Vereador de cidade da Paraíba admite que bate em mulher e diz que foi só um 'empurrão'

Política
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O vereador Pedro Aureliano (Cidadania-PB) admitiu bater em mulher em uma discussão com o colega Wallace Militão (PP-PB) durante sessão da Câmara Municipal de Piancó, no interior da Paraíba, na última quinta-feira, 7. Ele afirmou também que ia agredir o adversário político.

Na troca de farpas, Militão afirmou: "Todo mundo conhece o seu caráter. Bateu em mulher". O vereador do PP se referia ao caso ocorrido nos anos 1990, quando Aureliano foi acusado pela jornalista Nena Martins de xingá-la e agredi-la em frente a um hotel da cidade. Hoje, ela é titular da Secretaria da Mulher de João Pessoa. Aureliano retrucou e ameaçou "Eu bato e bato em você também", disse.

A sessão da Câmara discutia a possibilidade de realização de uma moção de aplausos a um ex-diretor do Hospital Regional de Piancó. Aureliano era contra a proposta e alegava que o profissional não ia com frequência ao município. Militão é autor do pedido de homenagem. Depois da discussão, a reunião foi suspensa.

Em entrevista ao jornal O Globo, após repercussão do caso, o vereador do Cidadania minimizou o episódio, mas reconheceu que deu um "empurrão" na mulher. "Eu tive um problema há 30 anos atrás, uma discussão com uma jornalista, em quem eu não bati, apenas agredi verbalmente. Não houve agressão nenhuma. Ele (Militão) veio com as provocações e eu respondi: 'bato e bato em você'. Me alterei e disse isso", afirmou. "Eu não bati em mulher nenhuma, apenas dei um empurrão numa jornalista porque ela me provocou."

Pedro Aureliano, também conhecido como Pedro de Zé Lúcia, foi eleito com 439 votos nas eleições municipais de 2020, em Piancó, cidade com cerca de 16 mil habitantes. Vereador pelo terceiro mandato, também foi escolhido para uma cadeira da Câmara em 2012 e 2016. Ele faz oposição a Militão na Casa, majoritariamente composta por parlamentares do Progressistas.

Por meio de nota, a Câmara Municipal de Piancó afirmou que o episódio é "lamentável" e o Conselho de Ética vai apurar a ameaça contra Militão. O Estadão procurou Pedro Aureliano, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Leia a nota da Câmara na íntegra

A Câmara Municipal de Piancó foi palco de um episódio lamentável envolvendo agressões e uma confissão terrível de violência contra à mulher.

Necessário esclarecer aos cidadãos de Piancó, da paraíba e do brasil que o poder legislativo municipal repudia a atitude praticada pelo vereador Pedro Aureliano da Silva quando da confirmação de prática de violência contra à mulher, bem como, reforça que a câmara não apoia esse tipo de postura e da mesma forma, coloca a câmara à disposição de todas as mulheres na luta pela garantia dos seus direitos.

Esses episódios ensejaram em desdobramentos graves, onde já determinei ao conselho de ética a apuração das ocorrências contra as mulheres, bem como, em face de ameaça a outro colega dentro desta casa, em total desacordo com as regras de boa convivência e decoro parlamentar. Portanto, garanto que a Câmara não deixará impune situações como estas e estaremos, como sempre estivemos, em defesa das garantias das mulheres e do nosso povo.

Edgar Valdevino Lima

Presidente da Câmara

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Os Emirados Árabes Unidos pediram que Israel não tome medidas que possam agravar as tensões no Oriente Médio em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país neste domingo, 20. Na declaração, o ministério responsabiliza as autoridades israelenses pela interrupção do cessar-fogo na região e pediu que se abstenham de medidas que possam agravar as tensões. No comunicado, os Emirados Árabes Unidos também afirmam "rejeição categórica a todas as práticas que violem o direito internacional e ameacem levar a uma maior escalada" do conflito na região.

A declaração dos Emirados Árabes Unidos ocorre após ameaças de invasão e fechamento da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e foco histórico de tensões entre judeus e muçulmanos. Na declaração, os Emirados Árabes Unidos afirmaram haver necessidade de "proteção total aos locais sagrados islâmicos e cristãos" e de impedir violações no complexo da mesquita.

"Os Emirados Árabes Unidos condenam nos termos mais fortes os apelos extremistas para bombardear a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha e cometer violações contra os cristãos em Jerusalém. Também condenam veementemente as violações de Israel contra os cristãos em Jerusalém durante o Sábado Santo, incluindo a negação de acesso às igrejas e agressões físicas, alertando sobre as sérias repercussões dessas práticas arbitrárias, que ameaçam aumentar ainda mais as tensões na região", disse o país na declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Por fim, os Emirados Árabes Unidos apelaram à comunidade internacional por esforços para alcançar uma paz abrangente com base em dois Estados. A manifestação ocorre também depois de novos ataques das forças israelenses no Líbano, com Israel intensificando as ações militares na região.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países que atuam como mediadores do conflito em Gaza.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste domingo, 20, que as forças ucranianas lançaram ataques noturnos na região de Donetsk, apesar do cessar-fogo de Páscoa. "Durante a noite do #CessarFogoPáscoa, o regime de Kiev lançou 48 drones, incluindo um sobre a Crimeia. Tropas ucranianas atingiram posições russas com armas e canhões 444 vezes e realizaram 900 ataques com drones do tipo quadricóptero", informou o ministério em publicação na rede social X.

Segundo o ministério, houve "mortos e feridos entre a população civil". O ministério afirma que as tropas russas observaram rigorosamente o cessar-fogo. Autoridades instaladas pela Rússia na região ucraniana parcialmente ocupada de Kherson também disseram que as forças ucranianas continuaram seus ataques.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou no sábado uma trégua temporária nos ataques pelo exército russo durante o fim de semana de Páscoa. De acordo com o Kremlin, o cessar-fogo durará das 18 horas, horário de Moscou, de sábado, até a meia-noite do domingo de Páscoa.

Putin não ofereceu detalhes sobre como o cessar-fogo seria monitorado ou se abrangeria ataques aéreos ou batalhas terrestres, que ocorrem 24 horas por dia.

No sábado, poucas horas após anunciar o cessar-fogo, Putin participou de uma missa de Páscoa na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, liderada pelo Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa e defensor da guerra na Ucrânia. A trégua temporária declarada ocorre em meio à ameaça dos Estados Unidos de abandonarem as negociações para um cessar-fogo entre os países, caso não haja um progresso em breve.

A Ucrânia também acusa a Rússia de não respeitar o cessar-fogo. Desde que a trégua temporária foi anunciada por Putin, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que as ações militares russas continuam.

Mais cedo, Zelensky acusou a Rússia de violar o cessar-fogo e contabilizou 26 ataques em 12 horas. O governo ucraniano propõe a extensão do cessar-fogo para 30 dias após a Páscoa.

*Com informações da Associated Press

Opositores do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos no sábado, 19, denunciando o que classificam como "ameaças aos ideais democráticos do país". Os organizadores afirmam se opor ao que chamam de violações dos direitos civis e constitucionais de Trump, incluindo os esforços para deportar dezenas de imigrantes e reduzir o governo federal, demitindo milhares de funcionários públicos e efetivamente fechando agências. Os protestos acontecem apenas duas semanas após manifestações semelhantes em todo o país.

As manifestações incluíram uma marcha pelo centro de Manhattan e um comício em frente à Casa Branca. Em Boston, manifestantes se concentraram na reconstituição das Batalhas de Lexington e Concord, alegando que o país vive um momento perigoso para sua liberdade.

Em Denver, centenas de manifestantes se reuniram no Capitólio do Estado do Colorado com faixas expressando solidariedade aos imigrantes e dizendo ao governo Trump: "Tirem as Mãos!". Milhares de pessoas também marcharam pelo centro de Portland, Oregon, enquanto em São Francisco, centenas soletraram as palavras "Impeach & Remove" em uma praia de areia ao longo do Oceano Pacífico, também com uma bandeira dos EUA de cabeça para baixo. As pessoas protestaram pelo centro de Anchorage, Alasca, com cartazes feitos à mão listando os motivos pelos quais estavam protestando.

Em outros lugares, protestos foram planejados em frente a concessionárias da Tesla contra o bilionário e conselheiro de Trump, Elon Musk, e seu papel na redução do governo federal. Outros organizaram eventos mais voltados para o serviço comunitário, como campanhas de arrecadação de alimentos, palestras e trabalho voluntário em abrigos locais.

Em Washington, manifestantes citavam preocupações com as ameaças aos direitos ao devido processo legal, protegidos pela Constituição, à Previdência Social e a outros programas federais de segurança. Em Columbia, Carolina do Sul, centenas de pessoas protestaram na sede do governo estadual segurando cartazes com slogans como "Lute Ferozmente, Harvard, Lute".E em Manhattan, manifestantes se reuniram contra as contínuas deportações de imigrantes enquanto marchavam da Biblioteca Pública de Nova York em direção ao Central Park e passavam pela Trump Tower. Fonte: Associated Press