Bolsonaro evolui 'satisfatoriamente', mas continua sem previsão de alta

Política
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Internado há dois dias, o presidente Jair Bolsonaro teve melhora em seu quadro de saúde e continua evoluindo "satisfatoriamente", segundo boletim divulgado na noite desta sexta-feira, 16. De acordo com os médicos, um exame de tomografia mostrou melhora na obstrução do intestino. Não há, no entanto, previsão para a alta hospitalar.

Desde a quinta-feira, a equipe médica tem sinalizado que o quadro de saúde tem evoluído "satisfatoriamente". Bolsonaro deu início a uma alimentação líquida na sexta-feira, após a retirada de uma sonda nasogástrica que fazia a retirada de líquido acumulado no intestino.

Bolsonaro foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, na noite de quarta-feira, após sentir fortes dores no abdômen. Segundo diagnóstico médico, o presidente sofreu uma obstrução no tubo digestivo por causa de dobra do intestino, o que impedia a passagem de alimentos.

Bolsonaro já passou por cirurgias na região do intestino desde 2018, quando sofreu um atentado a faca, o que aumenta a probabilidade do bloqueio do intestino. Ao ser internado, o presidente já apresentava crises de soluço há cerca de dez dias, o que estava relacionado com a obstrução no intestino.

Fotos

Na manhã de sexta-feira, Bolsonaro publicou uma foto em que aparece circulando pelo hospital e escreveu: "Em breve, de volta ao campo, se Deus quiser", afirmou, agradecendo apoio que tem recebido. À tarde, postou outra imagem, com o celular em mãos e o seguinte texto: "Via internet, fazendo o possível para manter os compromissos. Despachando com os ministros." À noite, ele recebeu a visita do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Uma outra foto, postada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, repercutiu nas redes sociais. Na imagem, Bolsonaro aparece de pé, ao lado de uma mulher que está internada. De acordo com o hospital Vila Nova Star, "caminhadas e circulação pelo corredor do andar costumam fazer parte da recuperação dos pacientes" e que, nesse caso, foi a paciente quem pediu para ser fotografada ao lado de Bolsonaro. Ainda segundo o hospital, todos os pacientes internados na unidade fazem teste para covid-19, o "que inclui o senhor presidente da República".

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.