Manifestantes vão às ruas de Manaus, Curitiba e Porto Alegre contra Bolsonaro

Política
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As capitais Manaus, Curitiba e Porto Alegre tiveram protestos contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e a forma como o mandatário lida com a pandemia de covid-19 neste sábado, dia 19. As manifestações também ocorrem em cidades de outros 21 Estados e no Distrito Federal.

Em maior número que no protesto passado, manifestantes voltaram a sair às ruas da capital do Amazonas. A concentração se iniciou às 15h, na Praça da Saudade, no Centro Comercial de Manaus, de onde partiram em passeatas por diversas ruas do Centro até o Largo Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas.

No caminho, os participantes da passeata gritavam palavras de ordem contra o governo federal e cobravam mais respeito ao meio ambiente e mais recursos para a educação. Também não faltaram críticas ao governo do Estado, motivado por denúncias de corrupção na gestão da pandemia no Amazonas e depoimentos na CPI da Pandemia no Senado que apontou irregularidades na gestão da Saúde no Estado.

Uma das participantes foi Beatriz Calheiros, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam). "O governo federal reduziu a verba para educação e não tem ajudado a população brasileira a resistir à fome e ao desemprego em um momento tão crítico para nossa população. Soma-se a isso a política ambiental aqui na região Norte também", disse.

Curitiba

Mesmo com a forte chuva que caiu durante o sábado, manifestantes estiveram na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para criticar e pedir a saída do presidente da República. Os presentes gritaram palavras de ordem como "assassino" e "genocida". Durante os protestos, o uso de máscaras e o distanciamento social foram mantidos e lembrados a todo o momento pelos organizadores.

A engenheira elétrica Ana Paula, 45 anos, disse que foi motivada a ir à manifestação por causa do descaso com que o governo federal vem tratando a pandemia. "Queremos mostrar que o Brasil que tentam mostrar não é o Brasil real. Queremos voltar a ser modelo, exemplo de saúde pública. Se hoje temos 500 mil mortes é por culpa do governo que adotou as medidas necessárias para evitar essa situação", avaliou.

O professor Pedro Alcântara, 50 anos, disse que o presidente ao recusar vacinas não vivia a realidade. "Ele tem responsabilidade pelo que está acontecendo", comentou.

A manifestação foi organizada por entidades sociais, sindicais, políticas e teve apoio também de representantes dos movimentos estudantis e de torcidas organizadas. No início da noite estava prevista uma caminhada pelas ruas centrais da capital.

Porto Alegre

Apesar da temperatura baixa na cidade, Porto Alegre teve mais uma grande manifestação contra o presidente Bolsonaro pedindo ampliação da vacinação contra o coronavírus. O protesto teve inicio por volta das 15h no Largo Glênio Peres, em frente à Prefeitura da cidade. Às 15h40, os manifestantes iniciaram a caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Na caminhada, bandeiras de partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais engrossavam o grupo que ocupou as ruas centrais da capital gaúcha.

O número de manifestantes foi semelhante ao so primeiro protesto, realizado em maio. Uma das diferenças foi a maior presença de bandeiras do PT, marcando uma maior participação do partido na manifestação. No caminhão de som, as lideranças davam o tom de urgência, pedindo a saída imediata do presidente. "Não é possível esperar até 2022", afirmou, Manuela d'Ávila, política do PCdoB que foi candidata a prefeita em 2020. O discurso foi semelhante ao dos demais líderes que assumiram o microfone, como a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL).

Diversos movimentos de esquerda, que costumam disputar eleitorado, estiveram juntos na marcha. A caminhada transcorreu sem incidentes, de acordo com a Brigada Militar. Porém, a corporação não soube estimar o número de manifestantes. Ao final do ato, velas e tochas foram acesas em frente ao caminhão de som para lembrar as 500 mil mortes em decorrência do coronavírus. A manifestação se encerrou por volta das 18h no Largo Glênio Peres.

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O presidente dos Estados Unidos e o perfil oficial da Casa Branca no X (antigo Twitter) publicaram na sexta-feira, 2, nas redes sociais, uma imagem em que Donald Trump aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

A imagem foi divulgada na plataforma TruthSocial, de propriedade do presidente, e mostra Trump em trajes papais, incluindo uma mitra e um cordão dourado com uma cruz, sentado em uma cadeira de estrutura dourada e com o dedo indicador direito apontando para o céu.

O perfil oficial da Casa Branca também publicou a imagem, sem texto.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

Apesar da piada, ele disse que não tem uma preferência. "Temos um cardeal de um lugar chamado Nova York que é muito bom. Vamos ver o que acontece", afirmou.

O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, não está entre os principais cotados, mas outro americano aparece na lista: o cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, em Nova Jersey. Nunca houve um papa dos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama, Melania, participaram, em Roma, do funeral do papa Francisco.

A postagem ocorre poucos dias após a morte do Papa Francisco e às vésperas do início do Conclave no Vaticano, onde 133 cardeais se reunirão na Capela Sistina a partir de quarta-feira, 7, para eleger o novo pontífice.

Projeções apontam que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi reeleito nas eleições realizadas neste sábado, sendo o mais novo líder de inclinação à esquerda a alcançar uma vitória, enquanto o presidente americano, Donald Trump, agita os mercados globais e desestabiliza os assuntos internacionais.

O Partido Trabalhista de Albanese estava projetado para ganhar o maior número de assentos na Câmara dos Representantes do país, onde os governos são formados, derrotando o bloco conservador que inclui os partidos Liberal e Nacional, segundo a Australian Broadcasting Corp.

Muitas disputas ainda estavam acirradas e sem definição, sinalizando que o partido de Albanese pode não alcançar a maioria absoluta na câmara de 150 assentos. Isso significa que os trabalhistas precisarão se unir a partidos menores e legisladores independentes para governar.

A eleição é o último retrato de como os eleitores estão reagindo a uma ordem mundial em mudança à medida que Trump mira países com tarifas, se aproxima da Rússia e usa retórica dura sobre os aliados tradicionais de Washington. Pesquisas mostram que eleitores na Austrália, Canadá e no Reino Unido veem os Estados Unidos mais desfavoravelmente desde que Trump assumiu o cargo.

(Com Dow Jones Newswires)

Um ataque de drone russo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, feriu 47 pessoas, disseram autoridades ucranianas. Segundo o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, os drones atingiram 12 locais da cidade na sexta-feira, 2, à noite. Edifícios residenciais, infraestrutura civil e veículos foram danificados no ataque, de acordo com o governador regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

O ataque provocou um novo apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por apoio mais decisivo dos aliados do país. "Enquanto o mundo hesita com decisões, quase todas as noites na Ucrânia se transformam em um pesadelo, custando vidas. A Ucrânia precisa de uma defesa aérea reforçada. Decisões fortes e reais são necessárias de nossos parceiros - os Estados Unidos, a Europa, todos os nossos parceiros que buscam a paz", escreveu Zelensky, em publicação no X neste sábado.

O Ministério Público de Kharkiv disse que as forças russas usaram drones com ogivas termobáricas. Em uma declaração no mensageiro Telegram, o MP afirmou que armas termobáricas criam uma poderosa onda de explosão e uma nuvem quente de fumaça, causando destruição em larga escala. O promotor apontou que seu uso pode indicar uma violação deliberada do direito humanitário internacional.

A Rússia disparou um total de 183 drones explosivos e iscas durante a noite, disse a força aérea da Ucrânia. Desses, 77 foram interceptados e outros 73 perdidos, possivelmente tendo sido bloqueados de forma eletrônica. Moscou também lançou dois mísseis balísticos.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas defesas aéreas derrubaram 170 drones ucranianos durante a noite. O ministério disse que oito mísseis de cruzeiro e três mísseis guiados também foram interceptados.

No sul da Rússia, cinco pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas em um ataque de drone na cidade portuária de Novorossisk, que dá acesso ao Mar Negro, durante a noite, de acordo com o prefeito Andrey Kravchenko.