STF decide nesta semana se ações penais voltarão a ser julgadas nas turmas

Política
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão decidir nesta semana se as ações penais devem voltar a ser julgadas nas turmas, como ocorreu entre 2014 e 2020. Uma sessão administrativa foi marcada no plenário virtual, nos dias 6 e 7, para debater a mudança no regimento da Corte.

 

Outras propostas, como a criação de uma ouvidora no STF, também serão votadas. Essa é uma das bandeiras do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do tribunal, para tentar melhorar a comunicação institucional.

 

A primeira experiência do STF com o julgamento de ações penais nas turmas ocorreu após o escândalo do mensalão, que é considerado por analistas o ponto de virada que consolidou a centralidade das atribuições criminais do STF. Na época, a agenda do tribunal ficou congestionada por dezenas de processos contra políticos, em detrimento da pauta constitucional, e a solução encontrada para liberar o plenário foi repassar a atribuição aos colegiados.

 

A sistemática foi mantida no auge da Operação Lava Jato e só foi desfeita em 2020, na gestão do ministro Luiz Fux. Quando os processos criminais oriundos da investigação da força-tarefa começaram a andar, o tribunal decidiu que era a hora de voltar a julgar as ações penais no plenário. Até então, os processos da Lava Jato corriam na Segunda Turma, que tinha um perfil mais garantista.

 

A possibilidade de retorno ao modelo ocorre em um momento em que o tribunal se vê novamente atolado por ações criminais. São mais de mil denúncias sobre o 8 de janeiro aguardando uma decisão do STF.

 

A expectativa é que seja criada uma regra de transição se a mudança for aprovada, o que deixaria de fora os processos dos atos golpistas, que devem seguir no plenário virtual.

 

Se os julgamentos das ações penais forem movidos para as turmas, os réus poderão recorrer ao plenário para tentar anular eventuais condenações. Nesse caso, o desfecho dos processos tende a ser mais lento.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende comprar um veículo da Tesla na manhã desta terça-feira, 11, em sinal de apoio ao dono da montadora, Elon Musk, que também ocupa a chefia do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

Na segunda-feira, 10, as ações da Tesla caíram quase 16%, em meio aos temores dos investidores com uma possível recessão nos Estados Unidos e às incertezas provocadas pela guerra tarifária iniciada por Trump.

Em publicação na rede Truth Social, Trump disse que Musk "está fazendo de tudo" para ajudar os Estados Unidos, mas que alguns "radicais de esquerda" estão tentando "boicotar" a Tesla, para prejudicar Musk e "tudo o que ele representa".

"Eles tentaram fazer isso comigo na eleição presidencial de 2024, mas como isso terminou?", questionou Trump. "De qualquer forma, vou comprar um Tesla novinho amanhã de manhã como um sinal de confiança e apoio para Elon Musk, um verdadeiro grande americano."

Canadá

Em outra publicação na Truth Social, Trump voltou a defender a taxação sobre produtos importados do Canadá, a quem chamou de "abusador de tarifas".

O presidente americano afirmou que o governo canadense cobra taxas "entre 250% e 390%" de produtos agrícolas e que os Estados Unidos vão "recuperar tudo" a partir do dia 2, quando o governo americano passará a cobrar tarifas recíprocas dos parceiros comerciais.

"Os Estados Unidos não vão mais subsidiar o Canadá. Nós não precisamos dos seus carros, da sua madeira, da sua energia, e muito em breve, vocês descobrirão isso", escreveu Trump.

O ex-presidente das Filipinas Rodrigo Duterte foi preso no Aeroporto Internacional de Manila nesta terça-feira, 11, por ordem do Tribunal Penal Internacional (TPI), que o acusa de crimes contra a humanidade, informou o governo do país. Duterte estava voltando de Hong Kong quando foi detido.

"Após sua chegada, o promotor-geral apresentou a notificação do TPI para um mandado de prisão. Agora ele está sob a custódia das autoridades", diz o comunicado do governo das Filipinas.

Não ficou imediatamente claro para onde Duterte foi levado pela polícia. O governo disse que o ex-líder de 79 anos estava em boa saúde e foi examinado por médicos ao ser detido.

Duterte é investigado pelos assassinatos em massa que aconteceram durante seu governo em meio à repressão contra o comércio de drogas ilegais no país. O TPI começou a investigar o papel de Duterte na repressão violenta aos filipinos ainda em novembro de 2011, quando ele era prefeito da cidade de Davao. Duterte foi presidente do país entre 2016 e 2022. Fonte: Associated Press.

Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (Doge, na sigla em inglês), afirmou que "a não ser que sejamos parados, vamos chegar a economias de US$ 1 trilhão". Ele também destacou que, sem o apoio do presidente Donald Trump, "não faríamos nenhum progresso".

Em entrevista à Fox Business, Musk ressaltou que os democratas não estão interessados em permitir que o Doge siga com suas atividades, sugerindo que o partido de oposição a Trump poderia suspender as operações do departamento. "Eles não querem que acabemos com fraudes e gastos. É isso que paga a estadia de imigrantes ilegais no país", declarou.

Sobre a equipe do Doge, o CEO da Tesla revelou que, atualmente, cerca de 100 pessoas trabalham no departamento, e que a meta é chegar a 200 integrantes. Na sequência, perguntado se fazia sentido reduzir cargos em outros setores do governo para aumentar as economias e, ao mesmo tempo, ampliar o número de funcionários do Doge, Musk enfatizou: "Só estou aqui para aumentar a eficiência do governo e estamos fazendo progresso. Não quero os EUA dando calote. Estamos praticamente em todos os departamentos do governo americano."

Ele ainda ressaltou que "todos os recibos do Doge" estão disponíveis na internet, destacando a transparência do departamento.

Ao ser questionado sobre as recentes quedas nas ações da Tesla, Musk respondeu com humor: "Tente olhar pelo lado positivo", mas evitou dar mais detalhes ou comentar sobre os motivos específicos para a queda.

Já sobre o ataque virtual registrado hoje ao X, Musk apontou que endereços de IP na Ucrânia "estiveram envolvidos no massivo ciberataque" contra a rede social. No entanto, ele não entrou em detalhes e afirmou que sua equipe está investigando o que ocorreu com a plataforma.