Lula e Janja aparecem em sacada de hotel de Brasília e acenam a apoiadores

Política
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Um dia antes de tomar posse, o presidente eleito e diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apareceu neste sábado, 31, na sacada do hotel onde está hospedado em Brasília e acenou a cerca de 200 apoiadores que se concentravam em frente ao local. O petista estava acompanhado da futura primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja.

Os militantes petistas começaram a se posicionar em frente ao hotel por volta das 10h30. Com bandeiras, camisetas e bonés vermelhos, cor característica do PT, os apoiadores cantavam "Olê, olê, olê, olá, Lula" e entoavam "Lula guerreiro do povo brasileiro".

De acordo com estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cerca de 200 pessoas estavam no local.

Além disso, os apoiadores repetiam a frase "Bom dia, presidente Lula", que era dita diariamente na vigília montada em frente à sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR) no período em que o petista ficou preso.

Um dia após Jair Bolsonaro deixar o País rumo aos Estados Unidos para não passar a faixa presidencial a Lula, os apoiadores do petista também cantavam a música "Tá na hora do Jair já ir embora" e chamavam o presidente de "fujão".

Histórico

Condenado pela Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula foi preso em abril de 2018. Em novembro de 2019, contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a possibilidade de prisão depois da condenação em segunda instância, o que permitiu que Lula fosse solto após 580 dias.

Em março de 2021, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou as condenações de Lula após o entendimento de que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos que envolviam o petista.

Lula, então, recuperou os direitos políticos e se tornou elegível a cargos públicos. Em junho daquele ano, o Supremo também considerou o ex-juiz Sérgio Moro, responsável pelas condenações do petista, parcial nos julgamentos.

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) anunciou neste domingo, 4, a retirada da Nicarágua da agência especializada das Nações Unidas (ONU) por causa da concessão de um prêmio da organização que celebra a liberdade de imprensa a um jornal nicaraguense, o La Prensa.

A diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay, anunciou que havia recebido uma carta na manhã de domingo do governo nicaraguense anunciando sua retirada devido à atribuição do Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Unesco/Guillermo Cano.

"Lamento essa decisão, que privará o povo da Nicarágua dos benefícios da cooperação, especialmente nos campos da educação e da cultura. A Unesco está totalmente dentro de suas atribuições quando defende a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa em todo o mundo", disse Azoulay em comunicado.

A Nicarágua era um dos 194 estados membros da organização. Os membros da Unesco criaram o prêmio de liberdade de imprensa em 1997, e o prêmio de 2025 foi atribuído no sábado ao La Prensa por recomendação de um júri internacional de profissionais da mídia.

32 pessoas foram resgatadas após um naufrágio na praia de South Beach, em Miami, na tarde do sábado, 3. Segundo autoridades locais, o acidente aconteceu no fim da tarde, por volta das 17h (16h horário de Brasília), próximo à Ilha Monumento Flager e todas as pessoas a bordo foram resgatadas sem ferimentos.

Ainda não há informações sobre o que causou o acidente. De acordo com a mídia local, o iate de luxo seria da marca Lamborghini e as equipes trabalham para recuperar a embarcação, que não representa risco à navegação local.

Nas redes sociais, diversos registros mostram o barco afundando na vertical. Em imagens publicadas pela guarda costeira americana, os tripulantes vestiram coletes salva-vidas e aguardavam o resgate na parte superior do iate.

A operação de resgate contou com a participação de diversas agências, incluindo a comissão de conservação de peixes e vida selvagem da Flórida e a guarda costeira americana.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste domingo, 4, que Moscou ainda não viu a necessidade de usar armas nucleares na Ucrânia e que ele espera que o país não precise optar pela alternativa nuclear contra seus vizinhos no Leste Europeu.

Em comentários exibidos em um filme da televisão estatal russa sobre seu quarto de século no poder, Putin disse que a Rússia tem a força e os meios para levar o conflito na Ucrânia a uma "conclusão lógica".

Respondendo a uma pergunta sobre os ataques ucranianos em território russo, Putin disse: "Não houve necessidade de usar essas armas (nucleares) e espero que não sejam necessárias."

"Temos força e meios suficientes para levar o que foi iniciado em 2022 a uma conclusão lógica, com o resultado que a Rússia exige", disse ele.

Doutrina nuclear

Putin assinou uma versão reformulada da doutrina nuclear russa em novembro de 2024, especificando as circunstâncias que lhe permitem usar o arsenal atômico de Moscou, o maior do mundo. Essa versão reduziu o nível de exigência, dando-lhe essa opção em resposta até mesmo a um ataque convencional apoiado por uma potência nuclear.

No filme estatal, Putin também disse que a Rússia não lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia e chamou a guerra contra o país vizinho de "operação militar especial".

Acordo de Paz

Durante o filme estatal, Putin afirmou que a reconciliação com a Ucrânia era "inevitável". Mas os dois países seguem em desacordo sobre propostas de cessar-fogo.

O Kremlin anunciou uma trégua "por motivos humanitários" que começará no dia 8 de maio até o final de 10 de maio para marcar a derrota da Alemanha nazista por Moscou em 1945 - o maior feriado secular da Rússia.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou na sexta-feira, 2, que o anúncio de Moscou de um cessar-fogo de 72 horas era apenas uma tentativa de criar uma "atmosfera amena" antes das celebrações anuais da Rússia.

Zelenski, em vez disso, renovou os apelos por uma pausa mais substancial de 30 dias nas hostilidades, como os EUA haviam proposto inicialmente. Ele disse que o cessar-fogo proposto poderia começar a qualquer momento como um passo significativo para o fim da guerra.(Com AP)