Governo Lula pode retomar processo de extradição de Allan dos Santos

Política
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Chefiado por Flávio Dino, o Ministério da Justiça quer acelerar o processo de extradição do blogueiro Allan dos Santos, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. A pasta procurou a Interpol e os Estados Unidos para cumprir o mandado de prisão preventiva que pesa contra ele, expedido em 2021. O blogueiro, criador do canal "Terça Livre", está foragido no país norte-americano.

Ao Estadão, a pasta declarou que a lei é "para todos" e que acionará "mecanismos de cooperação internacional para que as ordens do Supremo Tribunal Federal sejam cumpridas, independente do destinatário". O ministério afirmou que não comenta casos concretos.

O mandado de prisão preventiva contra Allan dos Santos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Polícia Federal. O blogueiro é investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias falsas na internet e a existência de milícias digitais que organizam ataques às instituições democráticas, aos poderes de Estado e aos ministros da Corte.

Em novembro do ano passado, o Supremo ordenou ao Ministério das Relações Exteriores o cancelamento do passaporte de Allan dos Santos. Já houve, também, pedido para que o nome do investigado seja incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol, que contém procurados internacionais, mas a solicitação ainda não foi atendida.

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O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, diz que as mudanças no cenário geopolítico e a necessidade de garantir mais produção de defesa no Canadá desencadearam uma revisão da aquisição planejada do país de 88 jatos de combate F-35 da Lockheed Martin.

A possibilidade de o Canadá trabalhar com a Europa em caças e realizar parte do trabalho em território canadenses fez parte das conversas que Carney disse ter tido na segunda-feira, 17, com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

"Dado o ambiente geopolítico, dado o fato de haver opções e dada a possibilidade de ter uma produção substancial de aeronaves alternativas no Canadá", Carney disse que era prudente rever o contrato da Lockheed Martin, finalizado no início de 2023. Segundo esse pacto, as entregas estão previstas para começar em 2026 e todas as aeronaves adquiridas deverão estar em operação até 2034.

Desde que assumiu o poder, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas pesadas aos seus parceiros comerciais mais próximos, renovou os laços diplomáticos com a Rússia e alertou sobre o corte da ajuda militar à Ucrânia.

Um porta-voz da Lockheed Martin não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. No fim de semana, Carney convidou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para a reunião de líderes do Grupo dos Sete que o Canadá organizará ainda este ano.

O Departamento de Estado americano disse que o embaixador da África do Sul nos Estados Unidos, Ebrahim Rasool, - que foi declarado "persona non grata" na semana passada - tem até sexta-feira, 21, para deixar o país.

Depois que o secretário de Estado, Marco Rubio, determinou que o embaixador não era mais bem-vindo nos EUA e publicou sua decisão na rede social X, os funcionários da embaixada sul-africana foram convocados ao Departamento de Estado e receberam uma nota diplomática formal explicando a decisão, disse a porta-voz do departamento, Tammy Bruce.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, Chrispin Phiri, afirmou em uma entrevista nesta segunda, 17, que Rasool ainda estava nos EUA, mas que sairia o mais rápido possível.

O porta-voz-chefe do Pentágono, Sean Parnell, disse nesta segunda-feira, 17, que os Estados Unidos usarão uma "força letal avassaladora" até que seu objetivos sejam atingidos no Iêmen.

"Esse é um ponto muito importante, pois também não se trata de uma ofensiva sem fim. Não se trata de mudança de regime no Oriente Médio. Trata-se de colocar os interesses americanos em primeiro lugar", declarou Parnell em coletiva de imprensa.

Segundo ele, o Pentágono está perseguindo um conjunto muito mais amplo de alvos no Iêmen do que durante o governo do ex-presidente Joe Biden e que os Houthis podem impedir mais ataques dos EUA dizendo apenas que interromperão seus atos.

Durante o fim de semana, os EUA lançaram ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen, matando pelo menos 53 pessoas, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu que "o inferno cairá" se o grupo continuar atacando os navios do Mar Vermelho.