ACM Neto diz que Doria 'implodiu' a chance de ter o DEM em sua campanha de 2022

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente do DEM, ACM Neto, rompeu com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e disse, nesta sexta-feira, 14, que o partido não apoiará o projeto presidencial do tucano, em 2022. "Não tem chance nenhuma, zero. Acabou de implodir qualquer chance de ter o DEM com ele", declarou ao Estadão. A afirmação de Neto foi feita no mesmo dia em que o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixou o DEM e se filiou ao PSDB.

O movimento irritou ACM Neto, que viu "postura desagregadora" de Doria ao filiar Garcia no PSDB. Pré-candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro, o governador quer lançar a campanha de Garcia ao Palácio dos Bandeirantes.

Ex-prefeito de Salvador, Neto destacou que o DEM tem como prioridade o nome do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta para a disputa de 2022. Disse, ainda, que mantém diálogo com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). "A conversa com Ciro é muito boa. Existe uma relação de respeito de lado a lado. Eu, particularmente, admiro Ciro como homem público", afirmou Neto. Na sua avaliação, Mandetta também é "um grande quadro". "Acho que há hipótese de ele crescer e conquistar espaço", observou.

O sr. disse em nota que o governador João Doria adotou 'postura desagregadora' ao filiar o vice-governador Rodrigo Garcia ao PSDB. Após esse movimento, o DEM ainda pode apoiar a candidatura de Doria à Presidência, em 2022?

Não tem chance nenhuma, zero. Acabou de implodir qualquer chance de ter o DEM com ele.

Mas está totalmente descartada uma aliança entre DEM e PSDB na eleição presidencial de 2022?

Esperamos preservar as relações com o PSDB. Existem ainda essas pessoas no PSDB, em todo Brasil, que têm disposição de construir caminhos de diálogos conosco.

O plano A do DEM para 2022 é Mandetta?

Eu diria que o Plano A do DEM é esse. O ministro Mandetta está colocando o nome dele. É um grande quadro, acho que há hipótese de ele crescer e conquistar espaço. É claro que ele não está fazendo essa movimentação apartado do partido. Tem todo o suporte e concordância da direção partidária.

Como estão as conversas com Ciro Gomes? É possível que ele e o DEM estejam na mesma coligação em 2022?

A conversa com Ciro é muito boa. Existe uma relação de respeito de lado a lado. Eu, particularmente, admiro Ciro como homem público. Temos um bom diálogo com o PDT, que não é apenas na Bahia. Em diversos Estados esse diálogo se reproduz. Acho que, como nós, no DEM, ainda não tratamos de 2022, é preciso ter abertura para conversar com todo mundo, principalmente para discutir uma agenda comum. Acho que o PDT é um desses partidos. Como há respeito a Ciro e bom diálogo com o PDT, é natural que os partidos conversem entre si. Por enquanto, sem qualquer tipo de antecipação de 2022. O DEM ainda não tomou uma decisão para a estratégia de 2022. Tem um nome, que é o do Mandetta, de grande relevância nesse processo político. Os caminhos serão construídos no momento certo.

Mas os senhores já chegaram a brigar. Quando Ciro era ministro do então presidente Lula e o sr. era deputado de oposição, Ciro o chamou de "anão moral".

Isso é coisa que faz parte do passado, outro contexto político. Não acho que seja motivo para embargar conversa, não.

A saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia; do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, das fileiras do DEM joga o partido no colo do governo Bolsonaro?

O Eduardo Paes ainda não pediu desfiliação, não, tá? Deu algumas declarações, mas não posso falar enquanto não for fato consumado (O Estadão apurou, porém, que Paes já assinou a ficha de filiação ao PSD). No caso de Rodrigo Garcia é preciso compreender que a saída dele tem relação direta com a questão de São Paulo. Não tem nenhuma relação nacional. Rodrigo Garcia quer ser candidato a governador de São Paulo. Naturalmente, depende da condução do Doria, que, na minha opinião, por completa falta de habilidade política e por só enxergar o próprio projeto dele, acabou criando essa situação. O DEM sempre esteve ao lado do PSDB em São Paulo e sempre trouxe um ambiente de confiança na relação com o PSDB. Não tem nenhum sentido, nenhuma razão para esse tipo de posicionamento. Rodrigo Maia tem a ver com aquele processo na Câmara, que já foi por demais discutido. Isso vai ter influência ou isso vai determinar o que o partido vai fazer ou deixar de fazer em 2022? De maneira alguma.

Além do DEM, o PSDB também está dividido.

Eu não comparo. Até porque, no último teste das urnas, a eleição do ano passado, o partido que mais cresceu foi o DEM. Além disso, temos uma figura exponencial como Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Temos hoje pré-candidatos a governos em importantes Estados do Brasil. Não tem crise nenhuma. O DEM tem uma questão em São Paulo e no Rio. Em breve, nós vamos tomar nossas posições nos dois Estados e vamos acabar de uma vez por todas com qualquer tipo de especulação e conversa sobre isso.

O sr. se refere a filiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o governador do Rio, Cláudio Castro (PSC)?

Vamos ver. Vamos começar a trabalhar a partir de agora, vamos começar a avaliar, discutir a partir de agora. A primeira conversa que vou ter é com o pessoal nosso (do DEM), de São Paulo, para tratar do futuro do partido em São Paulo e depois os demais encaminhamentos.

Em outra categoria

Os planos aprovados por Israel nesta segunda-feira (5) para capturar toda a Faixa de Gaza e continuar em território palestino por período indeterminado de tempo devem começar após a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio, segundo oficiais israelenses. O plano provavelmente expandirá as operações de Israel em Gaza sob forte oposição internacional.

Os ministros do gabinete de Israel aprovaram o plano em uma votação realizada no início da manhã desta segunda, horas depois de o chefe militar israelense dizer que o exército estava convocando dezenas de milhares de soldados da reserva.

O novo plano, que duas autoridades disseram ter como objetivo ajudar Israel a atingir seus objetivos de guerra de derrotar o Hamas e libertar reféns mantidos em Gaza, também exige que centenas de milhares de palestinos se mudem para o sul de Gaza - o que provavelmente equivaleria ao deslocamento forçado deles e agravaria uma crise humanitária já terrível.

Uma terceira pessoa, uma autoridade de defesa, disse que o novo plano só entrará em vigor depois que Trump sua esperada visita ao Oriente Médio neste mês - o que pressupõe a possibilidade de Israel concordar com um cessar-fogo nesse meio tempo. As três autoridades falaram sob condição de anonimato, pois estavam discutindo planos militares.

Desde que encerrou o cessar-fogo com o grupo militante Hamas em meados de março, Israel tem lançado ataques violentos no território, matando centenas de pessoas. O país conquistou faixas de território e agora controla cerca de 50% de Gaza. Antes do fim da trégua, Israel suspendeu toda a ajuda humanitária no território, incluindo alimentos, combustível e água, desencadeando o que se acredita ser a pior crise humanitária em quase 19 meses de guerra.

As autoridades disseram que Israel está em contato com vários países sobre o plano de Trump de tomar Gaza e realocar sua população, sob o que chamou de "emigração voluntária". Essa proposta atraiu ampla condenação, inclusive de aliados de Israel na Europa, e grupos de direitos humanos alertaram que poderia ser um crime de guerra segundo o direito internacional. Fonte: Associated Press.

Durante uma caminhada pela montanha Krkonoše, na República Checa, em fevereiro deste ano, dois homens encontraram uma lata de alumínio contendo 598 moedas de ouro, dispostas em colunas e envoltas em tecido preto. A descoberta inicial despertou a curiosidade das pessoas que costumam caminhar por lá, que decidiram explorar a área, e acabaram localizando mais objetos. As informações da Rádio Praga Internacional e foram publicadas pela Smithsonian Magazine, uma revista ligada ao Instituto Smithsonian, o maior complexo de museus e institutos de pesquisa do mundo.

Os achados foram levados ao Museu da Boêmia Oriental, em Hradec Králové, na República Checa. Segundo uma postagem no Facebook do museu, a cerca de um metro de onde foram localizadas as moedas, foram achados outros objetos, entre eles 16 caixas de rapé, 10 pulseiras, uma pequena bolsa de malha fina de arame, um pente, uma corrente com uma pequena chave e um estojo de pó compacto. O peso total dos itens, segundo a postagem do museu, é de 7 quilos.

Segundo informações da Smithsonian Magazine, especialistas disseram à Rádio Praga Internacional que os achados, somados, valem US$ 340 mil, equivalente a R$ 1,9 milhão.

Na postagem do Facebook do Museu da Boêmia Oriental, o numismata Vojtech Brádle diz que o conjunto não pode ser avaliado como dinheiro comum da época, mas principalmente como um tesouro de metal precioso acumulado. As moedas são de 1808 a 1915, segundo os anos cunhados nelas. Ele diz ainda que o ano de 1915 não é decisivo para determinar quando o depósito chegou ao local. A razão, segundo a postagem, é a presença de várias peças com pequenas marcas (as chamadas contramarcas), que podem ter sido colocadas nelas somente após a Primeira Guerra Mundial.

"As moedas foram cunhadas no território da antiga Iugoslávia durante as décadas de 1920 e 1930 do século XX. No geral, pode-se dizer que, dentro das descobertas domésticas, trata-se de um conjunto muito específico em sua composição, pois a maior parte é de origem francesa e, em maior número, além das cunhagens da Áustria-Hungria, inclui também moedas belgas e otomanas. Por outro lado, faltam completamente moedas alemãs e checoslovacas", diz Brádle na postagem.

Segundo a Smithsonian Magazine, ninguém sabe quem enterrou o tesouro - ou por qual motivo teve que o esconder. Os pesquisadores também estão intrigados com o fato de que quem enterrou o tesouro nunca voltou para recuperá-lo. Especula-se que possa ter sido escondido durante a Segunda Guerra Mundial por fugitivos ou pelos próprios nazistas, dada a localização próxima à fronteira com a Polônia.

Para Miroslav Novák, chefe do departamento arqueológico do Museu da Boêmia Oriental, a descoberta é única. "Depositar objetos valiosos na terra na forma de tesouros, os chamados depósitos, era uma prática comum desde a pré-história. Inicialmente, os motivos religiosos eram mais comuns, mais tarde tratava-se frequentemente de bens escondidos em tempos incertos com a intenção de retornar para eles mais tarde. Esta descoberta se destaca principalmente pelo peso incomumente grande do metal precioso", diz Novák na postagem do Facebook do museu.

O presidente da China, Xi Jinping, realizará uma visita oficial à Rússia de 7 a 10 de maio, confirmou o Kremlin no domingo (4). O presidente chinês está entre os líderes que comparecerão ao Desfile do Dia da Vitória em Moscou, em 9 de maio, para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial.

O Kremlin afirmou que Xi visitará a convite do presidente russo, Vladimir Putin, e que, além de participar das celebrações do Dia da Vitória, os líderes discutirão "o desenvolvimento de relações de parceria abrangente, interação estratégica" e "questões da agenda internacional e regional".

Putin e Xi assinarão diversos documentos bilaterais, afirmou o Kremlin.

A visita de Xi à Rússia será a terceira desde que o Kremlin enviou tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022. A China afirma ter uma posição neutra no conflito, mas apoia as alegações do Kremlin de que a ação da Rússia foi provocada pelo Ocidente e continua a fornecer componentes essenciais necessários a Moscou para a produção de armas.

No sábado, 3, Moscou acusou o presidente ucraniano Volodimir Zelenski de ameaçar a segurança de dignitários presentes nas celebrações do Dia da Vitória, após ele ter rejeitado o cessar-fogo unilateral de 72 horas da Rússia. Zelenski afirmou que a Ucrânia não pode fornecer garantias de segurança a autoridades estrangeiras que planejam visitar a Rússia por volta de 9 de maio, alertando que Moscou poderia encenar provocações e, posteriormente, tentar culpar a Ucrânia. Fonte: Associated Press.