Oposição marca novos atos contra Bolsonaro e tenta pressão por impeachment

Política
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Partidos de esquerda e movimentos sociais marcaram para o dia 24 de julho novos atos contra o governo Jair Bolsonaro. Segundo organizadores, a estratégia agora é ampliar a pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), abra um pedido de impeachment do presidente. O diagnóstico é de que a adesão aos protestos aumentou, na comparação com o que ocorreu no sábado, 19, em relação à manifestação de maio.

"Queremos forçar a Câmara a instaurar o pedido de impeachment e dar apoio à CPI (da Covid)", disse coordenador da Central de Movimentos Populares e um dos líderes do movimento, Raimundo Bonfim. As bandeiras principais continuarão sendo o auxílio emergencial de R$ 600, a vacina e o 'fora Bolsonaro'.

Em outra frente, parlamentares e advogados de todo o espectro político se reunirão de forma virtual nesta quinta-feira, 24, para bater o martelo sobre um documento que pretende unificar os 122 pedidos de impeachment que foram protocolados na Câmara.

A iniciativa surgiu durante reunião, em abril, na qual estiveram presentes antigos adversários políticos como os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Joice Hasselmann (sem partido), Alexandre Frota (PSDB), parlamentares do PT, PSB, PDT e PCdoB e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. Na ocasião, ficou definido que advogados da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) iriam elaborar o "super pedido".

"Essa iniciativa diz mais sobre o posicionamento das pessoas do que dos partidos. Naturalmente esperam que essa união venha mais da oposição de esquerda, mas há pessoas da direita, como eu e o Kim. O projeto de impeachment é do País. Isso não pode ser transformado em uma pauta ideológica", disse Joice Hasselmann, que confirmou presença no evento.

Segundo a advogada Tânia Oliveira, da executiva da ABJD, a ideia é estabelecer uma data para protocolar o pedido na Câmara antes do recesso parlamentar, que começa dia 15 de julho, e promover atos para projetar a iniciativa e pressionar Lira. Em entrevista ao jornal O Globo na terça-feira, 22, o presidente da Câmara afirmou que a cifra de mortos pela covid-19 não é motivo suficiente para pautar o impeachment do presidente e que falta "circunstância política" para desengavetar um dos pedidos.

"O PSOL estará presente e apoiou a versão final. O centro da peça será a questão sanitária", afirmou Juliano Medeiros, presidente da sigla. Segundo Tânia Oliveira, o documento é uma "síntese" dos 122 pedidos protocolados.

O "super pedido" vai englobar os ataques aos povos indígenas, à imprensa, e os atos antidemocráticos, mas o centro do documento será a pandemia: a tese da imunidade rebanho, compra de cloroquina e ações para boicotar as vacinas. Em suma, serão os temas tratados na CPI da Covid do Senado tratados até aqui.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).