Aziz: apologia a imunidade de rebanho é um dos maiores crimes cometidos no Brasil

Política
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O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), classificou o que chamou de "apologia a imunização de rebanho" como um dos maiores crimes já cometidos no Brasil. Para o senador, a atuação da comissão fez "empatar o jogo" com aqueles que defendem desde o início da pandemia medidas como o tratamento precoce e a imunidade de rebanho. "Desde o primeiro momento (da CPI), vimos que o governo nunca teve interesse em comprar as vacinas, protelou ao máximo para comprar, se interessou por tratamento precoce", disse o presidente da CPI na sessão de depoimento do médico sanitarista Cláudio Maierovitch e da microbiologista Natalia Pasternak.

Para Aziz, antes de o colegiado começar os trabalhos, o Brasil estava perdendo por "7 a 1", uma vez que o contraponto às teses de imunidade de rebanho e do tratamento precoce não tinha o alcance que a CPI conseguiu promover, na visão do senador. "Quando iniciamos, o Brasil estava perdendo de 7 a 1, porque o contraponto à imunização de rebanho e ao tratamento precoce, por mais que os especialistas falassem na televisão, não tinha alcance que CPI teve para chegar à população brasileira. Nós empatamos esse jogo, porque eles continuam ainda prescrevendo esse medicamento, fazendo apologia ao tratamento precoce, à imunização de rebanho", afirmou o senador.

A sessão foi encerrada há pouco. Antes, Aziz quis saber a avaliação dos especialistas sobre a "importância" da CPI para o País. "Está sendo de extrema importância para trazer a ciência ao debate público", respondeu Pasternak, que é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). "Há uma expectativa de que o poder legislativo brasileiro, representado por essa CPI, consiga produzir um contraponto à ausência de políticas públicas para enfrentar a pandemia", disse Maierovitch, que já foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Espero que um dia a história faça justiça, espero que muito antes disso, vocês e os poderes investidos façam justiça a tempo de a gente ter menos mortes e sofrimento", afirmou mais cedo o sanitarista.

Como mostrou o Broadcast Político há pouco, os especialistas ouvidos afirmaram durante o depoimento que a conduta do presidente Jair Bolsonaro fez o número de mortes por covid-19 aumentar no País. Na quinta-feira, 10, O País ultrapassou a marca dos 480 mil óbitos pela doença desde o início da pandemia.

Pasternak e Maierovitch apresentaram estudo do epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (UFP) Pedro Hallal apontando que, no caso de 500 mil mortes pela covid no País, 375 mil poderiam ter sido poupadas se o Brasil adotasse medidas preventivas orientadas por especialistas e praticadas em outros países, como isolamento social, vacinação e campanha de comunicação coordenada.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia. É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.

Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

Frederiksen repetiu que acolheu com satisfação os EUA demonstrando maior interesse na região do Ártico, mas que isso teria que ser feito de uma forma que fosse "respeitosa" com a população da Groenlândia.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

A presidente disse acreditar que o republicano é "mal informado" por também dizer que o país é governado por grupos criminosos e não pelo povo.