Livres pede impeachment de Bolsonaro e destaca oito crimes de responsabilidade

Política
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O movimento político Livres, defensor de pautas sobre o liberalismo nos costumes e na economia, publicou nesta quarta-feira (16) parecer técnico pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o grupo, em nota, "o presidente da República permanece incapaz de liderar os esforços nacionais contra a pandemia da covid-19 e de implementar políticas eficazes por meio do Ministério da Saúde".

De acordo com o texto, o presidente cometeu "reiterados atos ilícitos e ímprobos" durante a gestão da crise sanitária causada pelo novo coronavírus. O grupo também destaca que "diversas condutas do presidente Jair Bolsonaro" podem ser enquadradas na Lei dos Crimes de Responsabilidade e Constituição Federal: os crimes contra o direito fundamental à vida e à saúde, o livre exercício dos Poderes Constitucionais, o sistema eleitoral e a democracia, o Estado de Direito, a segurança interna do País, a probidade administrativa, bem como ausência de decoro e omissão sobre a responsabilidade de subordinados.

Os episódios citados incluem desde as insinuações do presidente sobre uso político das Forças Armadas, às declarações de fraudes em eleições, gastos com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 e afronta aos pressupostos de impessoalidade.

O movimento, como organização suprapartidária, nasceu em 2018 após conflitos com o PSL após o presidente da sigla, Luciano Bivar, anunciar a filiação do então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro. Diante do conflito entre as ideias defendidas pelo grupo - que até então pertencia à estrutura do partido - e as de Bolsonaro, o filho do dirigente da legenda, Sérgio Bivar, anunciou que deixaria o partido e levaria consigo o Livres. Segundo o grupo, "quando o populismo entra pela janela, a liberdade sai pela porta".

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A matéria publicada anteriormente tinha um equívoco no primeiro parágrafo. O líder do partido União Democrática Cristã (CDU), Friedrich Merz, é o provável próximo chanceler da Alemanha. Seu partido foi o mais votado na eleição deste domingo e, portanto, deve ocupar a liderança do país num governo de coalizão. Segue a nota corrigida:

O líder do partido União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O chanceler conservador eleito na Alemanha, Friedrich Merz, do partido União Democrática Cristã (CDU), afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo em ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentou Friedrich Merz e a União Democrática Cristã (CDU), partido conservador tradicional, pela vitória no pleito eleitoral de domingo, 23, na Alemanha. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, 26, Lula disse estar "convencido" de que Brasil e Alemanha seguirão trabalhando juntos para ampliar convergências e complementaridades. Friedrich Merz é o provável próximo chanceler da Alemanha

"Quero cumprimentar Friedrich Merz e seu partido pela vitória no pleito eleitoral de ontem. Sua eleição ocorre em momento de grande sensibilidade geopolítica e geoeconômica global, mas também em momento de grandes esperanças e oportunidades de ganhos conjuntos", disse Lula em nota.

O brasileiro disse que a Alemanha é um "país amigo e parceiro crucial do Brasil" na defesa da democracia e do multilateralismo, na promoção do desenvolvimento sustentável e na proteção dos direitos humanos. "Nossos países têm forte histórico de atuação conjunta por reformas na governança global", citou.

"Estou convencido de que seguiremos trabalhando juntos para ampliar as convergências e complementaridades em prol de uma inserção internacional cada vez mais competitiva de ambos", afirmou. O petista citou que a implementação do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia e a realização da COP 30 no Brasil são "caminhos facilitadores desse processo".

Em segundo lugar no pleito de ontem, ficou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), e o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro. Com isso, a AfD alcançou o melhor resultado para a extrema direita alemã desde a 2ª Guerra Mundial.

A grande fatia de votos recebida pelo Alternativa para a Alemanha deve prejudicar as negociações para a formação de um governo, já que todos os principais partidos do país se recusam a formar uma coalizão com a AfD - uma estratégia criada desde o fim da 2ª Guerra para impedir o retorno de extremistas ao poder após a derrota do nazismo. Apesar de descartar formar um governo com a AfD, Merz já mostrou que pode dialogar com o partido.