Defesa de pastor preso por atos de vandalismo nega participação em depredações

Política
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A defesa do pastor Átilla Mello, um dos presos na Operação Nero, garante que, embora estivesse em Brasília em 12 de dezembro, ele não participou de depredações no entorno da sede da Polícia Federal (PF) na capital do País. A Operação Nero, da PF e da Polícia Civil do Distrito Federal, mira suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo em Brasília, no dia em que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O advogado Renato Araújo, que defende Mello, disse, em nota por escrito, que a defesa provará que a "suposta participação" do pastor nos atos de vandalismo no último dia 12, em Brasília, "não ocorreu". Segundo o advogado, o pastor teria sido preso apenas por ter sido gravado, em vídeo, fazendo críticas à prisão o indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), estopim dos protestos violentos na capital federal.

"Ao invés disso, o Sr. Átila, trabalhador e chefe de família, apenas estava naquele local no momento da prisão do indígena Cacique Sererê e fez uma veemente declaração de indignação por entender que a prisão do indígena fora inconstitucional. Por conta dessa declaração ter sido registrada em vídeo é que se deu a suposição equivocada do Ministro do STF", diz a nota assinada por Araújo, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu os mandados da Operação Nero.

A investigação foi aberta depois dos protestos do último dia 12. Os manifestantes tentaram invadir a sede da PF em Brasília, onde Serere Xavante ficou detido. Manifestantes também depredaram a 5.ª Delegacia de Polícia da capital federal e colocaram fogo em carros e ônibus. O objetivo da operação é identificar todos os manifestantes e eventuais financiadores.

Ao todo foram 11 ordens de prisão temporária expedidas. Os policiais também fizeram buscas em 21 endereços ligados aos investigados. A operação atuou em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio e no Distrito Federal.

Embora os policiais federais e do Distrito Federal tenham ido às ruas na quinta-feira, 29, Mello foi preso na tarde de quarta-feira, 28, em São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio. A mulher de Mello, Carina Mello, protestou contra a prisão em depoimentos publicados, na própria quarta-feira, em sua conta no Instagram.

A prisão temporária de Mello tem duração de dez dias, segundo o advogado do pastor. Após ser levado à sede da Superintendência da PF no Rio, no Centro da capital fluminense, Mello foi transferido para Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte, onde segue detido.

Araújo informou ainda que não teve acesso aos autos do processo, apenas ao mandado de prisão temporária. "A defesa esclarecerá essa equivocada interpretação (sobre a participação de Mello nas depredações em Brasília) tão logo possa ter acesso aos autos, o que ainda não foi possibilitado porque, se é que existem autos, ainda não foram devidamente processados de forma que sequer há número localizador de um processo judicial", diz a nota assinada pelo advogado de Mello.

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