O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, determinada para expirar no dia 31 de janeiro, poderá ser prorrogada, se for necessário.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu pela intervenção federal após os atos radicais em Brasília que resultaram na invasão, com depredação, do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. "Esperamos que o Congresso aprove amanhã a intervenção", afirmou o ministro em coletiva de imprensa na noite deste domingo, dia 8.
Dino assegurou, no entanto, que atos como o de hoje não vão mais acontecer no Brasil. "Quero como mensagem final deixar à nação uma palavra de tranquilidade. As instituições venceram mais uma vez, a democracia venceu mais uma vez", declarou.
O ex-governador do Maranhão vai conversar com Lula ainda hoje sobre o ocorrido. O presidente está em Brasília.
Responsabilização de Bolsonaro
Flávio Dino também afirmou que a responsabilização jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos atos radicais deste domingo em Brasília é "inequívoca". Responsabilização jurídica, contudo, não pode ser atribuída neste momento, avaliou o ex-governador, que foi juiz federal.
"Não vejo, neste momento, nenhum elemento de responsabilização jurídica do ex-presidente", disse Flávio Dino. Ele, contudo, afirmou que não tem competência para avaliar a eventual responsabilidade nos termos da lei de Bolsonaro.
"Politicamente, é claro que houve. Houve uma transição conflituosa e não houve reconhecimento do resultado eleitoral. É claro que a responsabilidade política é inequívoca", afirmou o ministro.
Caso necessário, intervenção no DF poderá ser prorrogada, afirma Dino
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