Tabata Amaral rebate fala machista de Valdemar Costa Neto, critica Nunes e ganha apoio de Marta

Política
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, rebateu na noite desta quarta-feira, 31, críticas feitas por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Valdemar afirmou que Tabata, sem experiência na administração pública, seria "um caos" gerindo uma cidade São Paulo e que não poderia usar como argumento ser namorada de João Campos (PSB-PE), prefeito de Recife.

 

Tabata rebateu o que considerou como uma "fala ridícula" do dirigente partidário, criticou a gestão de Ricardo Nunes (MDB), apoiada por Valdemar, e ganhou até o apoio de Marta Suplicy, cotada para ser pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

 

Na entrevista, o presidente do PL afirmou que Tabata, que está no segundo mandato como deputada federal, nunca teve experiências à frente de um Executivo, seja com mandato eletivo, órgão público ou pasta administrativa. A pré-candidata, segundo Valdemar, não teria a "noção" que a Prefeitura de São Paulo exige ao mandatário. "Como vai dirigir uma prefeitura, merenda escolar, obra? Não tem noção. Nunca participou de um governo, nunca aprendeu. Vai aprender na Prefeitura, em São Paulo? Isso vai ser um caos", disse Costa Neto.

 

Valdemar, em seguida, afirmou que a pré-candidata poderia rebater o argumento de que não tem experiência no Executivo alegando ser companheira de João Campos, prefeito de Recife. "Nunca passou por um órgão público, por uma administração municipal. Aí ela (Tabata) vai dizer: 'Mas o meu namorado, prefeito de Recife, é o prefeito de capital mais bem avaliado do País'", disse Costa Neto.

 

Até ser eleito prefeito de Recife, em 2020, João Campos nunca havia ocupado um cargo no Executivo. No entanto, para Valdemar, a diferença é que João, filho de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, adquiriu experiência só observando o pai, que foi "um grande político". Eduardo Campos, candidato à Presidência nas eleições de 2014, morreu em agosto de 2014 num acidente aéreo. Tabata Amaral, por sua vez, não é de uma família de políticos.

 

'Fala ridícula'

 

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Tabata Amaral disse que a declaração de Valdemar havia sido "ridícula" e criticou a gestão de Nunes, apoiado por Costa Neto. "Quem definitivamente não tem experiência de boa gestão é o candidato do Valdemar Costa Neto, o Ricardo Nunes", rebateu a pré-candidata.

 

Além das críticas a Ricardo Nunes, Tabata afirmou que não precisa ser de uma família de políticos, como a de seu companheiro, para aprender sobre gestão pública. "Como não tem uma vírgula para falar da minha vida pessoal ou pública, vão falar do meu namorado", disse a deputada federal.

 

Marta elogia resposta

 

Nos comentários, Tabata recebeu o apoio até de Marta Suplicy, que irá confirmar seu retorno ao PT ainda nesta semana e desponta para ser a vice na chapa do pré-candidato Guilherme Boulos. "Boa, Tabata", disse Marta Suplicy. Marta elogia um vídeo repleto de críticas a Ricardo Nunes, do qual integrava a gestão até o mês passado, na Secretaria de Relações Internacionais.

 

Não é a primeira vez que Marta e Tabata, que tendem a seguir projetos eleitorais distintos em 2024, demonstram sinais de respeito e admiração mútuas. No começo do ano, Tabata compartilhou com seus seguidores a leitura de "Minha vida de prefeitura", livro de memórias de Marta Suplicy.

 

Ao Estadão, Tabata afirmou que um dos temas do encontro que realizou em janeiro com a deputada federal Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, foi a condição feminina na política. E, exemplificando a questão, Tabata afirmou "ter sorte" de disputar disputando uma Prefeitura que, ocupada por mulheres em duas ocasiões, "deu certo".

 

"Ela (Luiza Erundina) foi a primeira mulher a ser prefeita da cidade. Então, essa foi uma pauta muito forte do encontro, o que significa ser mulher na política. Até disse a ela: 'olha, tenho muita sorte em ser pré-candidata numa cidade que já teve prefeitas e que, nessas duas ocasiões, deu certo'", disse Tabata Amaral.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não se desculpou pela discussão acalorada com o presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval, mas disse à Fox News em uma entrevista exclusiva que está confiante de que o relacionamento entre eles pode ser recuperado.

"São relações que vão além de dois presidentes. São relações históricas, relações fortes entre nossos povos. E é por isso que eu sempre comecei... a agradecer ao seu povo pelo nosso povo", disse Zelensky.

O líder ucraniano ainda afirmou que respeita Trump e o povo americano. "Acho que temos que ser muito abertos e honestos e não tenho certeza de que fizemos algo ruim. Acho que algumas coisas devem ser discutidas fora da mídia, com todo o respeito à democracia e à mídia livre".

Um bate-boca protagonizado na Casa Branca nesta sexta-feira, 28, entre o presidente americano Donald Trump e o ucraniano Volodmir Zelenski simbolizou o ápice de uma relação já estremecida há meses entre os dois mandatários. O desentendimento aconteceu durante um encontro que deveria formalizar um acordo para a exploração de terras raras na Ucrânia por Washington, mas que acabou com uma nota assinada pela presidência americana afirmando que Zelenski desrespeitou os Estados Unidos.

Desde a campanha eleitoral, Trump já deixava claro seu ceticismo em relação ao apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. Ele frequentemente questionava os valores enviados pelo governo de Joe Biden em comparação com os da Europa e prometia resolver a guerra em "24 horas", embora nunca tenha detalhado como.

Mas ao assumir a presidência em 20 de janeiro, Trump endureceu ainda mais o discurso contra Zelenski. Em diferentes ocasiões, acusou o líder ucraniano de iniciar a guerra contra a Rússia, chamou-o de "ditador" e afirmou que Kiev deveria ser mais grata aos Estados Unidos. Veja abaixo o que Trump já falou sobre a guerra na Ucrânia desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos.

Pressa pelo fim da guerra

Trump mencionou em diversas ocasiões que a guerra não teria começado sob sua presidência e que não permitiria que o conflito se arrastasse por mais tempo, enfatizando a necessidade de encerrar rapidamente a guerra.

Na época de campanha, Trump declarou: "Posso terminar essa guerra em 24 horas, basta que todos os envolvidos queiram negociar e eu estarei lá, oferecendo uma solução", embora nunca tenha detalhado exatamente como resolveria a situação em tão pouco tempo.

No encontro com o presidente francês Emmanuel Macron nesta semana, o republicano afirmou que o conflito poderia ser resolvido "em questão de semanas". Já durante a visita do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, disse que a "guerra precisa acabar agora ou nunca."

Desejo por minerais críticos

Como parte da crença de que os EUA gastaram demais com a Ucrânia, o governo republicano criou uma proposta de acordo para explorar os minerais críticos e de terras raras do país europeu, como uma espécie de "compensação". Trump disse que estava tentando recuperar os bilhões de dólares enviados para apoiar a guerra.

"Estou tentando obter o dinheiro de volta, ou garantias", declarou Trump na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), perto da capital americana. "Quero que eles nos deem algo por todo o dinheiro que colocamos. Estamos pedindo terras raras e petróleo, qualquer coisa que possamos conseguir", afirmou o republicano.

Uma primeira versão da proposta foi apresentada à Zelenski pelo vice-presidente J.D. Vance na Conferência de Segurança de Munique. O presidente ucraniano rejeitou a proposta com a justificativa de que ela era muito favorável a Washington e não dava garantias suficientes à Ucrânia. Ajustes foram feitos, com concessões à Ucrânia, e o texto seria assinado nesta sexta-feira, 28. Mas a discussão entre os líderes provocou o cancelamento do acordo.

Zelenski, o ditador

Um dos pontos de maior tensão até aqui foi uma postagem publicada por Trump em sua rede Truth Social, na qual chamou Zelenski de "ditador que usou o dinheiro dos Estados Unidos para ir à guerra". O motivo do post foi a Ucrânia ter negado a primeira versão do acordo sobre minerais.

"Zelenski é um ditador sem eleições, é melhor ele agir rápido ou ele não terá mais um país", disse Trump. "Um comediante de sucesso modesto, Zelenski convenceu os Estados Unidos a gastar US$ 350 bilhões de dólares para entrar em uma guerra que não poderia ser vencida", escreveu Trump, ignorando que as eleições ucranianas não foram realizadas ainda porque o país decretou lei marcial após o início da guerra.

Além disso, os Estados Unidos destinaram US$ 119 bilhões para ajudar a Ucrânia, de acordo com o Instituto Kiel, e não US$ 350 bilhões.

Trump ainda sugeriu que a segurança futura da Ucrânia não seria problema dos Estados Unidos. "Essa guerra é muito mais importante para a Europa do que para nós", escreveu Trump. "Temos um grande e belo oceano como separação."

Nesta semana, no Salão Oval, Trump negou ter chamado Zelenski de "ditador".

Abandono do 'sonho Otan'

Pelo fim da guerra, os ucranianos pedem garantias de segurança e a entrada do país Otan. Zelenski chegou a dizer que poderia deixar seu cargo em troca da entrada da Ucrânia na aliança militar. Mas Trump rechaçou os dois pedido na última quarta-feira, 26, afirmando cabe à Europa fornecer garantias de segurança à Ucrânia, e não aos EUA, e descartou a Otan.

"Não vou oferecer garantias de segurança que vão além do estritamente necessário", disse Trump em uma reunião de gabinete. "Vamos deixar que a Europa faça isso porque (...) a Europa é sua vizinha, mas vamos garantir que tudo saia bem."

"Podem esquecer a Otan", acrescentou Trump. "Acho que essa é provavelmente a razão pela qual tudo começou", acrescentou o presidente americano, repetindo mais uma vez a postura da Rússia sobre o que motivou o início da guerra.

Aposta na 3.ª Guerra

O magnata republicano prometeu no ano passado acabar com a guerra e afirmou que evitaria uma "Terceira Guerra Mundial", argumentando que a possibilidade de uma guerra mais ampla seria ainda maior sob um novo governo democrata.

Essa afirmação foi repetida diversas vezes. Na semana passada, em uma coletiva de imprensa na qual comentava a guerra na Ucrânia, Trump disse que a "Terceira Guerra Mundial não está tão longe", mas disse que sua presidência impediria tal desenvolvimento. Na discussão desta sexta-feira, Trump disse que Zelenski estava "apostando na terceira guerra mundial".

O presidente ucraniano viajou para Washington para assinar a resolução sobre extração de minerais na Ucrânia, mas o encontro com Trump terminou em bate-boca.

Depois da discussão, Trump divulgou uma nota na qual disse que Zelenski desrespeitou os EUA e por isso deixou a Casa Branca. "É incrível o que se revela por meio da emoção. Concluí que o presidente Zelenski não está pronto para a paz se os Estados Unidos estiverem envolvidos, porque ele acha que nosso envolvimento lhe dá uma grande vantagem nas negociações". diz o comunicado. "Não quero vantagem, quero PAZ. Ele desrespeitou os Estados Unidos da América em seu estimado Salão Oval. Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz."

O presidente dos EUA, Donald Trump, deve assinar uma ordem executiva nesta sexta-feira, 28, designando o inglês como o idioma oficial do país, de acordo com a Casa Branca.

A ordem permitirá que as agências e organizações governamentais que recebem financiamento federal escolham se querem continuar a oferecer documentos e serviços em outro idioma que não o inglês, de acordo com um informativo sobre a ordem iminente.

A ordem executiva rescindirá um mandato do ex-presidente Bill Clinton que exigia que o governo e as organizações que recebiam financiamento federal fornecessem assistência linguística a pessoas que não falavam inglês.

Designar o inglês como idioma nacional "promove a unidade, estabelece eficiência nas operações do governo e cria um caminho para o engajamento cívico", disse a Casa Branca.