Comissão de Ética investiga suposta fraude em salários extras a ex-comandantes das Forças

Política
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A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República vai investigar supostas fraudes nos processos de quarentena remunerada dos ex-comandantes do Exército, general Marcos Antônio Freire Gomes, e da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, e do ex-diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) Garigham Amarante Pinto. A decisão foi tomada na reunião dessa terça-feira, 23, após reportagem do Estadão revelar que os servidores ganharam os salários extras ao usarem convites contestados pelas próprias empresas. Um deles chegou a receber mais de R$ 100 mil.

 

O Estadão apurou que a Comissão de Ética Pública vai reabrir os três processos, findados há quase um ano, e enviar questionamentos às autoridades e às companhias. Por fim, caberá aos relatores decidirem sobre o que será feito. As autoridades poderão ter que devolver o dinheiro. O caso também é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após pedido do procurador Lucas Furtado.

 

A quarentena busca evitar que servidores do topo da hierarquia usem informações privilegiadas obtidas na função para beneficiar empresas privadas. No caso dos generais, eles disseram ter recebido propostas de companhias que, quando questionadas pelo Estadão, negaram que fizeram as ofertas de emprego.

 

Freire Gomes consultou a CEP em 20 de março do ano passado e informou ter recebido uma proposta formal para o Conselho de Administração da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Procurada, a Abrablin negou taxativamente a oferta: "Marco Antônio Freire Gomes não faz parte do quadro da associação, bem como não houve qualquer tipo de convite ou sondagem para isso."

 

Chefe da Marinha de abril de 2021 a dezembro de 2022, Garnier Santos disse ter sido convidado para trabalhar como consultor no Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Simde). "Não houve contratação para o quadro de pessoal nem para prestação de serviço, especificamente pelo Simde, desde 2022 até o momento. A propósito, não há planos de contratação no futuro próximo", disse o sindicato à reportagem.

 

Após a decisão determinando a quarentena, Freire Gomes recebeu um pagamento de R$ 58,7 mil brutos e Garnier Santos, de R$ 107 mil. O benefício se juntou ao salário de R$ 36 mil dos generais. Procurados, eles não se manifestaram.

 

Homem de confiança de Valdemar Costa Neto, Garigham Amarante Pinto foi diretor de Ações Educacionais do FNDE. Ao sair do cargo, Amarante disse pretender trabalhar para uma fabricante de ônibus, a Agrale, como "consultor sobre financiamento estudantil". Fundada em 1962 e sediada em Caxias do Sul (RS), a empresa também negou a oferta: "Pode estar havendo algum engano". Garigham explicou à reportagem ter consultado a CEP sobre "eventual incompatibilidade [com] o novo trabalho que tinha em vista na iniciativa privada".

 

Especialistas, juristas e ex-integrantes da CEP explicaram que, caso sejam comprovadas as irregularidades, os ex-servidores podem ser responsabilizados tanto administrativamente quanto na esfera criminal, a depender do caso. Eles poderão responder por falsificação de documento, falsidade ideológica ou improbidade administrativa.

 

"A Comissão julga de acordo com os elementos que são trazidos. Se um funcionário apresenta uma proposta (de trabalho) que não existe, houve fraude. Se isso chegar à Comissão, a Comissão terá de tomar as providências necessárias para que essa fraude seja reprimida", disse ao Estadão o presidente da CEP, o advogado Manoel Caetano Ferreira.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite da terça-feira, 4, que sua administração trabalha para construir um imenso gasoduto de gás natural no Alasca que poderá levar "trilhões de dólares" em investimentos ao país.

"No fim da semana vou adotar medida para expandir produção de terras raras nos EUA", disse Trump, durante discurso no Congresso americano.

O presidente apontou que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado por Elon Musk, cortou muitos gastos, tais como "US$ 22 bilhões em despesas para imigrantes ilegais nos EUA."

Segundo Trump, "encontramos centenas de bilhões de dólares em fraude com o trabalho de Elon". Nos arquivos do sistema de Previdência Social, "encontramos 3,7 milhões de pessoas com idade de 120 a 129 anos", disse o presidente americano. "Não sabia que a nossa saúde estava tão boa."

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Após a saída de Green, Trump listou parte das medidas tomadas pelo seu governo em temas como imigração e burocracia federal. O presidente americano também celebrou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

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"Agora, pela primeira vez na história moderna, mais americanos acreditam que nosso país está indo na direção certa do que na direção errada", disse Trump.

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Depois de 20 minutos de discurso, Trump cita o bilionário Elon Musk pela primeira vez. O republicano agradeceu Musk por seu trabalho no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e apontou exemplos de como a ajuda internacional americana estava sendo usada antes da volta de Trump à Casa Branca.

O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo homem mais rico do mundo, está desmantelando agências governamentais, reduzindo a força de trabalho federal e obtendo acesso a dados confidenciais do governo - tudo em uma tentativa, segundo o departamento, de "restaurar a democracia".

Mas a maior parte do que o Serviço DOGE dos EUA está fazendo sob o comando de Musk está sob escrutínio legal, com os tribunais analisando se isso viola as leis de privacidade, os direitos dos funcionários federais e os controles e equilíbrios da Constituição.

O DOGE agiu tão rapidamente que está sendo alvo de críticas cuidadosas até mesmo de alguns republicanos, preocupados com o fato de que os serviços básicos do governo - e a manutenção de ameaças contra o país - poderiam ser prejudicados. As pessoas que fazem a manutenção das armas nucleares dos Estados Unidos foram demitidas e depois recontratadas às pressas.

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O republicano deve exaltar as primeiras seis semanas de seu governo, marcadas por fortes medidas na fronteira, tarifas, um brusco corte na burocracia federal e uma intensa busca por um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.

De acordo com os primeiros trechos do discurso divulgados pela Casa Branca, espera-se que Trump destaque as suas medidas "rápidas e implacáveis" em imigração, economia e segurança. O republicano também deve afirmar que conquistou mais em suas seis semanas no cargo do que a maioria das administrações em quatro ou oito anos.

Ucrânia

Trump deve ressaltar que deseja um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia. As desavenças entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, dominaram o noticiário nos últimos dias após um bate-boca entre os dois no Salão Oval na sexta-feira, 28. O clima ruim fez com que Trump anunciasse uma pausa na ajuda americana a Kiev, com os argumentos de que o presidente ucraniano não queria o fim da guerra.

Nesta terça-feira, 4, o presidente ucraniano mudou o tom e se disse disposto a negociar a paz. Em uma série de publicações na plataforma X, Zelenski afirmou que poderia concordar com um cessar-fogo parcial com a Rússia, que envolveria uma troca de prisioneiros e proibiria ataques de longo alcance à infraestrutura civil e energética.

Tarifas

O republicano também deve abordar o anuncio de tarifas de 25% em todos os produtos do Canadá e México, e de 10% em produtos chineses. O presidente americano vai defender a medida, apesar de um esperado aumento nos preços dos produtos que grande parte dos americanos compram- de café a tomates e gasolina.

Uma pesquisa recente da CBS News/YouGov mostra que 80% dos americanos querem que Trump se concentre na economia e na inflação, mas apenas 29% disseram que acham que ele está priorizando "muito" a inflação.

Burocracia federal

Trump também irá mencionar os bruscos cortes na burocracia federal. O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk, está desmantelando agências governamentais, reduzindo a força de trabalho federal e obtendo acesso a dados confidenciais do governo - tudo em uma tentativa, segundo o departamento, de "restaurar a democracia".

Mas a maior parte do que o Serviço DOGE dos EUA está fazendo sob o comando de Musk está sob escrutínio legal, com os tribunais analisando se isso viola as leis de privacidade, os direitos dos funcionários federais e os controles e equilíbrios da Constituição.

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