Lula almoça com Paes, que aposta em presidente da OAB para o governo no Rio

Política
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Depois de se reunir com líderes de esquerda no Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva PT) encontrou o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD), o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e outros políticos do chamado centro em almoço nesta sexta-feira, 11. Paes anunciou a Lula o nome do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, como seu candidato ao governo do Rio no ano que vem.

Crítico ferrenho do governo de Jair Bolsonaro, o advogado chegou a ser filiado ao PT na juventude e tentou virar vereador em 2004, mas não foi eleito. Hoje, considera-se de centro e tem em Paes seu principal parceiro na política. Os dois são amigos de longa data.

Lula, por sua vez, adotou tom parecido com o da noite de quinta, 10, quando falou para a esquerda. Defendeu a ideia de um grande pacto para tirar o País da crise e das mãos do bolsonarismo. O almoço foi fechado à imprensa.

Além de Paes e Maia, estiveram no encontro o próprio Felipe Santa Cruz e outros aliados do prefeito, como os secretários e deputados licenciados Pedro Paulo (DEM) e Marcelo Calero (Cidadania). Todos devem migrar em breve para o PSD, acompanhando movimento recente de Paes. Figuras petistas, incluindo a presidente Gleisi Hoffmann, também participaram do encontro no Palácio da Cidade, que durou cerca de duas horas e meia.

A visita de Lula ao prefeito carioca se deu um dia após o petista se reunir com lideranças de esquerda. Ele favorável à construção de uma frente ampla no Rio que inclua os grupos de Marcelo Freixo, prestes a se filiar ao PSB, e Paes. Ou seja, juntando esquerda e centro.

A composição serviria como um palanque forte, no berço do bolsonarismo, para Lula tentar voltar ao Planalto. O PT deve abrir mão de candidaturas próprias a governador e senador na maioria dos Estados em troca de apoios a Lula. Também pretende priorizar a formação de uma robusta bancada na Câmara.

Na manhã desta sexta, 11, contudo, Paes disse que seu candidato hoje para o Planalto é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (hoje no DEM, mas que também deve ir para o PSD). O partido de Gilberto Kassab mantém discurso de que terá candidatura própria à Presidência e nos três maiores colégios eleitorais do País.

Freixo anunciou na manhã desta sexta sua saída do PSOL após resistências internas no partido para ampliar alianças. No PSB do deputado Alessandro Molon, terá mais facilidade de acenar ao centro. Ele e Paes vêm conversando ao longo deste ano.

No Rio, Lula também tem agendas que não se limitam a encontros com políticos, como uma visita a um estaleiro nesta manhã. "Quero mandar um recado aos trabalhadores da indústria naval: não deixem destruírem o que vocês construíram. São 15 milhões de brasileiros desempregados. A gente tem que reagir e defender esse país. O Brasil não é do Bolsonaro", escreveu após a visita.

Neste sábado, 12, está prevista uma reunião com artistas. Também há a possibilidade de conversar com lideranças do movimento negro.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia. É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.

Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

Frederiksen repetiu que acolheu com satisfação os EUA demonstrando maior interesse na região do Ártico, mas que isso teria que ser feito de uma forma que fosse "respeitosa" com a população da Groenlândia.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

A presidente disse acreditar que o republicano é "mal informado" por também dizer que o país é governado por grupos criminosos e não pelo povo.