Governador de Roraima empurra microfone de repórter após pergunta sobre secretária de Saúde

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), empurrou o microfone de um repórter da TV Norte Amazonas após irritar-se com uma pergunta sobre a possível exoneração de uma secretária de sua gestão. O chefe do Executivo de Roraima foi abordado pelo repórter Elias Pedroza na saída de um evento na sede do Governo do Amazonas, em Manaus, na quinta-feira, 9.

O Estadão teve acesso às imagens da TV Norte Amazonas, cedidas pelo repórter. No vídeo, é possível ver os questionamentos feitos pelo jornalista e as reações do governador Denarium.

Primeiro, o jornalista questionou o governador sobre a cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em agosto, por maioria de votos, a Corte cassou o mandato de Denarium por conduta vedada nas eleições 2022 - distribuição de cestas básicas no período eleitoral. Por determinação do TRE, será realizada nova eleição para a chefia do Executivo estadual.

Em um primeiro momento, Denarium não respondeu à pergunta. O governador passou a falar sobre a "o processo de água tratada no Brasil".

O jornalista voltou a questioná-lo sobre a ação no TRE, e um assessor o interrompeu, afirmando que o tema da cassação "não tinha nada a ver com a situação aqui".

"Sobre esse assunto, a gente não vai comentar", afirmou o assessor, com a mão no ombro do repórter.

Ao Estadão, Pedroza narrou que insistiu no assunto, mas o assessor retirou o governador do local. "Eu fui atrás. O assessor tentou me impedir de chegar perto do governador, me empurrando com o braço dele", relatou. "Eu insisti, o governador me respondeu (sobre a cassação)."

Pedroza contou que, após este questionamento, perguntou a Denarium sobre a secretária de Saúde de Roraima, Cecília Smith Lorenzon. O repórter queria saber por que Lorenzon ainda não havia sido exonerada.

Em setembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Hipóxia para investigar suposto superfaturamento em contrato de serviços de recarga de oxigênio ao povo Yanomami. Os agentes fizeram buscas em 10 endereços de Boa Vista. Um dos investigados, segundo o portal G1, é o empresário Wilson Fernando Basso, marido da secretária.

Após o questionamento, Denarium, que estava com uma pasta na mão, usou-a para afastar o equipamento do jornalista. "Por favor", disse o governador após empurrar o microfone do repórter.

Pedroza disse ao Estadão que não acredita que Denarium cometeu uma agressão contra ele. "Considerei que ele tentou impedir o trabalho da imprensa", declarou. "No momento que ele faz isso, impede que a sociedade tenha acesso a informações relacionadas ao governo dele."

A reportagem não conseguiu contato com o governador por meio de seus telefones para que ele respondesse sobre o episódio.

O vídeo pode ser conferido no seguinte endereço na internet: https://twitter.com/EstadaoPolitica/status/1723413421004128300

Em outra categoria

A milícia houthi prometeu neste domingo, 16, retaliar os EUA após uma série de bombardeios ordenados pelo presidente Donald Trump no sábado, 15, no Iêmen. A maior ação militar desde o retorno do republicano à Casa Branca, envolvendo ataques aéreos e navais, matou 31 pessoas, segundo o grupo iemenita, incluindo mulheres e crianças.

Mohamed al-Bukhaiti, um dos principais líderes houthis, afirmou que os ataques foram "injustificados" e prometeu responder na mesma proporção. "Responderemos à escalada com escalada", escreveu Bukhaiti na rede social X.

Pouco depois, a milícia reivindicou um ataque contra ao porta-aviões americano USS Harry Truman no Mar Vermelho. Os rebeldes afirmaram que dispararam 18 mísseis e um drone. O Pentágono não comentou a alegação.

Repetição

Os houthis, uma milícia xiita que conta com apoio do Irã, vêm realizando ataques contra Israel e ameaçando a navegação comercial no Mar Vermelho há mais de um ano, em solidariedade ao Hamas.

Os ataques americanos destruíram radares, defesas antiaéreas e sistemas de mísseis e drones, reduzindo a capacidade do grupo de interferir em rotas marítimas no Mar Vermelho. A estratégia é a mesma usada pelo governo de Joe Biden, embora Trump tenha dito que seu antecessor agiu de forma "fraca".

O Comando Central dos EUA, que publicou um vídeo mostrando a destruição de um complexo no Iêmen, afirmou que os ataques do fim de semana foram realizados com precisão para "defender os interesses americanos, dissuadir inimigos e restaurar a liberdade de navegação".

Os ataques atingiram a capital, Sana, além das províncias de Saada, al-Bayda, Hajjah e Dhamar. Segundo autoridades americanas, a pressão militar deve continuar por mais algumas semanas. No sábado, Trump exigiu que o Irã interrompa o apoio ao grupo.

Rússia

O conflito ganhou ramificações globais. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pediu ao chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, em uma ligação telefônica, a suspensão dos ataques.

"Lavrov enfatizou a necessidade de um cessar imediato do uso da força e a importância de que todas as partes participem do diálogo político para encontrar uma solução que evite um maior derramamento de sangue", disse a chancelaria russa, em comunicado.

No ano passado, a Rússia condenou os ataques dos EUA e do Reino Unido contra o Iêmen e tem mantido conversas com os iranianos, que estão cada vez mais próximos de Moscou. Na semana passada, China, Rússia e Irã realizaram um exercício naval conjunto no Golfo de Omã. Na sexta-feira, diplomatas dos três países se reuniram em Pequim e pediram o fim das sanções ao Irã. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após acusar o ex-presidente Joe Biden de assinar documentos oficiais do governo americano utilizando uma auto pen, uma caneta automática para assinaturas em série, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, uma montagem com a foto oficial de Biden substituída por uma imagem do nome do democrata sendo assinado por uma máquina.

A provocação foi compartilhada numa publicação conjunta feita pelos perfis oficiais da Casa Branca e do POTUS (sigla em inglês para President of the United States) no Instagram.

"O verdadeiro presidente durante os anos Biden foi a pessoa que controlou a auto pen", disparou o magnata em publicação na sexta-feira, 14, à noite.

Na quinta, 13, durante entrevista para a rede de televisão americana Fox News, Trump já havia chamado Biden de "incompetente" ao acusá-lo de usar o dispositivo feito para duplicar assinaturas e comumente usados por celebridades para distribuição de produtos autografados.

"Se você observar, ele assina com auto pen", disparou. "São documentos importantes, você tem orgulho de assiná-los", mas "quase tudo foi assinado com auto pen". "Nunca deveria ter acontecido", finalizou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, devem conversar nesta terça-feira, 18, sobre as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia. A discussão tratará da divisão de "certos ativos", como terras e usinas de geração de energia.

"Veremos se temos algo a anunciar talvez até terça-feira. Falarei com o presidente Putin na terça-feira", disse Trump a repórteres em coletiva a bordo do Air Force One durante um voo da Flórida, onde mora, para Washington, na noite do domingo, 16.

"Muito trabalho foi feito no fim de semana. Queremos ver se podemos dar um fim a essa guerra", continuou. A nova conversa entre os dois líderes nesta semana foi revelada pelo enviado especial da Casa Branca à Ucrânia, Steve Witkoff, no domingo.

O enviado disse que teve uma reunião positiva com Putin na semana passada que durou de três a quatro horas. Apesar de não dar detalhes da conversa, Witkoff afirma que ambos os lados "diminuíram as diferenças entre eles".

A Ucrânia já concordou em apoiar o cessar-fogo proposto pelos EUA. Mas o presidente Volodmir Zelenski acusa Putin de atrasar propositalmente as negociações enquanto tenta prender as forças ucranianas para melhorar sua posição nas discussões de cessar-fogo. (Com informações de agências internacionais).