidos pela covid-19 e internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Mandetta também destacou risco de o Brasil não ter leitos infantis suficientes para atender a pacientes mais jovens caso surjam variantes do novo coronavírus que atinjam com mais gravidade pacientes de 0 a 20 anos.

"O Brasil tem um problema muito grave de não fazer educação continuada destes (médicos). Mesmo os que se formaram há muito tempo, não precisam demonstrar nada de capacidade. A gente dá um (registro no Conselho Regional de Medicina) CRM e ele fica com ele pelo resto da vida, sem passar por um curso, um nada", disse Mandetta nesta tarde (4). "Se o vírus começar a ficar muito transmissível para a faixa de 0 a 20 anos e começar a levar crianças (para os hospitais) em estado grave, o número de CTIs de pediatria e intensivistas especializados em pediatria é muito baixo. Vamos ter outro colapso só que para a infância e adolescência", alertou.

"O Brasil é um dos países que mais perdeu médicos, enfermeiros e fisioterapeutas no mundo", lamentou. "Já não tínhamos muito e aqueles que permaneceram perderam pais e filhos. Estão esgotados", disse Mandetta.

Em outra categoria

A Justiça da Bolívia restituiu na sexta-feira (2) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por um caso de tráfico envolvendo uma menor, que tinha sido anulada por uma juíza no início da semana. O líder indígena acusa o governo de Luis Arce de orquestrar uma perseguição judicial contra ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.