Porto Alegre, Manaus e Fortaleza têm atos contra Bolsonaro

Política
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As primeiras movimentações de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro em Porto Alegre começaram quando um grupo de estudantes saiu em caminhada do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em direção ao Centro da cidade. Em frente à Prefeitura eles se encontraram com outros manifestantes. Antes das 15h a manifestação contra o presidente já ocupava todo espaço entre a Esquina Democrática e o prédio da Prefeitura.

No carro de som principal, as lideranças que falaram deixaram claro que a intenção é a saída imediata do presidente. Por várias vezes foi dito que não seria possível esperar as eleições de 2022.

Por volta das 15h40, o grupo iniciou a caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares. A passeata percorreu a Orla do Guaíba, e transcorreu pacificamente até o final, sem intervenções da polícia ou registros de depredação.

As aglomerações foram uma constante do ato, que circulou com muitas pessoas em ruas apertadas durante o trajeto. Integrante da Unidade Popular (UP), uma das entidades que organizou o evento, Nana Sanches, avaliou a necessidade de melhora na organização para ações futuras. "Distribuímos máscaras PFF2, e sempre alertamos para os cuidados necessários. Mas não é em manifestações que as pessoas estão pegando covid, mas nos ônibus lotados e na falta de saúde."

Já no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa, um dos grupos queimou um boneco que representava o presidente.

Manaus

A manifestação contra Bolsonaro em Manaus se concentrou na Praça da Saudade, centro comercial da capital amazonense. Cerca de 400 participantes, segundo os organizadores, gritaram palavras de ordem e cobraram mais vacinas, além de defender o impeachment do presidente. Entre outras pautas citadas em cartazes e faixas, estavam frases contra a reforma administrativa e a favor de mais recursos para a Educação. O ato ainda cobrou a volta do auxílio emergencial de R$ 600.

Uma das líderes do movimento, a servidora pública Juliana Rebouças, 29 anos, afirmou que os organizadores não descartam novas manifestações contra o governo federal por causa da gestão durante a pandemia da covid-19 no País.

Da Praça da Saudade, os manifestantes fizeram uma caminhada até o Largo São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas. Lá foram feitos discursos, com palavras de ordem contra o governo federal.

A Polícia Militar acompanhou a manifestação, que contou também com o apoio de agentes de trânsito da cidade. O ato acabou por volta das 17h deste sábado.

Fortaleza

Cerca de 400 máscaras de proteção facial do modelo PFF2 foram doadas para distribuição durante o protesto contra o presidente Bolsonaro em Fortaleza. Os críticos do governo se concentraram na tarde deste sábado na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, reduto de movimentos sociais na cidade.

A pauta do protesto coincidiu com as demais movimentações pelo País. Os manifestantes foram às ruas com faixas e cartazes pedindo impeachment do presidente, pela compra de mais vacinas contra a covid-19 - e responsabilizando o governo pelas mais de 450 mil mortes no País em decorrência da doença.

Ainda durante a manhã deste sábado, o grupo de médicos Coletivo Rebento e a organização de mulheres Ser Ponte estenderam faixas nos semáforos de vários pontos de Fortaleza, chamando atenção para a luta em defesa da vida e da vacinação ampla e rápida.

O atual decreto do governo do Ceará proíbe a circulação de pessoas e aglomerações em espaços públicos, como praças, calçadões e praias, durante o fim de semana, exceto para a prática de exercícios individuais ou deslocamentos para atividades essenciais.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a revogação das concessões concedidas ao regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, por meio de um acordo sobre petróleo firmado durante o governo de Joe Biden. Assinado em 26 de novembro de 2022, o acordo tinha como objetivo principal a retomada parcial das atividades de exploração de petróleo na Venezuela, com a Chevron, uma das maiores petroleiras dos EUA, entre as beneficiadas. Em contrapartida, o regime de Maduro se comprometeria a implementar reformas políticas, incluindo a realização de eleições livres e justas, além da libertação de prisioneiros políticos.

"Estamos, por meio deste, revertendo as concessões que o desonesto Joe Biden fez a Nicolás Maduro", escreveu Trump em seu perfil na Truth Social. De acordo com o republicano, o regime venezuelano não cumpriu as condições estabelecidas, especialmente no que diz respeito à realização de eleições democráticas e à devolução de "criminosos violentos enviados ao nosso país". Trump afirmou que Maduro não tem cumprido a promessa de retornar esses "criminosos com a rapidez com que haviam acordado".

Em sua publicação, Trump também anunciou a decisão de encerrar o que chamou de "ineficaz e não cumprido 'Acordo de Concessão' de Biden". O presidente americano determinou que o acordo será encerrado na data da opção de renovação prevista para 1º de março de 2025.

O Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos e o Escritório de Gestão de Pessoal solicitaram de maneira conjunta que as agências federais enviem "planos de reorganização" e se preparem para iniciar demissões em larga escala, a pedidos do presidente do país, Donald Trump, segundo memorando divulgado nesta quarta-feira, 26.

No documento, é mencionado que o governo federal é "caro, ineficiente e profundamente endividado" e não está produzindo resultados, o que exige que a medida seja colocada em prática. "O dinheiro dos impostos está sendo desviado para financiar programas improdutivos e desnecessários que beneficiam grupos de interesse radicais enquanto prejudicam cidadãos americanos trabalhadores", justifica a nota.

O comunicado cita que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) instruiu as agências a "eliminar o desperdício e o inchaço" dos trabalhadores, como parte da "transformação crítica da burocracia federal".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quarta-feira, 26, que, em 8 de fevereiro, o Irã possuía 274,8 quilos de urânio enriquecido em até 60% - material é "quase adequado" para armas -, um aumento de 92,5 quilos desde o último relatório do órgão de vigilância nuclear em novembro, quando foi registrado um estoque de 182,3 quilos. A alta da produção iraniana acontece à medida que as tensões entre Teerã e Washington se intensificam após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump.

"O aumento significativo da produção e acumulação de urânio altamente enriquecido pelo Irã, o único Estado sem armas nucleares a produzir tal material nuclear, é uma preocupação séria", afirmou o documento. Segundo a AIEA, aproximadamente 42 quilos de urânio enriquecido a 60% são "teoricamente suficientes" para produzir uma bomba atômica, se enriquecidos ainda mais para 90%.