Promotoras denunciam Mamãe Falei por falas sexistas sobre mulheres ucranianas

Política
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, por falas sexistas sobre mulheres ucranianas. Ele é acusado de discriminação e preconceito de gênero.

 

O Estadão entrou em contato com o ex-deputado, que afirmou que ainda não foi intimado sobre a denúncia e que as acusações têm "teor político".

 

A denúncia é mais um desdobramento dos áudios enviados pelo ex-deputado em um grupo no WhatsApp sobre o conflito entre a Rússia e Ucrânia. Ele afirmou que as mulheres ucranianas são "fáceis, porque são pobres". A divulgação das mensagens levou à cassação do mandato de Do Val, em maio do ano passado, por quebra de decoro parlamentar.

 

O MP afirma que afirma que o ex-deputado "preconceituosamente desqualificou" e "inferiorizou" as mulheres, "notadamente a dignidade e liberdade sexuais".

 

"A prática misógina representa inaceitável, gravíssima e odiosa discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais", diz um trecho da denúncia.

 

Promotoras de Justiça do Grupo de Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância do Ministério Público assinam a denúncia.

 

Cabe agora do Tribunal de Justiça de São Paulo decidir se recebe as acusações e abre uma ação penal contra o ex-deputado.

 

Uma queixa-crime sobre o caso na Justiça Federal já foi arquivada.

 

COM A PALAVRA, ARTHUR DO VAL

 

"Não há nada que possa falar nesse momento sobre esse assunto, pois nunca fui intimado ou recebi qualquer comunicação oficial do Ministério Público.

 

Aparentemente, a denúncia foi oferecida com claro teor político, usando a estrutura do MP para, infelizmente, polemizar e aparecer - não à toa, a primeira coisa que fizeram foi jogar sua 'denúncia' no site do MP e mandar pra imprensa - embora o processo tramite sob sigilo, nem meus advogados ainda tiveram acesso.

 

Lembrando que todas as denúncias oferecidas contra mim sobre este episódio, onde fui acusado de praticar crimes de evasão de divisas e turismo sexual, já foram arquivadas."

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta segunda-feira, 28, que ofereceu apoio técnico à Espanha para lidar com a emergência de hoje no sistema energético do país. A Espanha e outros países europeus passam por um apagão desde o início do dia, e a energia elétrica ainda não foi totalmente restaurada. Em conversa com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, Zelensky destacou a experiência ucraniana em resistir a ataques à infraestrutura energética, embora as causas da interrupção ainda não tenham sido identificadas, segundo o governo espanhol.

"Ao longo dos anos de guerra e dos ataques russos contra o nosso sistema energético, a Ucrânia adquiriu uma experiência significativa em enfrentar qualquer desafio energético, incluindo os blecautes", disse Zelensky em comunicado.

O líder ucraniano ressaltou que especialistas do país estão disponíveis para colaborar com os esforços de recuperação na Espanha. "Nossos especialistas podem contribuir para os trabalhos de recuperação. Ofereci essa ajuda à Espanha", disse.

Zelensky também determinou ação imediata de seu governo: "Instruí o ministro de Energia da Ucrânia a agir com a máxima rapidez."

O Conselho de Estado da China aprovou no fim de semana o desenvolvimento de dez novos reatores nucleares no país, a um custo estimado combinado de 200 bilhões de yuans (US$ 27 bilhões). Este é o quarto ano consecutivo em que o Conselho de Estado da China aprova pelo menos dez novas unidades de reatores nucleares.

Atualmente, o país tem 30 reatores nucleares em construção, o que representa quase metade de todos os projetos nucleares em andamento no mundo.

Espera-se que a China ultrapasse os Estados Unidos como maior produtor de energia atômica até o fim desta década.

A meta do país é atingir 200 gigawatts de capacidade nuclear até 2035.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo de três dias feito pela Rússia para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta segunda-feira, 28, o Kremlin de manipulação e exigiu um fim imediato e duradouro à guerra Rússia-Ucrânia.

"Agora, mais uma vez, vemos uma nova tentativa de manipulação: por alguma razão, todos deveriam esperar até 8 de maio e apenas então cessar o fogo, para garantir silêncio para Putin durante o desfile de comemoração do fim da Segunda Guerra", afirmou Zelensky. "Nós valorizamos a vida das pessoas, não desfiles."

O líder ucraniano destacou que qualquer trégua deve ser incondicional e prolongada, não apenas simbólica. "O fogo deve ser interrompido não por alguns dias, para depois voltar a matar, mas sim de forma imediata, completa e incondicional. E por no mínimo 30 dias, para que seja garantido e confiável. Só assim será possível criar uma base para uma diplomacia real", disse.

Zelensky também denunciou novos ataques russos contra civis, mesmo diante dos apelos internacionais pelo fim da guerra. "Mais uma vez, a Rússia atacou um alvo que não tem relação com a guerra, mas com as pessoas. E isso aconteceu em meio às exigências do mundo para que a Rússia encerre esta guerra", afirmou. "Cada novo dia é uma nova e clara prova de que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia, pressionar de forma significativa, para que, em Moscou, sejam obrigados a pôr fim a esta guerra, uma guerra que apenas a própria Rússia quer."

O presidente ucraniano reiterou a disposição do país em buscar a paz, mas acusou a Rússia de sabotar os esforços diplomáticos. "Sempre deixamos claro que estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível com todos os parceiros que possam ajudar a estabelecer a paz e garantir a segurança. A Rússia rejeita constantemente essas iniciativas, manipula o mundo e tenta enganar os Estados Unidos", afirmou.