Projeto que prevê abstinência sexual 'não é ideológico', diz vereador de SP

Política
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A discussão na Câmara Municipal de São Paulo em torno do programa "Escolhi Esperar", que propõe atividades de prevenção contra a gravidez na adolescência e tem aval da Prefeitura, levou vereadoras da oposição a propor um texto alternativo para garantir que a iniciativa não sirva de pretexto para preconizar a abstinência sexual entre adolescentes. O projeto deve ser votado nesta quinta-feira, 17, mas o texto alternativo ainda precisa de assinaturas para ser analisado no Plenário.

Para debater a proposta em uma audiência pública neste mês, foram convidados especialistas que defendem o atraso da iniciação sexual como método contraceptivo. O autor do projeto, vereador Rinaldi Digilio (PSL), no entanto, diz que a abstinência sexual não foi incluída no projeto e que não se opõe à mudança do nome "Escolhi Esperar". O vereador concedeu entrevista ao Estadão. Confira abaixo.

O senhor apresentou o projeto para instituir o programa 'Escolhi Esperar' na Prefeitura. Como funcionaria, na prática, essa política pública?

O teor desse projeto é a prevenção e a conscientização contra a gravidez precoce na adolescência, apenas. Temos já vários métodos, e o que se propõe não é extinguir nenhum método contraceptivo. É uma prevenção primária, é dizer para o adolescente: 'Será que agora é a hora certa?'. Isso é algo que pode prejudicar a vida acadêmica, a cada 30 minutos ocorre uma gravidez precoce no Brasil. E há estudos que mostram que essas meninas ganham 573 dólares menos do que aquelas que não engravidaram na juventude.

Chamou atenção o nome do programa, que remete à defesa da abstinência sexual. É isso mesmo?

Não, o projeto não usa o termo 'abstinência sexual' em nenhum momento, e não é isso que está sendo proposto. O que estou propondo é que os adolescentes tenham orientação, com promoção periódica de palestras falando sobre essa temática, feitas por profissionais da saúde discutirem quando é a hora, se ele quer aquilo para a vida dele. O importante não é o nome do programa. O 'Escolhi Esperar' é algo que surgiu no momento em que protocolamos o projeto, mas não há problema nenhum em alterar o nome. Abstinência sexual não está no escopo do projeto.

O que o senhor achou da mobilização da oposição para mudar o teor do projeto?

Eles estão fazendo esse projeto se tornar uma questão ideológica por causa do projeto de lei 168 (de vereadores do PSOL), que institui atenção humanizada ao aborto, que eles querem aprovar. Veja só. Para eles, é uma questão de ideologia. Para mim é uma questão pró-vida, um programa de prevenção e conscientização para adolescentes e nada mais.

Quais outras pautas o sr. acha que devem avançar na Câmara na área de costumes?

Esse projeto é técnico e teve um parecer técnico da Prefeitura. Não posso considerá-lo um projeto conservador. Eu faço um trabalho de assistência às áreas técnicas da Prefeitura, de orientação, com base no que existe de especificações feitas por profissionais. Eu só acredito em projetos técnicos. Inclusive sou coautor, junto com a Sâmia Bomfim (antes vereadora, hoje deputada federal), de um projeto que trata do combate à violência contra a mulher, que obriga a fixação de avisos com o número do Disque Denúncia em locais públicos. Não tenho problema nenhum em trabalhar com alas que pensam diferente de mim, mas nesse assunto (do programa contra a gravidez precoce) estão tentando transformar em algo sobre violência. Não é um projeto ideológico.

Ideia fundamentalista

A vereadora Juliana Cardoso (PT) apoia a alteração do programa "Escolhi Esperar" e diz que a proposta atual tem motivação religiosa. Ela e outros membros da oposição propõem incluir a garantia do "respeito à autonomia" do público-alvo do programa. "Não somos contrários à conscientização sobre gravidez precoce", diz Juliana, que classifica a defesa da abstinência sexual como "fundamentalismo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um voo da American Airlines de Nova York para Nova Délhi pousou com segurança em Roma (Itália) na tarde de domingo, 23, após ser desviado devido a uma preocupação de segurança, que depois foi considerada "não credível", disse a companhia aérea.

A American Airlines informou que o Voo 292 "foi inspecionado pelas autoridades" após aterrissar no Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci e "autorizado a reembarcar". A companhia não esclareceu a causa da preocupação de segurança, mas acrescentou que uma inspeção era necessária de acordo com o protocolo antes que o voo pudesse pousar em Nova Délhi. Segundo a Aeronáutica italiana, no entanto, a suspeita era de um explosivo a bordo.

'Senti um pouco de pânico'

Dois caças da Aeronáutica italiana escoltaram o avião da American Airlines. Caminhões de bombeiros estavam visíveis na pista de pouso de um lado do avião após ele ter aterrissado.

Neeraj Chopra, um dos passageiros a bordo, disse que o capitão anunciou que o avião precisaria dar meia-volta cerca de três horas antes de pousar em Nova Délhi devido a uma mudança no "status de segurança".

Chopra, que estava viajando de Detroit para visitar a família, descreveu o clima no avião como calmo após o anúncio inicial, mas disse que começou a se sentir estressado quando o capitão anunciou que caças escoltariam o avião até Roma. "Senti um pouco de pânico, tipo, o que está acontecendo aqui?", disse Chopra à Associated Press. "Deve ter algo maior acontecendo aqui."

'O voo mais longo para a Europa que já fiz'

O passageiro Jonathan Bacon, 22 anos, de Dayton, Ohio, começou a prestar atenção no rastreador de voo na poltrona à sua frente após o anúncio do capitão sobre um "desvio devido a um problema de segurança", observando a forte curva do avião para longe de Nova Délhi e a rota de volta para Roma.

Os passageiros não tinham conexão com a internet durante grande parte do voo, disse Bacon, com apenas alguns acessos esporádicos que os alertaram para os primeiros relatos sobre a situação cerca de duas horas antes do pouso.

Após o pouso, Bacon disse que todos os passageiros foram levados para um ônibus e transportados até o terminal, onde cada passageiro e seus pertences pessoais passaram por novas verificações de segurança, que foram demoradas e "um pouco mais intensas", especialmente para os recém-chegados.

Mais de duas horas após o pouso, Bacon e seu amigo disseram que ainda estavam esperando pelas suas bagagens despachadas, que também estavam passando por verificações de segurança. "Foi definitivamente o voo mais longo para a Europa que já fiz", disse Bacon.

Um porta-voz do aeroporto disse que as operações estavam continuando normalmente.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

A matéria publicada anteriormente tinha um equívoco no primeiro parágrafo. O líder do partido União Democrática Cristã (CDU), Friedrich Merz, é o provável próximo chanceler da Alemanha. Seu partido foi o mais votado na eleição deste domingo e, portanto, deve ocupar a liderança do país num governo de coalizão. Segue a nota corrigida:

O líder do partido União Democrática Cristã (CDU) e provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.

O chanceler conservador eleito na Alemanha, Friedrich Merz, do partido União Democrática Cristã (CDU), afirmou que espera convencer os representantes dos Estados Unidos de que há um interesse mútuo em ter boas relações transatlânticas, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 24. Na ocasião, ele disse que conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, no domingo, 23, e os líderes discutiram o que será conversado com o presidente americano, Donald Trump.

"Temos que considerar o pior cenário possível para as relações com os Estados Unidos", defendeu.

Merz também disse que será "chanceler de toda a Alemanha" e não apenas para os eleitores de seu partido, e que quer construir uma coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, que ficou em terceiro lugar após a apuração, atrás do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita.