Economia disse à Pfizer em agosto que compra de vacinas não cabia ao ministério

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério da Economia confirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que, em 7 de agosto do ano passado, representantes da Pasta estiveram reunidos com executivos da Pfizer para discutir os avanços da companhia na busca de uma vacina contra a covid-19. Na ocasião, o ministério informou à Pfizer que não era responsável pela decisão de compra de vacinas.

A informação consta de um despacho encaminhado pelo ministério à CPI em resposta a solicitação de documentos relacionados à aquisição de vacinas pelo Brasil. Nele, a Pasta relata que "a empresa procurou o ministério para informar sobre a sua tecnologia para desenvolver a produção da vacina contra a covid-19, o que incluiu o estágio de desenvolvimento (testes clínicos em curso) e tecnologia inovadora envolvida".

"A empresa foi informada na reunião que não cabe ao Ministério da Economia decidir sobre a compra de determinada vacina, pois se trata de uma decisão de Saúde Pública", acrescentou a Pasta.

Na última semana, durante audiência da CPI da Covid, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, já havia citado a reunião com os representantes do Ministério da Economia em agosto. Este contato, no entanto, teve caráter preliminar, porque na ocasião a Pfizer não havia feito uma oferta formal ao governo brasileiro.

Na CPI, Murillo afirmou que a primeira proposta para venda de vacina ao Brasil foi feita dias depois, em 14 de agosto. Uma segunda proposta foi apresentada em 26 de agosto, com validade de 15 dias. Passado o prazo, o governo brasileiro não rejeitou nem aceitou a oferta. Nada foi feito. Uma das propostas da Pfizer era de venda de 30 milhões de doses e outra de 70 milhões de doses, a serem entregues em 2020 e 2021. O preço oferecido pela empresa era de US$ 10 (cerca de R$ 53, na atual taxa de câmbio) por dose de vacina.

O passo seguinte da Pfizer na negociação foi enviar, em 12 de setembro, uma carta ao governo brasileiro se oferecendo para um acordo. Na última quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten admitiu à CPI da Covid que a carta na qual a Pfizer se dispunha a negociar vacinas contra o novo coronavírus foi enviada ao governo em setembro de 2020. Segundo ele, a carta ficou dois meses sem resposta. Além do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, outras autoridades receberam a carta, como o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em outra categoria

O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.