Eduardo Leite alerta para influência de redes sociais sobre políticos

Política
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou, neste sábado, 9, sobre o perigo das plataformas digitais para a democracia. Ele afirmou que as redes sociais podem distorcer a opinião pública, influenciando a tomada de decisão de agentes políticos em favor de grupos específicos. As preocupações foram compartilhadas pelos governadores do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e da Paraíba, João Azevedo (PSB).

Os três chefes de Executivos estaduais discutiram a democracia digital no 6º Encontro Nacional de Liderança e Gestão Pública, do Centro de Liderança Pública (CLP), em São Paulo. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), não compareceu e foi representada por sua vice, Priscila Krause (Cidadania).

Leite destacou que as plataformas digitais introduziram um novo perigo à democracia, permitindo que líderes políticos sejam influenciados por uma opinião pública distorcida gerada por algoritmos ou ações planejadas por grupos específicos. Ele disse ainda que os agentes políticos não devem pautar decisões pelo termômetro das redes, enfatizando a importância de embasar políticas públicas em estudos e dados.

Durante o encontro, Leite mencionou o caso de um senador que admitiu ter mudado o voto para a Presidência do Senado com base em uma enquete nas redes sociais em 2019. Em tom crítico, ele sugeriu a implementação de um sistema eletrônico se essa abordagem prevalecer, argumentando que os parlamentares, remunerados para tomar decisões fundamentadas, não deveriam ser influenciados dessa forma.

"Temos um problema para a democracia na medida em que a opinião de líderes é influenciada pelas redes sociais", destacou o governador do Rio Grande do Sul, que foi acompanhado por seus pares.

Rafael Fonteles reconheceu os desafios trazidos pelo avanço tecnológico à democracia. Porém, o governador do Piauí ressaltou que essa transformação possibilitou a implementação de mecanismos de participação popular no orçamento dos Estados de forma mais eficaz do que há dez anos. "Hoje, não sei gerir um Estado sem WhatsApp", afirmou em tom de brincadeira.

Avanço de IA traz desafios para sociedade

Os governadores discutiram também o uso da Inteligência Artificial (IA). Eles concordaram que a tecnologia já é uma realidade e que vai transformar o mundo nos próximos anos. João Azevedo destacou que o uso da IA ainda gera incertezas. "Quando aplicada de forma positiva, a Inteligência Artificial se torna uma revolução na vida das pessoas, embora seja importante compreendermos aonde isso vai nos levar".

Fonteles e Leite ainda demonstraram preocupação com as mudanças no mundo do trabalho devido à IA. Segundo eles, o avanço da eficiência da IA implica na substituição de trabalhadores.

"O cidadão comum perdeu seu emprego na linha de produção para um robô, virou motorista de Uber, mas em breve os carros serão autônomos. Essa situação gera ansiedade na população", afirmou Leite, acrescentando que é necessário procurar soluções e não culpados para essa questão.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.