Em depoimento na CPI da Covid, advogado da Precisa diz que ficará em silêncio

Política
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O advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira, afirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira (18) que ficará em silêncio durante seu depoimento em respeito às prerrogativas da advocacia. "Exercerei meu direito inalienável ao silêncio, estou aqui na condição de investigado", disse Silveira. A afirmação foi feita logo após o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ter rejeitado uma questão de ordem apresentada pela defesa, que pedia que a CPI reconsiderasse a oitiva. Silveira também negou prestar compromisso de "dizer a verdade" nos termos da lei.

Apesar de afirmar que ficará em silêncio, Silveira já respondeu perguntas iniciais feitas pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre sua relação com a Precisa Medicamentos. Segundo ele, o escopo de sua atuação no contrato da vacina indiana Covaxin foi para "serviços advocatícios". "Eu não participo de negociações, eu sou advogado e assisto à companhia", respondeu o advogado ao ser questionado por Calheiros se estaria participando de negociações em contratos com o governo federal.

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A Justiça da Bolívia restituiu na sexta-feira (2) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por um caso de tráfico envolvendo uma menor, que tinha sido anulada por uma juíza no início da semana. O líder indígena acusa o governo de Luis Arce de orquestrar uma perseguição judicial contra ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.