Pazuello: medidas de distanciamento não estão cientificamente comprovadas

Política
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Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello alegou que a efetividade de medidas de distanciamento social não estaria comprovada cientificamente, e comparou a adoção de tal iniciativa, indicada por especialistas e cientistas para conter o coronavírus, ao uso de medicamentos com eficácia não confirmada.

Sobre o uso de máscara de proteção, Pazuello afirmou que a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi marcada por "idas e vindas" durante todo o ano passado. "Eu acredito que as medidas preventivas sejam necessárias, não quer dizer que eu não escorregue em nenhum momento da vida", afirmou Pazuello diante dos questionamentos do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Como revelou o Broadcast Político, minutos após defender na CPI o uso da máscara como medida preventiva contra a covid, o ex-ministro foi flagrado sem o acessório no Senado Federal. Naquele momento, ele deixava uma sala reservada dentro do plenário da comissão para retornar ao depoimento na CPI, que estava em intervalo após bate-boca de senadores.

Pazuello afirmou também que não comprou "nenhum" comprimido de hidroxicloroquina. Ainda sobre as decisões enquanto era titular da Saúde, o ex-ministro disse que as negociações em torno da adesão ao consórcio Covax Facility foram centralizadas na Casa Civil, mas em seguida afirmou ser dele a decisão de aderir a iniciativa com cobertura de 10% da população, e não 50%. Logo depois, afirmou que a posição foi tomada por um "colegiado".

"Nós compramos o mínimo pela razão de que era muito instável. Estar no consórcio a posição era sim, mas apostar todas as fichas naquela produção, não", respondeu ele.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.