Senado tende a manter o sistema eleitoral tal como é hoje, diz Pacheco

Política
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avaliou nesta terça-feira que os senadores não devem aprovar mudanças significativas para o processo eleitoral de 2022. Ele defendeu a manutenção das regras aprovadas na reforma política de 2017.

"A opção que fizemos em 2017 é para regras que levam à redução do número de partidos no Brasil. Ainda não exaurimos a proposta de 2017 e já se pensa em uma reformulação. Meu sentimento é que Senado tende a manter o sistema eleitoral tal como é hoje", afirmou o senador, em participação no BTG Pactual Brasil CEO Conference 2021. Ainda assim, Pacheco ressaltou que respeita todas as proposições feitas por deputados e senadores, que podem ser "analisadas, debatidas e até mesmo pautadas".

Questionado sobre o projeto de voto impresso que tramita na Câmara, o presidente do Senado garantiu que não interditará este debate entre os senadores. "Eu, pessoalmente, tenho total confiança na Justiça Eleitoral, e não conheço nenhum indício de fraudes em processos eleitorais. Mas vamos permitir que o debate sobre voto impresso ocorra no Senado, vamos discutir tecnicamente sobre possibilidade orçamentária e técnica dessa mudança", respondeu.

Pacheco lembrou que o voto impresso não significa retorno da cédula de papel, mas, sim, a continuidade das urnas eletrônicas, com a impressão de comprovantes auditáveis. "Seria um processo de início de amostragem, chegando à plenitude ao longo de muitas eleições", completou.

Perguntado ainda se poderia se candidatar à Presidência da República em 2022, Pacheco afirmou não considerar "nem minimamente" essa possibilidade. "Sou presidente do Senado e do Congresso, no meu primeiro mandato de senador. Isso é motivo de muita honra e responsabilidade", disse.

covid-19

Pacheco também defendeu, no evento, o distanciamento social como forma de conter a expansão da covid-19 no Brasil. O parlamentar afirmou que "aglomeração é tudo o que não podemos ter neste instante".

O comentário de Pacheco destoa da postura do presidente Jair Bolsonaro, que participou no fim de semana de aglomeração com simpatizantes. No domingo, 23, Bolsonaro foi a um passeio com motociclistas na cidade do Rio de Janeiro. Pacheco alertou ainda que o sistema de saúde no Brasil voltou a ficar "mais pressionado" nos últimos dias.

"Discutimos com o ministro da Saúde caminhos a serem tomados a partir de agora. Um dos caminhos seria a ampla testagem da população", pontuou o presidente do Senado. A ampla testagem da população é uma recomendação corrente entre cientistas e organizações globais de saúde desde o início da pandemia, no ano passado, mas nunca foi colocada em prática pelo governo de Bolsonaro.

Ao contrário, como demonstrou o Estadão/Broadcast no fim de 2020, o governo teve de enfrentar a possibilidade de vencimento do prazo de validade de milhares de testes de covid-19.

Na entrevista de hoje, Pacheco também afirmou que a perspectiva é de que toda a população brasileira possa estar vacinada até o fim de 2021. Ao mesmo tempo, ele disse que o País precisa estar preparado para uma terceira onda da pandemia. "Não podemos ter no Brasil (na terceira onda) o que aconteceu na segunda onda, com falta de leitos e oxigênio", ressaltou.

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O enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia, Steve Witkoff, afirmou nesta segunda-feira, 10, que Washington espera um "progresso importante" nas negociações de paz com a Ucrânia nesta semana. Ele deve participar de uma série de reuniões com a delegação ucraniana na Arábia Saudita, a partir desta segunda.

"Espero que o acordo de minerais com Volodimir Zelenskyi seja assinado nesta semana também", declarou Witkoff, em entrevista à Fox News. O enviado destacou ainda que o compartilhamento de informações do serviço de inteligência americano com os ucranianos será um dos temas discutidos. "Nunca interrompemos a inteligência dos EUA com informações essenciais para defesa da Ucrânia", ressaltou.

Witkoff reconheceu que ainda há um "longo caminho para percorrer com os russos" e enfatizou a necessidade de transparência entre todas as partes envolvidas nas negociações. Segundo ele, é fundamental que os participantes sejam "transparentes" sobre suas expectativas para um possível acordo que encerre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O príncipe Frederik de Luxemburgo morreu no dia 1 de março, em Paris, após uma batalha contra um raro distúrbio conhecido como doença mitocondrial POLG. A notícia de sua morte foi anunciada no site da Fundação POLG, que Frederik criou em 2022. Ele tinha 22 anos de idade.

Frederik era filho do príncipe Robert e da princesa Julie, e tinha dois irmãos mais velhos: princesa Charlotte, de 30 anos, e príncipe Alexandre, 28.

O príncipe Frederik nasceu com a doença mitocondrial POLG, mas como ela é difícil de ser identificada, o diagnóstico só foi descoberto quando tinha 14 anos e seus sintomas estavam se manifestando mais claramente. Este distúrbio não tem tratamento nem cura.

Frederik de Luxemburgo criou a Fundação POLG (The POLG Foundation, no original) em 2022. O objetivo dela é financiar e incentivar pesquisas sobre a POLG. A fundação também disponibilizou dados conseguidos a partir do DNA do príncipe, extraídos a partir do trabalho em conjunto dos Laboratórios Jackson e da Universidade de Pádua (Itália).

Em paralelo com a fundação, o príncipe criou uma linha de roupas para disseminar a conscientização por meio da venda de camisetas, bonés de beisebol, gorros e moletons bem-humorados.

Um amigo do príncipe relatou, segundo a família real, que ele se mostrava grato pela sua condição: "Estou feliz por ter nascido com essa doença. Mesmo que eu morra dela, e mesmo que meus pais não tenham tempo para me salvar, sei que eles poderão salvar outras crianças", disse Freferik, segundo seu amigo Andrew.

O que é a doença POLG

Segundo o site da Fundação POLG, esta doença é um distúrbio genético que retira a energia das células do corpo, causando disfunção e falência progressiva de múltiplos órgãos.

Trata-se de uma doença rara, e segundo a Fundação POLG, não se sabe quantos pacientes existem no mundo.

Os sintomas, que podem ser leves a graves, geralmente incluem oftalmoplegia (enfraquecimento do músculo dos olhos), fraqueza muscular, epilepsia e insuficiência do fígado. Como a doença POLG causa uma ampla gama de sintomas e afeta tantos sistemas orgânicos diferentes, é difícil de ser diagnosticada.

Um avião monomotor com cinco pessoas a bordo caiu, neste domingo, 9, no estacionamento de um lar para idosos em Lancaster, na Pensilvânia, Estados Unidos. Todos os ocupantes da aeronave sobreviveram ao acidente. Ninguém foi atingido em solo devido à queda.

O incidente aconteceu por volta das 15h20 (16h20 no Horário de Brasília). A aeronave, um Beechcraft Bonanza de seis lugares, caiu no Brethren Village Retirement Community após decolar do Aeroporto de Lancaster, informou o departamento do Corpo de Bombeiros local.

Logo após a decolagem, o piloto relatou que havia uma "porta aberta" e que o avião precisava "retornar para um pouso", de acordo com uma gravação de controle de tráfego aéreo. Apesar da autorização, o piloto relatou dificuldades para ouvir o controlador devido ao vento.

O avião deslizou cerca de 30 metros após o contato com o solo, danificando uma dezena de veículos. Não houve danos à estrutura do prédio de três andares que fica próximo à área onde a aeronave caiu.

Vídeos nas redes sociais mostraram o avião e veículos próximos completamente cobertos pelas chamas, além de muita fumaça. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) investiga o caso.

Os pilotos e os tripulantes foram levados ao Lancaster General Hospital. Duas pessoas precisaram ser levadas ao centro de queimados por equipes de voo de emergência.

Em 30 de janeiro, em Washington, um avião da American Airlines colidiu no ar com um helicóptero militar matando 67 pessoas. No dia seguinte, um avião de transporte médico com seis pessoas a bordo caiu em uma área urbana da Filadélfia. Além das pessoas que estavam na aeronave, uma pessoa em solo morreu e outras 19 ficaram feridas. (Com agências internacionais).