Lula diz que governo tem de cumprir acordos com Congresso e deve se reunir com Lira em breve

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo federal irá cumprir o acordo que costurou com o Congresso Nacional envolvendo o veto a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na Lei Orçamentária Anual (LOA). Em meio a tensão do governo com o Parlamento, especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o petista disse que deve se reunir com o alagoano nos próximos dias.

 

"Se o governo fez acordo dentro do Congresso Nacional, ou através do nosso ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha ou através do ministro da Fazenda Fernando Haddad, a gente tem que cumprir", disse o petista em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, nesta quinta-feira, 8. "Porque quando não se cumpre um acordo feito, o resultado vai ficar mais caro."

 

"O Orçamento foi aprovado. Havia uma determinada quantia em dinheiro que era disponibilizada. Na medida que eles parlamentares colocaram alguns milhões a mais, fui obrigado a vetar", justificou. Na quarta-feira, 7, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o acordo que fez com o presidente da Câmara foi o de incorporar R$ 11 bilhões em emendas de comissão na LOA, e não os R$ 16,7 bilhões que foram aprovados pelo Congresso.

 

Conforme mostrou a reportagem, nas últimas semanas, Lula e Lira estão afastados e a relação está em um momento "de baixa". Na segunda-feira, 5, Lira usou o discurso de abertura do ano legislativo para mandar recado direto ao governo. Em meio ao descontentamento de parlamentares, Lira avisou que o Congresso respeita os acordos políticos e cobrou do governo compromisso com "a palavra dada".

 

O chefe do Executivo afirmou que não viu o discurso de Lira, mas que avalia que o alagoano estava fazendo uma fala voltada "ao seu povo". "Lira falar no Congresso Nacional é como eu falar num palanque ou assembleia sindical; vou falar com meu povo, vou falar mais duro", avaliou.

 

Em sua visão, "o que Lira pode ter razão" é que o governo precisa cumprir acordos firmados com o Parlamento. Diante disso, Lula afirmou que deve conversar com o presidente da Câmara nos próximos dias "e ver o que está acontecendo". "Estamos chegando no carnaval, não é momento de discurso duro, é momento de alegria", disse. O petista disse que não há reforma ministerial ou cargos à vista para melhorar a relação com o Parlamento. "Passa a gente fazer aquilo que está determinado."

 

"O Congresso sabe que nós do governo cumprimos acordo que firmamos e o que nós queremos é que o Congresso seja parceiro nessa recuperação do País", afirmou.

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A Azerbaijan Airlines disse que "interferência externa física e técnica" foi a causa do acidente que matou 38 pessoas que voavam para o sul da Rússia, o mais próximo que as autoridades chegaram de confirmar as suspeitas crescentes de que o avião foi derrubado por um sistema de defesa aérea russo.

O chefe da autoridade de aviação da Rússia, no entanto, rebateu a declaração, dizendo que o avião tentou pousar em Grozny, na região russa da Chechênia, em meio a condições difíceis durante um ataque de drones ucranianos. A Rússia não respondeu às descobertas preliminares vazadas de uma investigação que apontam que o avião foi atingido por um míssil antiaéreo russo ou por estilhaços dele.

"A aeronave foi abatida dentro do território russo, nos céus de Grozny. E é impossível negar isso", disse o parlamentar Rasim Musabeyov, falando à Agência Turan do Azerbaijão. Ele acrescentou que a Rússia deveria se desculpar e tomar medidas adequadas para compensar as famílias das vítimas ou enfrentar uma grave deterioração dos laços.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que "a investigação sobre esse incidente aéreo está em andamento e, até as conclusões, não temos o direito de comentar". Fonte:

Tropas de Israel invadiram e queimaram nesta sexta-feira (27) um dos últimos hospitais em operação no norte de Gaza, o Hospital Kamal Adwan. De acordo com o Ministério da Saúde local, os israelenses forçaram funcionários e pacientes a tirarem suas roupas do lado de fora do hospital, no inverno. O espaço foi atingido várias vezes nos últimos meses pelas tropas, que alegavam uma ofensiva contra combatentes do Hamas em bairros vizinhos.

O exército de Israel disse que estava conduzindo operações contra a infraestrutura do Hamas e militantes na área do hospital, mas não forneceu mais detalhes. Sem evidências, os oficias israelenses afirmam que os combatentes do Hamas operam dentro do Kamal Adwan. Autoridades do hospital negam as alegações. Fonte: Associated Press.

O Parlamento sul-coreano destituiu o primeiro-ministro Han Duck-soo do cargo de presidente interino nesta sexta-feira, 27. De forma unânime, os 192 deputados presentes na sessão votaram a favor do impeachment de Han, afirmando que ele "participou ativamente na insurreição", depois do seu antecessor, Yoon Suk-yeol, ter declarado lei marcial no país no início do mês.

Agora, o vice-primeiro-ministro e ministro das finanças, Choi Sang-mok, assume como o novo presidente interino da Coreia do Sul. Han será oficialmente destituído do cargo quando cópias do documento de impeachment forem entregues a ele e à Corte Constitucional.

Han Duck-soo assumiu o cargo depois que o presidente Yoon foi destituído pelo parlamento devido a sua tentativa frustrada de impor a lei marcial no país no último dia 3. Controlado pela oposição, agora o parlamento vota pelo impeachment de Han, fato que aprofunda a crise política da Coreia do Sul.

Han Duck-soo assumiu o cargo de presidente interino no dia 14 deste mês, após a destituição de Yoon.

A oposição sul-coreana ameaçava removê-lo do cargo desde o início desta semana devido à recusa do interino em nomear juízes do Tribunal Constitucional para concluir o processo de remoção de seu antecessor do cargo. (Com agências internacionais).