Manifestação pró-governo em Brasília fracassa com baixa adesão

Política
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A manifestação pró-governo, prevista para ser realizada em Brasília na manhã deste domingo, 12, teve a adesão de poucos manifestantes. O ato estava marcado para ter início às 9h, mas quase ninguém compareceu à Esplanada dos Ministérios. Para garantir a segurança, diversas vias próximas ao local foram bloqueadas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que esperava movimentação até às 14h de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O cenário na Esplanada nesta manhã era bem diferente da última terça-feira, 7, Dia da Independência. No início deste semana, apoiadores do presidente se reuniram na Esplanada do Ministério para manifestações com pautas antidemocráticas, com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente participou dos atos em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo.

A falta de mobilização neste domingo ocorreu após o presidente recuar do tom adotado por ele próprio nos discursos de 7 de setembro e pelos seus apoiadores e divulgar carta em que até elogiou o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Após chamar o ministro de "canalha" e afirmar que não cumpriria decisões do magistrado, Bolsonaro disse que as declarações foram feitas no "calor do momento" e que não teve intenção de agredir qualquer Poder. A carta foi elaborada pelo ex-presidente Michel Temer e assinada por Bolsonaro.

O ato a favor do governo atual foi marcado para o mesmo dia em que grupos contra a gestão de Bolsonaro devem se reunir, no mesmo local. De acordo com a Secretária de Segurança Pública do DF, o movimento "Brasil Livre" deve ter início às 15h, com término previsto para as 19h. As manifestações são organizadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua. Os atos devem contar com a participação de partidos de esquerda e representantes de movimentos estudantis.

Assim como pela manhã, a Polícia Militar do Distrito Federal estará no local para acompanhar o ato. As vias só serão liberadas quando os manifestantes se dispersarem. "A área central de Brasília permanece sob monitoramento da SSP e forças de segurança locais, por meio do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) e equipes em campo. O objetivo é garantir a segurança de todos que circulam na região. O policiamento na região será reforçado", informou a SSP-DF em nota.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.