Bolsonaro diz que decidiu concorrer após sentir que País 'mergulhava nas trevas'

Política
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira, 18, que decidiu concorrer ao cargo, após as eleições de 2014, para "mudar o Brasil" após sentir que o País "mergulhava nas trevas". Durante comemoração em Belém (PA) pelos 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil, Bolsonaro disse que pretende deixar o cargo, "lá na frente", e se for da vontade de Deus.

"Em 2010, com parlamentares evangélicos, descobrimos que alguns partidos políticos queriam ensinar aos nossos filhos, aos nossos pequeninos, aquilo que não está na palavra de Deus. Ali começamos a aparecer e despertar a atenção das famílias brasileiras. Após as eleições de 2014, sentindo que o Brasil mergulhava nas trevas, decidi mudar o Brasil", discursou durante a cerimônia.

O presidente voltou a criticar as atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado e afirmou que "não adianta fazer CPI se o objetivo não é investigar quem recebeu mas quem enviou recursos". A fala repete tentativa dos senadores governistas de alterar o foco da comissão para esmiuçar a ação de governadores e prefeitos contra o novo coronavírus.

"O meu objetivo é, lá na frente, deixar o governo e deixar o País muito melhor do que recebi em janeiro de 2019", disse. "Só saio de lá se Ele quiser", afirmou mais cedo. Durante o dia, o presidente cumpriu agenda no Pará acompanhado dos pastores evangélicos Silas Malafaia e Marco Feliciano, que é também deputado federal.

PSOL

Durante o discurso, Bolsonaro mencionou o ataque a faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral, mas, diferente de outras ocasiões, o presidente deixou de fora do relato o fato de que o agressor, Adélio Bispo, é ex-filiado ao PSOL. Ontem, o presidente havia reforçado críticas à sigla e destacou um dos filiados do partido, candidato à Presidência da República em 2018, Guilherme Boulos, a quem se referiu como "marginal" e "invasor de propriedade alheia".

Na primeira fila da plateia nesta noite, assistindo ao presidente, estava o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues, do PSOL.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.