Congresso é aprovado por 18% dos brasileiros e reprovado por 35%, diz Datafolha

Política
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O trabalho de deputados e senadores é considerado ótimo ou bom por 18% dos brasileiros, mostra pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 9. Além disso, 43% consideram o desempenho do Congresso como regular, e 35% o classificam como ruim ou péssimo. Outros 4% não souberam responder ao questionamento.

A pesquisa ouviu 2.004 eleitores em 135 cidades do País na terça-feira, 5. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Os resultados deste mês indicam uma estabilidade em comparação com a pesquisa anterior, realizada em setembro. Na época, 16% dos entrevistados avaliaram o trabalho dos congressistas como ótimo ou bom, 48% como regular e 33% como ruim ou péssimo.

A baixa avaliação do Congresso não é uma novidade. Desde as legislaturas da década de 1990, o Datafolha nunca identificou um momento em que a aprovação estivesse acima da reprovação ou da percepção de trabalho regular pela população.

Ao longo deste ano, o Congresso se notabilizou pela aprovação de pautas econômicas e embate com outros Poderes. No primeiro semestre, os parlamentares aprovaram o arcabouço fiscal, considerado uma vitória política para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A aprovação, porém, só ocorreu após a liberação de R$ 1,1 bilhão em emendas parlamentares. A pressão por recursos ou cargos em troca de aprovação de projetos tem gerado críticas.

O conflito se estende além do Executivo, com os parlamentares entrando em choque com o Supremo Tribunal Federal (STF). O ápice do conflito ocorreu no mês passado, quando o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes de ministros da Corte. O texto ainda aguarda apreciação pela Câmara.

Avaliação dos demais Poderes

O Datafolha também mostrou que a avaliação do presidente Lula se manteve estável. Segundo o levantamento, 38% avaliam positivamente a gestão, mesmo percentual da última pesquisa.

Outros 30% consideram o trabalho regular, também o mesmo índice da sondagem anterior. Avaliaram o governo Lula como ruim ou péssimo 30% dos entrevistados, ante 31% em setembro. A diferença de 1 ponto porcentual está dentro da margem de erro.

Já a desaprovação do trabalho dos ministros do Supremo subiu de 31% para 38%, enquanto a aprovação passou de 31% para 27%. Outros 31% consideram regular a atuação dos magistrados da Corte, contra 34% da sondagem anterior.

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A embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, está deixando o cargo depois de quase três anos em Kiev, em meio à incerteza sobre as tentativas do governo de Donald Trump de intermediar um acordo de paz para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O Departamento de Estado americano disse nesta quinta-feira, 10, que Brink deixará seu cargo em um futuro próximo, embora não tenha ficado imediatamente claro quando ela partirá. Brink assumiu a posição no governo do ex-presidente Joe Biden e tem sido uma firme defensora da assistência militar dos EUA à Ucrânia.

Sua renúncia já era esperada há algum tempo, especialmente considerando a importância dada pelo governo Trump à reaproximação com a Rússia e ao fim da guerra.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 10, novas sanções contra entidades ligadas à exportação de petróleo iraniano, como parte da política de "pressão máxima" do governo do presidente Donald Trump para conter o programa nuclear do Irã e sua "influência maligna".

Entre os alvos está a Guangsha Zhoushan Energy Group, uma operadora de terminal com sede na China, acusada de ter recebido "ao menos oito carregamentos de petróleo bruto iraniano nos últimos anos". Segundo o comunicado, "os Estados Unidos estão comprometidos com a implementação agressiva de sanções contra toda a cadeia de fornecimento de petróleo do Irã".

Além da empresa chinesa, o Departamento de Estado sancionou três companhias de gerenciamento de navios envolvidas no transporte de petróleo iraniano, e identificou dois navios como pertencentes a duas dessas firmas. Em ação coordenada, o Departamento do Tesouro dos EUA também impôs sanções a empresas localizadas nos Emirados Árabes Unidos e na Índia, além de bloquear quase 30 embarcações ligadas ao comércio de petróleo com Teerã.

De acordo com o governo americano, essas medidas visam "reduzir o fluxo de receita que o regime iraniano usa para financiar suas atividades desestabilizadoras" e fazem parte do esforço para "levar as exportações de petróleo do Irã a zero - especialmente as exportações para a China".

O comunicado afirma ainda que os EUA "continuarão a conter o financiamento ilícito das atividades malignas do Irã" e a "usar todas as ferramentas disponíveis para responsabilizar o regime".

Trens e metrôs da Argentina sofreram interrupções, voos foram suspensos, carregamentos de grãos foram interrompidos e bancos foram fechados depois que sindicatos realizaram uma greve geral nesta quinta-feira, 10, contra o governo libertário do presidente Javier Milei.

A greve ocorre no momento em que Milei completa 16 meses de uma presidência que busca eliminar o déficit fiscal da Argentina por meio de medidas severas de austeridade.

A paralisação - liderada pela principal confederação sindical do país, a CGT - tentou parar o país um dia depois que os ativistas sindicais se juntaram a um protesto semanal de aposentados, os quais se reuniram para pedir aumentos em suas pensões do governo, a maioria das quais está atualmente fixada no equivalente a cerca de US$ 300 por mês e perdeu terreno significativo para a inflação.

Os membros do sindicato, incluindo condutores de trens, professores, funcionários da alfândega, coletores de lixo e funcionários dos correios, deixaram o trabalho à meia-noite.

Os aeroportos foram esvaziados quando as principais companhias aéreas interromperam suas operações. Muitos hospitais públicos estavam atendendo apenas emergências.

O governo disse que a paralisação custou à economia cerca de US$ 880 milhões. Fonte: Associated Press