Flávio diz que Bolsonaro aguarda 'segurança' para decidir filiar-se ao Patriota

Política
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O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) externou nesta segunda-feira, 14, a preocupação do presidente Jair Bolsonaro em relação à disputa interna no Patriota. O presidente da República negocia a entrada na legenda para disputar a reeleição, em 2022, mas as mudanças promovidas no estatuto do partido para permitir o controle de diretórios da legenda por seus aliados são alvo de contestação na Justiça.

"(Jair Bolsonaro) Está aguardando os desdobramentos do que o Patriota tem resolvido internamente. Nós não queremos ter preocupações partidárias, o presidente já tem o País para tomar conta e a gente tem que ocupar a cabeça com as questões eleitorais", afirmou o filho mais velho do presidente durante convenção da legenda.

O presidente do Patriota, Adilson Barroso, pretende fazer uma espécie de intervenção para mudar o comando de diretórios estaduais, com o objetivo de abrigar o grupo político de Bolsonaro.

"Tem muito mais em jogo do que um diretório municipal mudar, um diretório estadual mudar, um assento na Executiva Nacional. O partido é para dar tranquilidade", afirmou Flávio Bolsonaro.

O filho "Zero Um" do presidente admitiu a intenção de aliados bolsonaristas assumirem postos na estrutura partidária. "O presidente quer vir com esse cenário, esse contexto de tranquilidade, de segurança jurídica obviamente, de ter pessoas que possam tocar o partido nos Estados que sejam de confiança. Isso já está acontecendo, então nem haveria necessidade de mudança."

Para se filiar, Jair Bolsonaro exige o controle dos diretórios e do caixa do partido. Foi por isso que rompeu com o PSL e depois não conseguiu voltar para a sigla. Bolsonaro também cobrava do PSL um "alinhamento ideológico" com pautas do governo e a expulsão de deputados que o atacam, como Júnior Bozzella (SP), Julian Lemos (PB), Joice Hasselmann (SP) e Delegado Waldir (GO).O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), não aceitou essas condições e as negociações emperraram.

Nova convenção

Após o racha no Patriota se tornar público, o presidente do partido convocou nova convenção nacional para esta segunda-feira (14) na tentativa de evitar que a briga inviabilize a filiação do clã presidencial. O edital convocando outra convenção do partido, "na modalidade virtual e/ou presencial" foi publicado na sexta-feira, 11, tendo como pauta "proposta de filiação de interesse político-partidário nacional", adequação e alteração do estatuto interno e criação de um Conselho Político, entre outros assuntos.

Flávio e o advogado eleitoral de Bolsonaro Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participaram do evento presencialmente na sede do partido em Barrinhas (SP), onde o presidente da legenda, Adilson Barroso também estava.

Grupo vê 'golpe'

Para obter maioria, Barroso fez trocas na direção do partido, com alguns desligamentos compulsórios. A ação foi classificada como "golpe" e "intervenção" por uma ala da legenda, integrada pelo vice-presidente, Ovasco Resende, e pelo secretário-geral, Jorcelino Braga. Os dissidentes, muitos deles do antigo PRP (que se fundiu com o Patriota), recorreram ao TSE, na tentativa de barrar as mudanças, consideradas irregulares.

"De novo está cometendo irregularidades. Ele está errando de novo, não tem quórum qualificado, e não tem consenso dos convencionais com direito a voto, eleitos 07/11/2018, com mandato vigente 07/11/2022", afirmou o secretário-geral do Patriota ao Estadão sobre a nova reunião e as mudanças nos cargos da legenda com direito a voto.

Apesar de ver "elevada gravidade" nas acusações, o ministro Edson Fachin, vice-presidente do TSE, disse que o assunto deveria ser remetido à Justiça comum. O Cartório do Primeiro Ofício de Notas do Distrito Federal se recusou a registrar a ata da convenção do dia 31, como informou o Estadão.

Em nota emitida na quinta-feira passada, dia 10, o cartório apresentou uma lista de nove exigências para o partido regularizar a situação e cobrou documentos para provar que havia quórum qualificado naquele encontro. Alertado de que a briga jurídica poderia demorar e acabar prejudicando a entrada de Bolsonaro no Patriota, Barroso preferiu, então, convocar nova convenção, anulando o encontro anterior.

A nova legenda de Flávio Bolsonaro e provável partido do presidente da República ficou em 22º lugar no ranking das siglas que receberam fundo eleitoral nas disputas municipais de 2020, com R$ 24,5 milhões. De acordo com o orçamento de 2021, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado por Jair Bolsonaro, o Patriota terá R$ 22,4 milhões de fundo partidário para usar neste ano, valor que o coloca em 19º na lista de 22 siglas com direito à verba. No Congresso, o Patriota conta apenas seis deputados federais e, com a ida de Flávio, agora terá um senador.

Antes da campanha de 2018, Bolsonaro chegou a ser apresentado como candidato à Presidência pelo Patriota, então chamado de Partido Ecológico Nacional (PEN). A única ligação entre o então deputado e a sigla, porém, era uma ficha "pré-datada". A filiação nunca foi consumada.

O secretário-geral Jorcelino Braga participou da reunião desta segunda, mas foi contra a mudança no estatuto, que delibera sobre a filiação de Bolsonaro e a ampliação dos atuais 32 para mais de 100 os integrantes votantes nas convenções nacionais da legenda.

"O presidente (Bolsonaro) precisa ter a segurança absoluta que ele não vai ter nenhum problema. Não podemos pôr em risco a carreira do presidente da República, que já sofre muito, você conhece como as coisas acontecem com ele. Precisamos ter muito cuidado em relação a isso", afirmou Braga a Adilson Barroso durante a convenção.

O presidente do Patriota defendeu a vinda de Bolsonaro e afirmou ser aliado do presidente da República. "Se o Patriota estivesse em nome de qualquer outro, ele (Bolsonaro) não viria por nada".

Para Barroso, o cenário mais favorável é fazer crescer o partido, e dividir com Bolsonaro, do que deixar com o tamanho atual. "É melhor ganhar nessa (loteria da Mega) Sena, dez pessoas, uma quantidade de final de ano (maior prêmio do sorteio) do que o primeiro dia sozinho. Vamos dividir isso aqui".

Flávio Bolsonaro fez uma declaração na mesma linha: "ninguém está vindo para tomar o lugar de ninguém. Olhem o que aconteceu com o PSL, que passou de um deputado para 52 em uma eleição. Por que isso a gente não pode tentar repetir com o Patriota?".

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Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (Doge, na sigla em inglês), afirmou que "a não ser que sejamos parados, vamos chegar a economias de US$ 1 trilhão". Ele também destacou que, sem o apoio do presidente Donald Trump, "não faríamos nenhum progresso".

Em entrevista à Fox Business, Musk ressaltou que os democratas não estão interessados em permitir que o Doge siga com suas atividades, sugerindo que o partido de oposição a Trump poderia suspender as operações do departamento. "Eles não querem que acabemos com fraudes e gastos. É isso que paga a estadia de imigrantes ilegais no país", declarou.

Sobre a equipe do Doge, o CEO da Tesla revelou que, atualmente, cerca de 100 pessoas trabalham no departamento, e que a meta é chegar a 200 integrantes. Na sequência, perguntado se fazia sentido reduzir cargos em outros setores do governo para aumentar as economias e, ao mesmo tempo, ampliar o número de funcionários do Doge, Musk enfatizou: "Só estou aqui para aumentar a eficiência do governo e estamos fazendo progresso. Não quero os EUA dando calote. Estamos praticamente em todos os departamentos do governo americano."

Ele ainda ressaltou que "todos os recibos do Doge" estão disponíveis na internet, destacando a transparência do departamento.

Ao ser questionado sobre as recentes quedas nas ações da Tesla, Musk respondeu com humor: "Tente olhar pelo lado positivo", mas evitou dar mais detalhes ou comentar sobre os motivos específicos para a queda.

Já sobre o ataque virtual registrado hoje ao X, Musk apontou que endereços de IP na Ucrânia "estiveram envolvidos no massivo ciberataque" contra a rede social. No entanto, ele não entrou em detalhes e afirmou que sua equipe está investigando o que ocorreu com a plataforma.

Uma passageira a bordo de um voo da Southwest Airlines que realiza o trajeto entre Houston para Phoenix, nos Estados Unidos, tirou a roupa e começou a gritar antes mesmo da aeronave decolar do aeroporto Aeroporto Hobby, em Houston.

O avião foi obrigado a voltar para o portão de embarque para que a passageira pudesse ser retirada, segundo a NBC News.

O caso ocorreu no dia 3 deste mês, segunda-feira da semana passada, e provocou muito tumulto e confusão, segundo a emissora.

A passageira foi retirada da aeronave por policiais e encaminhada para avaliação médica no Centro Neuropsiquiátrico do Hospital Harris Health Ben Taub.

O nome da passageira não foi relevado e ela não sofreu acusações formais. A companhia aérea emitiu uma nota dizendo se tratar de "problema com passageiro a bordo". "Nossas equipes entraram em contato com os clientes a bordo do voo para se desculpar pelo atraso em suas viagens", informa o comunicado da Southwest.

A reportagem da NBC News diz ainda que passageiros do voo relataram que a mulher começou a gritar e dizia ser bipolar antes de tirar toda a sua roupa. Ela batia com suas mãos em partes do avião, o que causou alvoroço dentro da aeronave.

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira uma ação judicial movida por procuradores-gerais republicanos de 19 estados, que tentava bloquear processos sobre mudanças climáticas contra a indústria de petróleo e gás em estados governados por democratas.

Os juízes atuaram em resposta a um esforço incomum dos republicanos para questionar, no Supremo Tribunal, o uso de tribunais estaduais pelos estados democratas para processar empresas de combustíveis fósseis, acusadas de enganar o público sobre os riscos de seus produtos, que contribuem para as mudanças climáticas.

Embora o Supremo Tribunal normalmente só ouça apelações, a Constituição concede ao tribunal a autoridade para julgar processos originais entre estados. Os juízes Clarence Thomas e Samuel Alito disseram que permitiriam que a ação seguisse adiante, por enquanto. Segundo Thomas, os juízes não têm discrição para rejeitar a queixa nesta fase, em um desacordo que não abordou o mérito da reclamação.

A queixa republicana, liderada pelo procurador-geral do Alabama, Steve Marshall, argumenta que os estados democratas estão tentando impor uma política nacional de energia, o que, segundo eles, elevaria o custo da energia em todo o país. O Supremo também rejeitou até agora apelações das empresas de energia que buscavam envolver os juízes na questão.

As ações movidas por dezenas de governos estaduais e locais alegam que as empresas de combustíveis fósseis enganaram o público sobre como seus produtos podem contribuir para a crise climática, e buscam bilhões de dólares em danos por fenômenos como tempestades severas, incêndios florestais e o aumento do nível do mar.

A ação republicana tinha como objetivo especificamente interromper processos movidos por Califórnia, Connecticut, Minnesota, New Jersey e Rhode Island. Somente o governo federal tem autoridade para regulamentar as emissões de gás interestaduais, e os estados não podem aplicar suas próprias leis a uma atmosfera global que ultrapassa suas fronteiras.