Sem surpresas, o deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) teve seu nome aprovado pela Câmara dos Deputados para assumir uma vaga de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU). O deputado recebeu 239 votos. O presidente reeleito da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o apoiou como parte das negociações para assegurar sua própria reeleição. A indicação do parlamentar também teve o aval de partidos do Centrão e o PT, que tenta atrair o Republicanos para a base do governo. Com 39 anos, Jhonatan pode ficar mais de 30 anos na Casa, já que ministros do TCU se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.Apesar da chancela de Lira, a vantagem de Jhonatan não foi grande. O segundo colocado, o ex-deputado Fabio Ramalho, teve 174 votos, a deputada Soraya Santos (PL-RJ), teve 75. A indicação ainda será submetida ao Senado.
O deputado Johnatan e seu pai, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), teriam indicado os três últimos diretores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). O território foi alvo de uma investigação da Polícia Federal do final do ano passado que constatou fraude na compra de medicamentos. O senador é autor do projeto de lei que autoriza pesquisa e garimpo em terras indígenas, tema considerado sensível para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente visitou recentemente a reserva yanomami e disse ter visto ali um "genocídio".
Nesta quarta-feira, 1º, o Tribunal iniciou a auditoria para avaliar as causas da vulnerabilidade dos povos yanomamis. Vital do Rêgo, presidente do órgão, visitará o território na próxima quarta-feira. Mesmo assim, o PT se juntou ao bloco de 12 outros partidos e manteve o apoio a Jhonatan, que sucede a ministra Ana Arraes, a primeira mulher a ser indicada pela Câmara, que se aposentou.
Câmara aprova indicação de deputado apoiado por Lira para ser ministro do TCU
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