Dino: Do Val 'fortalece ideia de responsabilidade política de Bolsonaro em 8/1'

Política
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O ministro da Justiça licenciado, senador Flávio Dino (PSB-MA), afirmou que os relatos do senador Marcos do Val se "somam" a outros e "fortalecem a ideia" de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas próximas a ele podem ter algum envolvimento, não apenas político, mas também "jurídico" com os atos golpistas de 8 de janeiro.

"Estamos diante de um fato novo que fortalece a ideia que, além da responsabilidade política, há cada vez mais indício conducentes à responsabilidade jurídica do ex-presidente, pessoas ligadas a ele", afirmou Dino nesta quinta-feira, 2, ao deixar o plenário do Senado após a eleição da Mesa Diretora da Casa. Ele reassume a Justiça ainda nesta quinta, depois de ter tomado posse como senador na véspera.

"O ex-ministro da Justiça (Anderson Torres) tinha em casa um planejamento de golpe de Estado. São tijolos que vão se somando em um edifício de golpe de estado. Quem eram os arquitetos, engenheiros e mandantes, a investigação vai mostrar", completou Dino.

Do Val gravou uma live esta madrugada para dizer que foi coagido por Bolsonaro a se aliar a ele em um golpe de Estado. No final da manhã, contudo, o senador amenizou a versão e disse que foi o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), preso nesta quinta por outras questões, quem conduziu a conversa. O parlamentar afirmou ainda que relatou o caso ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

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O exército israelense atacou o maior hospital no sul de Gaza na noite deste domingo, 23, matando uma pessoa, ferindo outras e causando um grande incêndio, informou o Ministério da Saúde do território.

O ataque atingiu o prédio cirúrgico do Hospital Nasser na cidade de Khan Younis, disse o ministério, dias após o local ter sido inundado com mortos e feridos quando Israel retomou a guerra em Gaza com uma onda surpresa de ataques aéreos.

O exército israelense confirmou o ataque ao hospital, dizendo que atingiu um militante do Hamas que operava lá. Israel culpa o Hamas pelas mortes de civis por atuar em áreas densamente povoadas.

Mais de 50.000 palestinos já foram mortos na guerra, disse o Ministério da Saúde.

Cerca de 50.021 mil palestinos foram mortos desde o início dos conflitos com Israel, em 7 de outubro de 2023, indica o Ministério da Saúde de Gaza (MoH), que também contabiliza mais de 113 mil feridos.

Entre os mortos há 5.613 crianças, sendo 872 delas menores de um ano de idade, segundo o Ministério. A instituição informou que não faz distinção de civis e combatentes na conta, mas afirmou que a maior parte das vítimas são mulheres e crianças.

Israel e Gaza chegaram a entrar em um acordo de cessar-fogo em janeiro deste ano. Na primeira fase do acordo, 25 reféns de Israel sob o domínio do Hamas e corpos de outros oito foram entregues em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos.

O acordo foi quebrado na última terça-feira, 18, após Israel voltar a bombardear a região, e desde então mais 673 pessoas foram mortas, de acordo com o MoH, incluindo o líder político do Hamas, Salah Bardawil, e sua esposa, que foram mortos na madrugada deste domingo em ataques sobre a região de Khan Younis, em Gaza.

*Com agências internacionais

Ao menos três pessoas morreram durante ataque de drones russos em área residencial de Kiev, na Ucrânia, incluindo uma criança, conforme informações das autoridades do país.

Imagens que circularam nas redes sociais mostram edifícios em chamas após os incêndios provocados por bombas russas sobre a área residencial. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, e o administrador militar da capital, Teymur Tkachenko, relataram no Telegram as ocorrências de explosões durante a madrugada, segundo informações da Deutsche Welle.

Os ataques ocorrem em meio à preparação do encontro entre autoridades da Ucrânia, Rússia e Estados Unidos amanhã, 24, em Riade, na Arábia Saudita, para negociações que buscam um encerramento dos conflitos. O líder ucraniano Volodymyr Zelensky não deve participar do encontro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à TV estatal russa que o principal foco do país nas negociações com os Estados Unidos seria uma possível retomada do acordo de grãos do Mar Negro.

*Com agências internacionais

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