Bolsonaro diz que só não 'fecha tudo no Brasil' porque tem 'responsabilidade'

Política
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que só não "fecha tudo no Brasil" porque tem "responsabilidade". "O vírus está aí. Devemos nos preocupar com ele, em especial as pessoas com comorbidades e et cetera. Mas essa política de fique em casa e a economia a gente vê depois estão vendo agora", disse o presidente durante transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais onde disse reconhecer que os produtos alimentícios estão mais caros.

"Eu tinha o poder - e tenho ainda - de fechar tudo no Brasil. Fechar tudo. Não fiz isso por que? Porque sempre disse que tínhamos dois problemas naquele momento, que deviam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultânea: o vírus e o desemprego", voltou a repetir Bolsonaro. Segundo o presidente, muitos governadores "deitaram e rolaram". "Quebrou e fechou tudo", emendou.

Bolsonaro também afirmou que "mais tarde virão os números" sobre as consequências das políticas para conter a disseminação do novo coronavírus entre brasileiros. "Por enquanto está ai camuflado a questão de suicídios, de pessoas com depressão. Doença só se fala em covid-19. O número de óbitos por outras doenças tem diminuído bastante. Então tem alguma coisa esquisita nesses números ai", avalia. Hoje o País contabiliza 15,8 milhões de casos confirmados e 441 mil óbitos pela doença.

Durante a transmissão, Bolsonaro também voltou a dizer que o "seu exército" jamais irá às ruas para "manter o povo dentro de casa", tal qual "as forças policiais de alguns governadores que foram às ruas para manter o povo dentro de casa e descer a porrada". "O meu exército pode ir para a rua um dia para garantir a liberdade, o direito de ir e vir, à liberdade de culto e de trabalho. Aí sim, porque aí é jogar dentro das quatro linhas da Constituição", disse desenhando um retângulo com os dedos.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.